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VEJA NOSSA WEBTV ADVENTISTA BEREANA DO 7º DIA DO VALE DO SÃO FRANCISCO

sábado, 12 de dezembro de 2009

O ANJO DO SENHOR

Olá irmão Heráclito, poderia publicar estes estudo em teu blog? São dois estudos que de certa forma se complementam por se tratar da questão de traduções tendenciosas que influenciam o leitor descuidado da bíblia. É muito útil.

Saudações bereanas, Deus te abençoe.

Marcelo Valle (pode publicar meu e-mail).

O ANJO DO SENHOR – JESUS OU UM MENSAGEIRO ANGELICAL?

A primeira ocorrência da expressão “Anjo do SENHOR” em Êxodo encontra-se no capítulo 3 versículo 2: E apareceu-lhe o anjo do SENHOR em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. (ACF).

A bíblia de estudo plenitude que possui a versão ARC 1995, traduz a palavra anjo com a inicial A maiúscula: Anjo do SENHOR. Ao passo que em outras versões a palavra “anjo” é grafada com a minúsculo.

Transcrevo abaixo 2 notas explicativas da bíblia de estudo Plenitude sobre Êxodo 3: 2-4.

OBS.: Os autores das notas desta bíblia são trinitarianos.

1 – Anjos são criaturas sobrenaturais que existem nos céus, servindo como mensageiros de Deus e como protetores para os seus escolhidos. O “Anjo do SENHOR” era uma manifestação visível de Deus, possivelmente do Cristo pré-encarnado. (Grifos meus).

2 – Um “anjo especial” – O Anjo do SENHOR – difere de todos os outros: Este recebe adoração. Como se explica isto? Nenhum anjo pode ser adorado, isto somente a Deus pertence. O Anjo Lúcifer foi expulso dos céus por tentar receber tal adoração. O mistério é resolvido neste texto no qual revela-se que o Anjo do SENHOR é o próprio SENHOR DEUS (Ver Atos 7:30-32).

Mas como poderiam Moisés e outras personalidades do A.T terem visto a Deus face a face e continuado a viver, sendo que a escritura afirma claramente o contrário (Êxodo 33:20)? Resposta: Porque eles viram o Filho de Deus numa forma pré-encarnada, conhecida no A.T como o Anjo do SENHOR. O Anjo do Concerto - Malaquias 3:1. (Grifos meus).

Agora olhe o que diz o prefácio desta mesma bíblia:

A palavra SENHOR (COM LETRAS MAIÚSCULAS), serve para identificar o Nome de Deus no A.T formado por 4 consoantes hebraicas transliteradas assim: Y-H-V-H.

Desse modo, mesmo o leitor que não conhece a língua hebraica poderá saber quando os escritores bíblicos usaram o nome próprio de Deus: Esse nome ou estará transliterado por “Jeová” ou terá a forma “SENHOR” (com letras maiúsculas). Sabendo que o nome de Deus traduz sua natureza, identificar as passagens que esse nome é usado, será um auxílio para o leitor da palavra de Deus. (Grifos meus).

Observado o que está exposto acima, há muita confusão no que se refere à questão da interpretação de quem é este Anjo do SENHOR. Pelo fato de muitas vezes o próprio Anjo se identificar como DEUS, alguns intérpretes, inclusive o autor da nota, têm sugerido que este Anjo seja o Cristo pré-encarnado, ou seja, a 2a pessoa da Trindade.

Sinceramente, não há razão porque os tradutores convencionaram grafar a palavra anjo nestes e noutros versos com a inicial A maiúscula, sendo que no original hebraico não há esta convenção, pois no hebraico não há, como em muitas línguas, letras maiúsculas e minúsculas. E também pela razão de possuir um significado claro de mensageiro, embaixador.

Diz o dicionário de VINE: Como representante do rei, o malak cumpriria as funções de um diplomático. Em 1 Rs 20.1-3 lemos que Ben-Hadad enviou mensageiros ( malak no plural ) com os termos da sua condição: E enviou à cidade mensageiros, a Acabe, rei de Israel, Que lhe disseram: Assim diz Ben-Hadad: A tua prata e o teu ouro são meus; e tuas mulheres e os melhores de teus filhos são meus. Estas passagens confirmam a posição importante de malak. Honras para o mensageiro equivalem a render respeito a quem o envia.

Observe o conceito de ANJO em 2 importantes dicionários bíblicos:

1 – DICIONÁRIO BÍBLICO DE STRONG

ANJO (Hebraico: Mal´ach) 04397 – Um mensageiro, embaixador; alguém enviado para executar uma tarefa ou entregar uma mensagem.

Algumas ocorrências da palavra ANJO:

2 Crônicas 32:21 – O anjo (mal´ach) que o SENHOR (YHVH) enviou;

1 Samuel 16:19 – Os mensageiros (mal´ach no plural) que Saul enviou a Jessé.

Provérbios 16:14 – O mensageiro (mal´ach) da morte.

Provérbios 17:11 – O mensageiro (mal´ach) cruel.

Salmos 78:49 – Mensageiros de males.

Salmos 104:4 – Mensageiros (em hebreus 1:7 - esta passagem é traduzida como anjos).

Obs.: Nestas passagens, mensageiros são celestes, humanos e até demoníacos.

2 – DICIONÁRIO EXPOSITIVO DE PALAVRAS DO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO EXAUSTIVO VINE (Por ser muito extenso, citarei apenas parte)

O nome malak se encontra 213 vezes no Antigo Testamento hebraico. É mais freqüente nos livros históricos, de onde geralmente têm a acepção de mensageiro:

No livro dos Juízes (31 vezes), 2 Reis (20 vezes), 1 Samuel (19 vezes), e 2 Samuel (18 vezes). O mais significativo lugar está nas frases malak Yahveh, o “anjo do Senhor” e malak Elohim, o “anjo de Deus”. Estas sempre se usam no singular e denotam um anjo que, sobretudo tem a função de salvar e proteger.

A relação entre o Senhor e ele “o anjo do Senhor” é tão próxima que é difícil separar os dois (Gn 16:7ss; 21:17ss; 22:11ss; 31:11ss; Ex.3:2ss; Juizes 6:11; 13:21ss). Esta identificação tem contribuído para que alguns intérpretes concluam que ele “o anjo do Senhor” era o Cristo pré-encarnado. (Grifos meus).

Em termos gerais, na septuaginta (a tradução do A.T para o grego) o termo malak se traduz como anjo e a frase “anjo do Senhor” por angelos Kuriou. As versões em castelhano fazem esta mesma distinção ao traduzir malak simplesmente como “anjo” ou “mensageiro”.

Ficou claro que o significado de ANJO é sem dúvida MENSAGEIRO OU EMBAIXADOR. Por causa da mente destes teólogos estarem impregnadas com a doutrina trinitariana, e às vezes este anjo se identifica como sendo o próprio Deus, eles não vêem outra saída senão em afirmar que este Anjo é o próprio Cristo em uma forma pré-humana, como muitos seguem também esta tendência.

Inclusive acabaram por traduzir Anjo com mais ênfase para dar suporte às suas interpretações, quando anjo está em conexão com a palavra SENHOR. Porém como exposto acima, no original hebraico não há esta convenção de utilizar a palavra anjo nestes versos com a inicial A maiúscula.

É o mesmo caso da palavra “ESPÍRITO” – tanto em hebraico quanto no grego.

Os tradutores da bíblia convencionaram escrever Espírito de Deus com E maiúsculo e espírito do homem ou de outro ser que não sejam Deus e Cristo com e minúsculo, mas no original grego não é assim.

A palavra traduzida por espírito no grego é PNEUMA e RUACH (lê-se RUARR) no hebraico, todas utilizam a mesma forma de escrita, não há diferenças entre maiúsculas e minúsculas.

A passagem no original grego que mostra claramente esta igualdade é 1 Aos Coríntios 2:11, onde o espírito (pneuma) de Deus está escrito da mesma forma que espírito (pneuma) do homem. O fato de Espírito de Deus estar grafado com E MAIÚSCULO, influencia a mente do leitor para que ele pense que se trata de uma pessoa divina ( a 3º pessoa da trindade ).

O mesmo ocorre com Anjo do SENHOR, por Anjo estar grafado com A MAIÚSCULO, muitos leitores tendem a interpretar este anjo como sendo Jesus ( a 2º pessoa da trindade – ver notas explicativas acima).

Agora veja abaixo a tradução da palavra MALAK” em 4 versões diferentes da bíblia, que nesta passagem se refere ao Profeta Ageu.

1 - Então Ageu, o mensageiro do SENHOR, falou ao povo conforme a mensagem do SENHOR, dizendo: Eu sou convosco, diz o SENHOR.( ACF ).

2 - Entonces Haggeo, enviado de Jehová, habló por mandado de Jehová, al pueblo, diciendo: Yo soy con vosotros, dice Jehová. ( Reina Valera 1960 ).

3 - Ageu, enviado do Senhor, falou ao povo segundo o mandato que ele tinha recebido do Senhor: Estou convosco - oráculo do Senhor. ( Versão Católica ).

4 - Então, Ageu, o embaixador do SENHOR, falou ao povo, conforme a mensagem do SENHOR, dizendo: Eu {sou} convosco, diz o SENHOR. ( ARC 1995).

OBS.: NO RODAPÉ DESTA VERSÃO DIZ: OU mensageiro do SENHOR.

O profeta Ageu é Cristo? Por que não? Pois neste verso ele é chamado de Anjo ou mensageiro do SENHOR!!

Portanto como diz o dicionário VINE, estas passagens confirmam a posição importante de malak. Honras para o mensageiro equivalem a render respeito a quem o envia.

Sem dúvida esta é a interpretação coerente com todas estas passagens, inclusive as referentes a Gênesis 32:30, Juízes 6:22, Êxodo 33:20 e outras mais. Com relação à luta de Jacó, o livro do profeta Oséias cap. 12:4 afirma que Jacó lutou foi contra um anjo mesmo que no hebraico é malak (mensageiro) e prevaleceu, sendo um modelo a ser imitado quando alguém está em dificuldades ou precisa passar por alguma transformação do caráter.. O leitor acha mesmo que se Jacó tivesse lutado com Deus, O Pai, ele teria prevalecido?

Quando começarmos a entender os significados de algumas palavras em suas línguas originais como: Deus, espírito, anjo, significados estes que podem ser abrangentes ou restritos e se despojar de conceitos pré-definidos, como os conceitos de Ellen White, por exemplo, veremos estas e outras passagens de acordo com a bíblia somente.

LOGOS - "Verbo" ou "palavra?"

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. João 1:1

Todas as coisas foram feitas por ela [a palavra], não “por Ele”. Assim as versões em Inglês e português não teriam pressa para concluir, como faz a King James Version de 1611 (influenciada pela versão católica romana Reims, 1582 ) e seus seguidores, que a palavra era uma pessoa, o Filho, antes do nascimento de Jesus.

Se todas as coisas foram feitas por meio da “palavra”, com um “it” na versão em inglês, um significado bem diferente emerge. A palavra “não seria uma segunda pessoa existente ao lado de Deus, o Pai da eternidade”. O resultado é este: um dos principais alicerces dos sistemas tradicionais sobre os membros da Divindade seria removido.

Há mais a ser dito sobre essa frase inocente: No princípio era o Verbo. Não há qualquer justificação no original grego para a colocação de uma letra "V" (maiúscula) em “Verbo” e, portanto, convidando os leitores a pensar que se trata de uma pessoa. Isso é uma interpretação imposta sobre o texto, acrescentada ao que João escreveu. Mas foi isso que ele pretendia? A questão é: O que João e seus leitores entendem por “palavra” do grego “Logos”?

Obviamente há ecos de Gênesis 1:1 e versículos seguintes aqui: “No princípio, Deus criou os céus e a terra... e Deus disse: [usando a sua palavra]”, “Haja luz”.

Deus disse: significa que Deus pronunciou a Sua palavra, o meio de Sua atividade criadora, Sua dicção poderosa. Os Salmos 33:6 fornecem um comentário sobre o Gênesis:

Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus. E assim, em João 1:1 Deus manifestou sua intenção, a sua palavra, sua auto-expressão, revelando a criação.

Isaías 45:12,18 – Eu fiz a terra e criei nela o homem; Eu O fiz; As minhas mãos estenderam os céus e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens. Porque assim diz Yahvéh que tem criado os céus, O Deus que formou a terra e a fez; Ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada; Eu sou YAHVÈH e não há outro.

O próprio Jesus afirma categoricamente que O Criador é O Pai, seria uma ótima oportunidade para ensinar que Ele (Jesus) estava presente “pessoalmente” com Deus na criação, veja:

Marcos 10:6 – Porém desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. (Cf. Mat. 19:4/Ef. 3:9)

Mas absolutamente nada no texto, para além da letra maiúscula intrusiva em “Verbo” em nossas versões, transformando a palavra em um nome próprio, que nos fazem pensar que Deus estava em companhia de outra pessoa - O Filho. A palavra que Deus falou foi na verdade apenas “A PALAVRA DELE: [de] Deus”, a expressão de si mesmo.

No princípio era a palavra, isto é, a palavra de Deus. É evidente que João não disse que a palavra era uma PESSOA.

Claro que a palavra pode se tornar uma porta-voz, e o fez quando Deus se expressou em um Filho - Jesus, trazendo-o para a cena da história.

Hebreu 1:1 diz: Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho. A implicação é que Deus não falou através de um filho ÚNICO ANTES, mas SIM DEPOIS.

Existe uma importante distinção cronológica entre o tempo ANTES do Filho e o tempo DEPOIS do Filho. Houve um tempo em que o Filho ainda não era.

Seria um grave erro de interpretação, descartar o significado de “palavra” na matriz hebraica a partir do qual João escreveu e anexar a ela um significado que nunca teve - uma “pessoa”, um segundo membro de uma suposTrindade divina.

O SIGNIFICADO DE “palavra”

PALAVRA (Gr. logos) – (1) A expressão do pensamento; não o mero nome de um objeto: (a) encarnando uma concepção ou idéia (por exemplo, em Lc. 7:7; 1 Cor. 14:9,19); (b) Um dito ou afirmação. (c) Discurso, prática, dito de instrução. (DICIONÁRIO EXPOSITIVO DE VINE).

PALAVRA (Gr. Logos) - Do ato de falar. Palavra proferida a viva voz que expressa uma concepção ou idéia. O que alguém disse. Discurso, doutrina, ensino. (LÉXICO GREGO DE STRONG).

PALAVRA (Heb. Davar) - Ocorre cerca de 1455 vezes. Em contextos jurídicos, significa disputa (Êxodo 18:16, 19; 24:14), acusação, sentença, a alegação, transferência e disposição... [caso contrário o pedido], decreto, a conversa, o relatório, o texto de uma carta, letra de uma canção, promessa, anais de eventos, mandamento, plano (Gn 41:37; II Sam. 17:14, II Cr. 10:4; Ester 2:2; Sl. 64:5, 6; Isa. 8:10), a língua ... Dan. 9:25: decreto de um rei; [também:] coisa, assunto ou evento.

Um estudo sério da Bíblia exige que nós devemos entender o que PALAVRA significa no contexto do pensamento de João. Os comentadores têm reconhecido por muito tempo que João é completamente judaico em sua abordagem à teologia. Ele está mergulhado na Bíblia judaica.

A “Palavra” apareceu cerca de 1.450 vezes (mais o verbo "falar" cerca de 1.140 vezes) no hebraico bíblico conhecido tão bem por João e Jesus.

O significado padrão de "palavra" é discurso, promessa, comando. Nunca significou um ser pessoal - nunca “o Filho de Deus”. Nunca significou um porta-voz. Pelo contrário, a palavra significava o índice geral da mente - uma expressão, uma palavra. Existe uma vasta gama de significados para a “palavra” de acordo com uma fonte padrão. “Pessoa”, no entanto, não está entre esses significados.

A conclusão que parece surgir da análise de João 1:1-14 é que somente no verso 14 [a palavra se fez carne], que podemos começar a falar de um LOGOS PESSOAL. O texto usa muito bem uma linguagem “impessoal” – [se fez carne].

Antes do versículo 14 estamos no mesmo âmbito como falaram os pré-cristãos sobre a sabedoria e o logos, estamos tratando com PERSONIFICAÇÕES em lugar de pessoas, AÇÕES PERSONIFICADAS DE DEUS em lugar de um Ser Divino individual como tal.
O ponto está obscurecido pelo fato de que temos que traduzir LOGOS como ELE através do texto. Porém se traduzirmos LOGOS como “MANIFESTAÇÃO OU EXPRESSÃO DE DEUS” se fará mais evidente que o texto não necessariamente tem a intenção de que se pense no LOGOS dos versos 1 a 13 como um ser divino pessoal. Em outras palavras, o significado revolucionário do versículo 14 marca muito bem não só a transição no pensamento do texto da preexistência à encarnação, senão também a transição da personificação impessoal à pessoa real.

Que O Único Deus, O Pai, abençoe a todos. (COMENTEM).
BLOG: O fato de estar publicado no Blog, não quer dizer que compartilhamos do pensamento do autor. Esse é um assunto para ESTUDO e DEBATE.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A COMPULSÃO SISTEMÁTICA

“A Doação Sistemática não se deveria tornar Compulsão Sistemática. É a oferta voluntária que é aceitável a Deus. A verdadeira Beneficência Cristã brota do princípio do amor agradecido. Não pode existir amor a Cristo, sem amor correspondente para com aqueles por cuja redenção Ele veio ao mundo” Testemunhos Seletos – Volume 1, pág. 375.


Convenhamos, é necessário jactanciar-me desta declaração, simplesmente porque sua autoria é atribuída a Irmã White, e a partir disto, usá-la como um tacape, com a finalidade de calar a boca daqueles que discordam de minha visão sobre as finanças na causa de Deus, ou então, simplesmente, a minha vibrante alegria deve originar-se no fato de que os princípios delineados na afirmação acima se encontram integralmente de acordo com os ditames da Bíblia?

É maravilhoso quando confiamos inteiramente na palavra de Deus e não elevamos nenhum ser humano a categoria de “semideus”, mesmo que este tenha tido o privilégio de haver sido um instrumento da revelação da mensagem do verdadeiro Deus.

A Bíblia atribui-se a dupla função de uma faca de dois gumes, isto é, em nossa simplória avaliação significa que, apesar de ter se originado na fonte do bem, misericórdia e justiça, a palavra de Deus pode ser usada, tanto para a edificação, quanto para a destruição, logo compete a nós, crentes, termos certa familiaridade com os seus princípios e objetivos, e buscarmos de Deus o dom do discernimento, pois “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor entrará no Reino dos céus,...” Mateus 7:21.

Um exemplo clássico de má utilização das Escrituras é “Malaquias 3:10”, principalmente pelos crentes da nova aliança, para os quais da mordomia que se praticava nos dias de Malaquias somente se aproveitam os princípios e não a forma de como era aplicada. Se aqueles que se utilizam deste versículo com a finalidade de persuadir as pessoas a abarrotarem os cofres de suas instituições religiosas, com o suado e honesto ganho salarial dos pobres trabalhadores, lembrassem de avaliar que nas providências de Deus preconizadas no verso 11 de Malaquias 3 “Por vossa causa repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos exércitos”, com certeza perceberiam, que tudo aqui está, exclusivamente, vinculado às pessoas proprietária de terras, pois se assim não o fosse Deus haveria de ter dito também: “Por vossa causa repreenderei os vossos patrões, para que não aviltem os vossos salários, todas as gratificações e horas extras vos sejam multiplicadas, e jamais experimentarás o desemprego“.

No contexto do capitulo 3 de Malaquias, o roubo era praticado por toda a nação, isto é, tanto os proprietários de terras em Canaã estavam se omitindo ao recolhimento de seus dízimos, quanto os levitas, os quais estavam administrando de forma fraudulenta, tudo aquilo que recebiam de alguns poucos produtores rurais.

Quem realmente estava sendo penalizado com aquela situação, senão, somente, as viúvas, os órfãos, os pobres e estrangeiros, os quais dependiam do fiel cumprimento das diretrizes preconizadas nas instruções Divinas dos dízimos e ofertas, se as mesmas fossem integralmente cumpridas pelos responsáveis pela administração financeira. Logo era destes desvalidos de quem todos estavam roubando, pelo que Deus tomando-lhes as dores, proferiu aquela inquietadora pergunta: Roubará o homem a Deus?


Heráclito Fernandes da Mota

domingo, 15 de novembro de 2009

FINANÇAS NA IASD - SEGUNDA PARTE

“Pode, acaso, associar-se Contigo o trono da iniquidade, o qual forja o mal, tendo uma lei por pretexto?” Salmos 94:20

Quando nos sentimos identificados com uma igreja que teve o privilégio das revelações que tiveram nossos pioneiros, é com profunda tristeza que temos que relatar um dos capítulos mais tristes e sombrios da historia financeira da IASD, no qual foram trocadas as orientações de Deus pela “sabedoria” humana.

Embora Deus não houvesse privado seu povo de pessoas que advertissem quanto as mudanças que se pretendiam fazer, entre tais advertências, destacamos o que Tiago White, escreveu na Edição de 9 de Abril de 1861 da Review and Herald, página 164, (Extraído do site: www. mensagensfinais.tripod.com): “Nós não desejamos que o sistema israelita de dízimos seja adotado como uma obrigação para os crentes da terceira mensagem angélica. Este sistema foi necessário ao plano de Deus para os sacerdotes levitas; mas a mensagem final clama por alguma coisa longe deste padrão”.

Mesmo sob os protesto dos fiéis servos do Senhor, ainda assim, aconteceu a mudança da mordomia que Deus houvera dada a seu povo através das revelações concedidas a Irmã Ellen White. Vejamos o seguinte trecho que provém de uma assembléia especial da Associação Geral realizada no inicio de 1876:

Então, foram feitas observações pelo irmão Canright sobre o assunto da Benevolência Sistemática. Tomando como base certos fatos bem determinados, ele mostrou que se todos correspondessem ao plano bíblico da B. S., o montante em nossas fileiras atingiria o total de U$150,000.00 anuais, em lugar de cerca de U$40,000.00 anuais...

O irmão Canright propôs as seguintes resoluções sobre o assunto da Benevolência Sistemática, que foram unanimemente adotadas pela assembléia e congregação:

Resolvido: Que cremos ser o dever de todos os nossos irmãos e irmãs, quer estejam ligados a igrejas quer vivam sós, em condições comuns, dedicar um décimo de toda a sua renda, de qualquer fonte, à Causa de Deus. E mais:

Resolvido: Que chamemos a atenção de todos os nossos pastores para o seu dever , nesta importante questão, de apresentá-la, clara e fielmente, a todos os seus irmãos, instando com eles para que correspondam aos requisitos do Senhor neste assunto.

Proposto e aprovado que o presidente designe uma comissão de três pessoas, sendo ele mesmo um dos componentes dessa comissão, para preparar um panfleto sobre o assunto da benevolência sistemática. O presidente designou D. M. Canright e U. Smith para atuarem junto com ele nessa comissão. –“Minutes of the Special Session of the General Conference,” Review and Herald, 6 de abril de 1876, 108 (Parousia ano 2, N.º 2 pág. 16)

Rapazinho muito “vivo” esse irmão Canright, foi logo apresentando números, e não um “assim diz o Senhor”, até por que não iria encontrar nenhum respaldo na Palavra de Deus para embasar suas pretensões de extorquir a boa vontade de um povo que, naquele tempo, era bastante carente em seu fervor e idealismo missionário.

Muito ao contrario do que diz o apostolo Paulo em 2 Corintios 9:7 “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”. Logo é a própria Escritura que nos mostra que a necessidade jamais foi o principio bíblico que determinasse as diretrizes da mordomia cristã, mas o amor do doador, e a abnegação dos que se empenham na sagrada responsabilidade da pregação do evangelho, é que se constituem no ideal das finanças da igreja de Deus, e neste aspecto, digno é o exemplo do apostolo Paulo, o qual dedicava parte de seu tempo ao serviço de fabricar tendas para que não fosse um peso aos seus subvencionadores.

As idéias apresentadas pelo Canright constituem-se, até hoje, no método utilizado pela nossa liderança, isto é, apresentar números que forjem uma suposta necessidade financeira a fim de sensibilizarem os irmãos a contribuírem cada vez mais, e contrariando a palavra de Deus, pretendem mobilizar nossos corações pela suposta necessidade e não pelo amor. Por outro lado é sabido que o equilíbrio, e o êxito financeiro de qualquer instituição seja religiosa ou não, também se consegue através da redução de gastos, despesas ou custos, e não somente pelo aumento das receitas.

O PLANO DE DEUS ADULTERADO EM UM PANFLETO DE 1878

De acordo com o voto da assembléia, o plano “aperfeiçoado” foi exposto aos crentes num panfleto que, significativamente, levava o titulo de “Benevolência Sistemática” ou o “Plano Bíblico de Sustentar o Ministério”.

Lemos o seguinte na declaração introdutória do panfleto: O assunto da benevolência sistemática está sob consideração prática, pelos adventistas do sétimo dia, por um período de vinte anos ou mais. E não foram julgadas necessárias modificações substanciais do sistema adotado antes, até dois anos atrás. As razões para estas modificações são apresentadas nas seguintes páginas que se seguem.

“Quanto devo dar para o sustento do evangelho?” Depois de examinar cuidadosamente o assunto sob todos os aspecto, respondemos: “O dízimo de toda a nossa renda.”.

Isso não significa um décimo de nosso aumento patrimonial anual, depois de ser pago o custo do alimento e vestuário e de outras despesas, mas que nove partes de nossa renda devem cobrir todas essas despesas, ao passo que o dízimo de nossa renda é do Senhor, para ser sagradamente dedicado para o sustento do ministério. Considerando o plano de nos comprometer-nos a dar anualmente uma importância equivalente a um por cento de nossas propriedades defeituoso em vários aspectos:

Não é dado o dízimo de nossa renda. - Temos a convicção de que nosso povo tem roubado de Deus mais da metade dos dízimos que são Seus, ao agir de acordo com o plano imperfeito de pagar á B.S. apenas a importância de um por cento ao ano sobre o valor de suas propriedades.
As palavras de Paulo no tocante a este assunto - “conforme a sua prosperidade” – estão em estrita harmonia com o sistema no Antigo Testamento, que reivindica um décimo de todas as rendas do povo do Senhor como Seu. Consideramos o seguinte compromisso apropriado e bíblico para ser assumido por todo o nosso povo

Prometemos solenemente, diante de Deus e uns dos outros, pagar conscienciosamente, ao tesoureiro da Benevolência Sistemática, o dízimo de toda a nossa renda, para ser guardado, quando recebido, e pago no primeiro Domingo de abril, no primeiro Domingo de julho e no primeiro Domingo de outubro.

Pelo plano defeituoso, os que tinham pequena ou nenhuma propriedade, tendo no entanto considerável renda, em alguns casos roubavam o Senhor em quase todos os dízimos de suas rendas reais. Pelo plano bíblico, um dólar de cada dez que são ganhos é assegurado para a Causa do Senhor. Só isso fará uma diferença de muitos milhares de dólares a serem lançados no tesouro do Senhor, para o sustento da Causa de Deus.

E não podemos ver por que razão as nossas instituições como as casas publicadoras, escolas, sanatórios e associações locais não devam colocar no tesouro do Senhor o dízimo de toda a sua renda. Elas são devedoras ao Senhor e Seus servos por sua existência e prosperidade. Como recebem amparo da Associação Geral, seus dízimos devem ser colocados na tesouraria da Associação Geral. A quantia anual a ser coletada, só de nossas instituições em Battle Creek, não seria inferior a 4.000 dólares, certamente uma quantia considerável a ser lançada numa tesouraria que não somente está vazia, mas na realidade, em dívida. E se nossas associações locais também pagarem o dízimo de sua renda a tesouraria da Associação Geral será suprida uma necessidade que há muito tempo vem sendo notada. - Declaração preparada pela comissão designada na Assembléia da Associação Geral, 2-13/10/1878, formada pelas seguintes pessoas: Tiago White, D. M Canright, S. N. Haskell, J. N. Andrews, e Urias Smith, sob o título “Systematic Benevolence; or the Bible Plan of Supporting the Ministry” (Parousia ano 2, N.º 2 pág. 16/17)

“De acordo com o voto da assembléia, o plano “aperfeiçoado” foi exposto aos crentes num panfleto” Observem que estas palavras referem-se ao Plano da Benevolência Sistemática, o qual como se acreditava era uma verdade inspirada, pelo que cremos a mesma jamais poderia ser aperfeiçoada, pois ao meu ver, qualquer melhoria ou reforma de uma verdade, implica em alterações ou perda no seu conteúdo, e se realmente era uma verdade inspirada, o que nos parece possível é que a mesma fosse considerada por um ângulo antes não percebido, ou que a mesma viesse a ter uma intensidade maior de sua luz, mas de maneira alguma se poderia “aperfeiçoar” aquilo que se originou nas orientações de um Deus que jamais erra, o qual é a fonte da perfeição , e a origem de todo o dom prefeito.

“Quanto devo dar para o sustento do evangelho?” Na realidade, parece-nos que o que ele desejaria saber era até quanto se podia arrancar de cada membro, já que ao contrário de suas pretensões, a bíblia nos ensina que quando é o amor que nos move não há limite para as nossas contribuições. Por outro lado, esta é uma pergunta que só pode ser respondida por cada um e diretamente a Deus, pois ao sermos tocado pelo Espírito de Deus nossa resposta será ”segundo propuser no seu coração”.

Temos a convicção de que nosso povo tem roubado de Deus mais da metade dos dízimos que são Seus, ao agir de acordo com o plano imperfeito de pagar á B.S. apenas a importância de um por cento ao ano sobre o valor de suas propriedades. É surpreendente a maneira como o Canright deprecia um plano que segundo a Irmã White, havia sido de inspiração Divina “Nosso Pai Celeste não instituiu o plano da benevolência sistemática com o intuito de enriquecer-se, mas para que o mesmo fosse uma grande benção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava” Testemunhos Seletos Volume I, pagina. 385. Isto nos leva a crê que, ou ele se achava mais inspirado que ela, ou não dava a mínima importância ao que ela dizia.

“A quantia anual a ser coletada, só de nossas instituições em Battle Creek, não seria inferior a 4.000 dólares”. Temos que reconhecer que o Canright era um grande especialista em números, pois sempre aparece com os objetivos quantificados em importância previamente estabelecidas. Ao tempo em que vemos que a sua “fome” pelo vil metal não poupava nem as instituições sociais da Igreja.

Infelizmente aqueles que continuam seguindo as normas atuais da IASD, quanto a sua participação financeira, estão seguindo orientações humanas, em vez de obedecerem a Deus. É como Jesus disse em Sua Palavra: “E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição”. Marcos 7:9

domingo, 8 de novembro de 2009

O Ecumenismo e o Evangelho Eterno

O Ecumenismo (União das Igrejas) favorece a pregação das 3 mensagens angélicas (Apocalipse 14)? SIM ou NÃO?

Você pode ler o artigo traduzido para o PORTUGUÊS através do google:
Bereanos PB

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

FINANÇAS NA IASD - PRIMEIRA PARTE


“Nosso Pai Celeste não instituiu o plano da benevolência sistemática com o intuito de enriquecer-se, mas para que o mesmo fosse uma grande benção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava” Testemunhos Seletos Vol. I, pág. 385.

Pelo que pudemos extrair dos artigos elaborados pelos eminentes pastores e pesquisadores ASD, e explanados na Revista PAROUSIA Ano 2. N. º 2-II Semestre 2001, embora a intenção dos ilustríssimos pesquisadores fosse, de alguma forma, induzir-nos a crermos que o dizimo sempre foi uma pratica unânime e pacífica, desde o principio da história da IASD, ficou-nos bastante evidente que a tentativa do estabelecimento de um plano financeiro na IASD, não foi algo pacífico no seio da membresia da Igreja.

Embora, segundo se cria, houvesse Deus, através da Irmã Ellen G. White, providenciado um plano, que foi denominado de Benevolência Sistemática, diga-se de passagem, pautado nos eternos princípios bíblicos de mordomia, o mesmo se constituía em um plano desprovido de qualquer ambição de se criar uma “casta dominante de privilegiados”, a qual, uma vez estabelecida, jamais se satisfaria com os benefícios que lhes forem atribuídos, e pouco se importariam com a situação financeira da membresia.

Pelo artigo denominado de “Destaque do Começo do Sistema do Dízimo na IASD”, e atribuído à autoria do Ex-Diretor do Patrimônio Literário Ellen G. White – ARTHUR L. WHITE, compreendemos que a principio a amada IASD funcionou sem nenhum plano financeiro, oficialmente reconhecido pela Conferência Geral, até o ano de 1859, sendo que neste mesmo ano, no mês de janeiro, em uma reunião em Battle Creek, recomendou-se o seguinte plano:

1. Que cada irmão, dos dezoito aos sessenta anos de idade, ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de cinco a vinte e cinco centavos de dólar.
2. Que cada irmã, dos dezoito aos sessenta anos de idade, ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de dois a dez centavos de dólar.
3. Além disso, que cada irmão e cada irmã ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de um a cinco centavos para cada cem dólares de propriedade(s) que possuem.


As mais baixas quantias estipuladas são tão pequenas que aqueles que se encontram nas circunstâncias mais precárias (com mui poucas exceções de algumas viúvas, doentes e pessoas idosas) poderão pôr este plano em prática; ao passo que os que estão em melhores condições poderão desempenhar a sua mordomia, no temor de Deus, dando desde as menores até às mais altas quantias estipuladas, ou mesmo mais, como acharem ser o seu dever.

Observe-se que as instruções foram carinhosamente chamadas de “Benevolência Sistemática”, as quais, mesmo constituídas de regras simples, eram em sua aplicabilidade, perfeitamente compatível com os mais diversos níveis econômicos da membresia, e apesar de haver sido estabelecido em valores monetários pré-definidos, os mesmos eram, e ainda seriam, em nossos dias, perfeitamente suportáveis com a capacidade contributiva da maioria de nossa membresia mundial.

Avaliando-se sua eficácia, no contexto econômico de nosso país e em nossos dias, vemos que para os pobres representaria uma contribuição semanal de R$0,06 a R$0,30; para os membros da classe a média o valor do desembolso semanal seria de R$0,15 a R$0,75; enquanto que para os possuidores de bens, sua contribuição semanal seria de R$0,03 a R$0,15 por cada R$200,00 de propriedades que possuíssem.(valores aproximados ao câmbio de hoje).

O Plano contemplava um antigo principio bíblico da mordomia, isto é, o do respeito às condições econômicas de cada pessoa, e conseqüentemente quem podia mais, seria chamado a contribuir com mais, ou seja, na Benevolência Sistemática, os possuidores de bens de capital, isto é, aqueles bens que geram rendas, seriam convocados a participar com um pouquinho mais, guardando-se a proporcionalidade com as bênçãos recebidas.

Há de se destacar, também, a peculiaridade contida na flexibilização estabelecida entre os limites mínimos e máximos, a qual contemplava um outro principio, isto é o da liberdade do mordomo, uma vez que se deixava ao livre-arbítrio de cada contribuinte a escolha “segundo se propusesse em seu coração”.

Por outro lado o plano ainda definia de forma clara que, em determinadas circunstâncias sociais, poderia existir pessoas que, segundo sua condição econômica, não manifestasse capacidade para participar do grande mutirão financeiro da Causa do Senhor, pelo que conforme as diretrizes do plano, tais pessoas estariam excluídas da obrigatoriedade de participar (com mui poucas exceções de algumas viúvas, doentes e pessoas idosas).

Observe-se, também, que os pioneiros do movimento adventista, segundo se acreditava, tiveram a divina orientação de estabelecerem um plano financeiro que embora, a princípio, não contivesse de forma clara uma definição completa sobre em que se aplicaria o resultado de sua arrecadação, até por que naquele momento da historia, a IASD era um movimento no qual não havia, ainda, a centralização de sua liderança, e cada comunidade, ou igreja local decidia por si mesma quanto às questões financeiras, isto é seu modelo de governo eclesiástico era o congregacionalismo, mas, certamente, não agredia os ditames da mordomia estabelecia na bíblia.

Parece-nos que quanto à aplicação dos recursos oriundos deste plano, prevalecia o que fosse determinado conforme a vontade da igreja local, o que nos leva a crer que os irmãos, daquela época, seguiam o modelo federativo, tão bem apreciado na estrutura política dos EUA, onde as reiteradas práticas locais, com o tempo, tornavam-se normas gerais para toda a irmandade, e até então a Conferência Geral não havia atentado para a necessidade de se definir regras claras que determinassem em que seriam investidos os recursos financeiros oriundos da Benevolência Sistemática.

Mesmo assim, isto é, em sua forma embrionária, e enquanto funcionou de 1859 a 1876, o plano contemplava alguns dos princípios da mordomia bíblica estabelecidos, tanto no velho quanto no novo testamento, entre os quais destacamos: a)-Compromisso com Deus; b)-Capacidade contributiva do participante; c)-Liberdade do mordomo; d)-a alegria de participar.

O que nos leva a crer que se os pioneiros houvessem progredido em todas as orientações da Palavra de Deus, e não tivessem seguido os planos humanos, como a historia nos mostrará, (aguardem o próximo tópico sobre as mudanças efetuadas pelo irmão Canright) com absoluta certeza o plano da “Benevolência Sistemática” teria rigorosamente contemplado os demais princípios da mordomia bíblica tais como: a)-Voto de pobreza; b)-Salário pelos serviços religiosos prestados;sem privilegiar a classe dominante c)-Prestação de contas; d)-Equidade entre Sacerdote e Levitas; e)-O cuidado com os necessitados.

Continuando na avaliação do plano da “Benevolência Sistemática” percebemos as profundas diferenças com a atual prática financeira da IASD, entre tais diferenças destacamos as seguintes:

1 – A faculdade que tem o próprio contribuinte de escolher entre o limite mínimo e máximo estabelecidos; enquanto no modelo em vigência exige-se de forma autoritária um único percentual para pobres e ricos;

2 –A possibilidade de algumas pessoas serem dispensadas de contribuírem, enquanto que no sistema atual, não há exceção, e exige-se que velhos, viúvas, doentes, etc., os quais são “doutrinados” a deixarem de comprar alimentos ou remédios, mas jamais deixarem de pagar o “dízimo”;

3 – Os membros autônomos ou assalariados tinham sua participação financeira pré-definidas, de tal modo que ficavam totalmente desvinculadas de seus ganhos mensais; no sistema atual não se respeita este limite, e, tributa-se de forma “selvagem” e desumano o pobre e minguado salário do trabalhador;

4 – Os possuidores de bens materiais (propriedades) são convidados a participar com uma contribuição vinculada as bênçãos materiais recebidas, bem ao estilo bíblico, no entanto preserva-se à vontade de escolher entre um valor mínimo ou máximo, ou além disto, pode-se estabelecer, para si, um limite superior ao máximo definido no plano, se assim o desejar. Nas regras atuais os poderosos economicamente se limitam somente a 10% daquilo que eles próprios atribuem como renda, o que na maioria dos casos, representa uma ínfima contribuição do muito que lhes sobram.

Pelas primárias avaliações acima efetuadas, não se pode, de nenhuma forma, discordar quando a irmã White diz que o referido plano não seria um “peso” para ninguém, bem como que sua instituição não teria como finalidade “enriquecer” a Deus, e muito menos a classe dominante, também cremos que não há duvida de que sua origem era Divina, uma vez que pelo crivo bíblico aqui avaliado o plano de nenhuma forma viola os princípios da Palavra de Deus.

“Nosso Pai Celeste não instituiu o plano da benevolência sistemática com o intuito de enriquecer-se, mas para que o mesmo fosse uma grande benção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava” Testemunhos Seletos Vol. I, pág. 385.

“O plano da doação sistemática não pesa muito em ninguém”. Testemunhos Seletos Vol I pág. 378.



terça-feira, 20 de outubro de 2009

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A TRINDADE E ASSUNTOS RELACIONADOS

Prezados Bereanos(Estudantes da Palavra),



Pedimos aos participantes que doravante direcionem todos os questionamentos sobre a TRINDADE E ASSUNTOS RELACIONADOS para este tópico o qual será, sempre que julgarmos necessário, deslocado para o topo do BLOG.



Fraternalmente,



Heráclito Fernandes da Mota

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CONVERSÕES AO CATOLICISMO




"Este é o lugar, onde minha fé me levou" . Ex-pastor da IASD David Pendleton.

O ex-deputado estadual e ex-pastor Adventista do Sétimo Dia, foi recebido na igreja católica na Vigília Pascal...

Um fenômeno muito interessante está acontecendo nos Estados Unidos; uma grande quantidade de pastores protestantes têm se convertido ao Catolicismo depois de perceberem que a Igreja Católica é a verdadeira Igreja em Jesus Cristo, fundada sobre Pedro e os Apóstolos.

"Leigos católicos deixando a igreja, ministros protestantes se juntando a igreja. O que está acontecendo?" Pergunta o padre Tobin.


Bereanos PB

ORAÇÃO PELOS DOENTES


O Pr. Jonny Franklin, encontra-se hospitalizado, pois fez uma cirurgia. Peço aos irmãos bereanos que orem por ele.
"Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou a sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. A Ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém." I Pedro 5:10-11.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DÍZIMOS: PRINCIPIOS DE VALIDADE ETERNA

“O sistema especial de dízimos baseia-se em um princípio tão duradouro como a lei de Deus” Testemunhos Seletos Vol. I, pág. 385.

Quando Deus retirou o povo de Israel do Egito para estabelece-lo, como nação independente, nas terras de Canaã, a finalidade era que fosse uma luz para as demais nações, transmitiu-lhe varias ordenanças, entre as quais deu também as diretrizes financeiras, as quais tinham como função principal promover a subsistência das pessoas responsáveis pelos serviços religiosos, tão necessários a fixação na mente do pecador arrependido, da figura do cordeiro de Deus morrendo, prefiguradamente, em cada animal sacrificado, representando o infinito preço que seria pago por Cristo em resgate da raça perdida.

Esta revelação foi se ampliando a cada texto transmitido, conforme verificamos nos seguintes textos bíblicos: Levítico 27: 30-33; Números 18:20-32; Deuteronômio 14:22-29, os quais, em nossa avaliação perceberemos a existência de características peculiares à vida e circunstância religiosa de um povo em determinada época, pelo que tais características têm sua aplicabilidade limitada e restrita ao lugar e o tempo. Por outro lado veremos que, mesmo assim, há princípios envolvidos, os quais tem a sua aplicabilidade livre das circunstâncias e épocas, logo sua eficácia extrapola o tempo e o lugar.

No primeiro texto citado percebe-se de forma inequívoca que Deus limita sua instrução a revelar apenas os aspectos básicos, tais como:
origem - dízimos da terra,
destino - pertencem ao Senhor,
natureza - quer dos cereais, quer dos frutos das árvores; todo dízimo do gado e do rebanho,
contribuintes - fica implícito que somente aqueles que possuíssem os bens capazes de gerar cereais, frutos e gado,
liberdade - Se alguém quiser remir uma parte dos seus dízimos.

Não é difícil, mesmo para o simples leigo, encontrar neste texto alguns dos princípios que norteiam a mordomia cristã e que segundo o texto da irmã White, em epigrafe, são tão duradouros quanto a Lei de Deus, entre estes princípios podemos destacar os seguintes:

O compromisso com Deus, jamais com os homens, levitas/sacerdotes ou padres/pastores etc. (“santas são ao senhor”. Levítico 27:30);

A capacidade contributiva do participante; exige-se de quem tem condições, neste caso os proprietário de terras, em outras palavras diríamos que “se tributa o capital ou a renda, jamais o trabalho ou o salário” ("todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores ” Levítico 27:30; - “No tocante às dízimas do gado e do rebanho,...” Levítico 27:32);

A Liberdade do mordomo (“Se alguém, das suas dízimas, quiser resgatar alguma coisa.” Levítico 27:31).

A Divina orientação, estabelecida em Números 18:20-32, nos faz entender que neste texto Deus estabelece o compromisso que deveria existir entre a tribo de Levi e o produto da arrecadação dos dízimos, impondo-lhes uma condição básica e indispensável, a fim de que eles se constituíssem em um dos beneficiados pelas finanças de Deus.

É fácil extrairmos destes versículos algumas características, as quais, com certeza, até a Irmã White os reconheceriam como sendo duradouros, bem como, também, aplicáveis aos prováveis beneficiários da mordomia neotestamentária, se não vejamos:

Voto de pobreza (“ Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles nenhuma porção terás. Eu sou a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel.” Números 18:20 ), qualquer pessoa pode entender que este princípio tem por objetivo inibir a formação de uma classe clerical privilegiada, a qual viesse a se aproveitar das instruções Divinas com a finalidade de obter vantagens, poder econômico ou quaisquer relação de domínio sobre os demais na comunidade.

Salário pelos serviços religiosos prestados (“Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da Congregação.” Números 18:21).

Prestação de contas (“Mas os Levitas farão o serviço da tenda da congregação e responderão por suas faltas,...” Números 18:23).

Equidade entre Sacerdote e Levitas, em termos mais atuais: Pastores/padres, obreiros/colportores/empregados/etc. (“Quando receberdes os dízimos da parte dos filhos de Israel, que deles, que vos dei por herança, deles apresentareis ao Senhor uma oferta ao Senhor: o dízimo dos dízimos.” Números 18:26).

Não resta dúvida de que Deuteronômio 14:22-29 é um texto que trata do assunto de uma forma mais abrangente e que, sob este prisma podemos entender que a devolução dos dízimos constituía-se em uma grande confraternização, na qual tomava parte toda a comunidade judaica.

Nestas instruções, também, podemos ver que Deus nos brinda com mais alguns detalhes adicionais tais como: a época, o lugar de entrega, as pessoas que poderiam usufruir os benefícios advindos daquela doação fraternal, isto é, os direitos e obrigações de todos na comunidade, vejamos:

ÉPOCAS: anualmente (“Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo.” Deuteronômio 14:22).

LUGAR DE ENTREGA:
1 - no Templo (“E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome...” Deuteronômio 14:23),

2 - nas comunidades locais (“Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade.” Deuteronômio 14:28).

QUAIS OS BENEFICIADOS:
1 - O próprio dizimista (“E, perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o Senhor teu Deus, por todos os dias” Deuteronômio 14:23).

2 - O levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva (“Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva, que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão; para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas obras que as tuas mãos fizerem” Deuteronômio 14:29).

O DIZIMO NÃO PODERIA SER DINHEIRO
(“Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que Senhor, teu Deus, escolher para ali por o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que o Senhor, teu Deus, escolher. Esse dinheiro dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa; porem não desampararás o levita que está dentro da tua cidade, pois não tem parte nem herança contigo.” Deuteronômio 14:24-27).

Embora nestes versículos Deus tenha sido mais detalhista com respeito as suas finanças, somente vislumbramos dois princípios, os quais, também, a Irmã White, certamente, nos aconselharia a considera-los como duradouros e, conseqüentemente deveriam ser exigidos sua aplicabilidade na mordomia do remanescente povo de Deus, tais princípios são:

A alegria de participar (”Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa;” Deuteronômio 14:26).

O cuidado com os necessitados (“Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva, que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão; para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas obras que as tuas mãos fizerem.” Deuteronômio 14:29).

Creio que antes de ser um dever, é também um privilégio que todos os cristãos apropriem-se da sabedoria Divina, através da oração e do estudo da Bíblia, a fim de habilitarem-se a discernir nas ordenanças das Escrituras, os seus princípios fundamentais, bem como a sua aplicabilidade no tempo e no espaço, pois embora os princípios sejam duradouros, as características de determinadas doutrinas restringem sua aplicabilidade à época certa e a povos ou a determinada nação e, às vezes, enquanto perdurarem certas condições.

O novo testamento é rico em descrever uma mordomia onde sempre se privilegiou a liberdade do mordomo, bem como a finalidade de está sempre voltada para o auxilio aos pobres, propiciando uma vida comunitária de justiça entre todas as classes sociais, erradicando-se, de forma eficaz, o surgimento de uma casta de privilegiados na liderança da igreja ou comunidade.

Como cristãos fiéis e servos de nosso Senhor Jesus Cristo, temos o dever moral, ético e sagrado de examinar se as diretrizes financeiras exercidas pela liderança de nossa comunidade de fé estão refletindo o padrão bíblico, tendo sempre em mente que somos, direta ou indiretamente, cúmplices de qualquer injustiça que a liderança venha praticar em nosso nome, pois a forma egoísta de que alguns possam se cercar de quaisquer privilégios em prejuízo da propagação da mensagem de salvação, bem como do atendimento aos irmãos necessitados, deve ser por nós fiscalizado, a fim de que o fiel cumprimento dos princípios de mordomia seja uma realidade em nossa igreja, assim como, também, compete a nós reagirmos aos desvios que porventura existam.


Temos observado, nestes últimos dias, que a doutrina mais ecumênica, tem sido a prática de se impor aos membros das comunidades religiosas a exigência de forma errônea e indiscriminada, isto é, tanto para os pobres, quanto para os ricos, o pagamento em dinheiro de 10% dos salários ou rendimentos, com o nítido objetivo de privilegiar a classe dominante, alegando-se ser um preceito bíblico, quando tal procedimento contraria até mesmo as práticas do Velho Testamento, e muito mais ainda as normas de mordomias Neotestamentária.

Heráclito Fernandes da Mota

domingo, 27 de setembro de 2009

A VERDADE ACIMA DE TUDO!

Este estudo, denominado “A Verdade Acima de Tudo”, é uma profunda e substanciosa abordagem sobre a doutrina da trindade. Esta abordagem esta baseada nos ensinos bíblicos e em diversas fontes incluindo: Livros históricos, enciclopédias, Internet e escritos de Ellen White. Saiba tudo o que gostaria de descobrir e necessita aprender, mas seus lideres não fazem a menor questão de informar.

http://www.adventistas-bereanos.com.br/arquivos.doc/averdadeacimadetudo.doc

Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O ALVO MAIOR

"Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." - Filipenses 3:13 e 14.

Há três tipos de pessoas: As que vivem em função do passado, as que vivem em função do presente e as que vivem em função do futuro.

As pessoas que vivem em função do passado permitem que uma mágoa, uma decepção ou um desentendimento no passado afete suas vidas no presente. Vivem relembrando o que ocorreu. Estando ligadas ao passado parecem impedidas de crescer espiritualmente e de ter a paz. Quem vive o ontem não tem futuro, nem presente. Vive constantemente lamentando um passado que não pode ser mudado.

As pessoas que vivem em função do presente buscam apenas os prazeres momentâneos. Não se importam com as conseqüências de seus atos, nem tiram lições dos tropeços do passado. Só lhes importa o Hoje.

Na carreira cristã devemos, como Paulo, caminhar no presente com os olhos fixos no futuro. O cristão deve ter alvos elevados, alvos espirituais que foram colocados por Deus. Estamos disputando uma corrida: O Grande Prêmio da Fé. Para sermos vitoriosos temos que olhar para frente e para cima como Paulo expôs no verso de hoje.Meu querido amigo. Não se contente com o que você tem hoje. Pare de olhar para as frustrações do passado. Deus quer lhe dar uma nova vida. Olhe para a frente. Siga avante com Jesus.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A TRINDADE E A BÍBLIA





QUAL A ORIGEM DA DOUTRINA DA TRINDADE?

“O mistério da Trindade é a doutrina central da fé católica. Nisto está baseada todos os outros ensinos da igreja. A igreja estudou esse mistério com grande cuidado e, depois de quatro séculos, decidiu declarar a doutrina desta maneira: dentro da unidade de Deus há três Pessoas, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo.” – Manual para o Católico de Hoje, pág. 11

Podemos destacar 3 pontos do conceito acima:

a) É a doutrina central da fé católica
b) Foi estudada por mais de 400 anos
c) Em 1 Deus há três Pessoas

Quando o Papado criou esse conceito de Deus, tinha uma preocupação: Não afirmar a existência de 3 Deuses, pois isso seria politeísmo.
Para isso o conceito trinitariano, afirma a existência de 1 só Deus, porém esse único Deus é na verdade 3 Pessoas: Deus Pai, Deus Filho e o Deus Espírito Santo. Em outras palavras o coneito diz que as 3 Pessoas são na verdade 1 Deus. Isso poderia ser exemplificado da seguinte forma: 1+1+1=1.

Foi tentando se vacinar contra este conceito que a IASD declarou, através de seus fundadores:

"A doutrina da Trindade foi estabelecida na igreja pelo concílio de Nice 325 AD. Essa doutrina destroi a personalidade de Deus e seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. A forma infame como foi imposta à igreja, aparece nas páginas da história eclesiástica, que causa aos que acreditam na doutrina corar de vergonha." J. N. Andrews -- Adventist Review March 6, 1855

http://www.alvorada.us/revista10.htm

"Que uma pessoa seja três pessoas, e que três pessoas sejam uma só pessoa, é uma doutrina que nós podemos proclamar ser contrária à razão e ao senso comum." James White. Adventist Review --- 6 de Julho de 1869

http://www.alvorada.us/0089.htm

Por mais misterioso que seja esse conceito, para ele ser defendido, precisamos buscar nas Escrituras algum texto que mostre e nos indique com clareza que os 3 são 1 e o único texto, onde traz esse conceito é I João 5:7-8. Vejamos:

“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na Terra]: o Espírito, a água e o sangue...” I João 5:7-8.

Em toda a Bíblia, esse é o único texto que defende o conceito da Trindade, o qual afirma que “estes três são um”. Se a expressão: “no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um”, não estivesse entre colchetes, realmente seria uma prova perfeita da existência da trindade, porém tal texto é comprovadamente apócrifo, um texto adicionado posteriormente e que não consta nos manuscritos mais antigos. Porém a maioria das traduções fiéis já omitiu este verso.

A Bíblia de Jerusalém, uma das versões mais fiéis ao original que dispomos em português, omite tal verso e adiciona a seguinte nota marginal:

“O texto dos vv. 7-8 está acrescido na Vulgata de um inciso ausente dos antigos manuscritos gregos, das antigas versões e dos melhores manuscritos da Vulgata, o qual parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.”

A edição João Ferreira de Almeida traz a seguinte explicação no início da Bíblia:

“Todo conteúdo entre colchetes é matéria da Tradução de Almeida, que não se encontra no texto grego adotado.”

Já o Novo Testamento Trilíngüe das Edições Vida Nova mostra simultaneamente 3 versões:

1ª) Do Grego do Novum Testamentum Graece Nestlé-Aland, 4ª Edição.
2ª) A versão em Português Almeida Revista e Atualizada 2ª Edição e
3ª) A New International Version.

Os textos dos três idiomas estão dispostos lado a lado e podem ser comparados facilmente pelo leitor. A nota de rodapé do texto grego diz o seguinte:

“O texto dos versículos 7 e 8 entre colchetes na Almeida Revista e Atualizada nunca fez parte do original. Os manuscritos mais antigos que contém o texto são da Vulgata Latina do século XVI.”

Além do texto [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na Terra], estar entre colchetes, demonstrando assim que o mesmo não existia no original, se lermos com atenção a partir do verso 6, excluindo a parte que se encontra entre colchetes, veremos que os três que João fala, é na verdade a ÁGUA, o SANGUE e o ESPÍRITO.
Esses 3 testificam de Cristo. Portanto o texto ficaria assim:

“Pois há três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.”

Querido irmão e/ou irmã, o que queremos é chamar a sua atenção para algo muito claro na Bíblia, não para um mistério criado por homens. Mesmo em um mundo religioso onde muitos afirmam que 1 Deus é composto por 3 Pessoas ou que existem 3 Deuses, “todavia para nós há um só Deus, o Pai... e um só Senhor Jesus Cristo...” I Coríntios 8:6.

Que o Eterno abençoe a todos.

Missão 3 Anjos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO


O SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO

Os livros que acusam e combatem o 4º Mandamento da Lei de Deus são unânimes em afirmar que NOVE mandamentos do Decálogo (Êxodo 20) são repetidos no Novo Testamento, menos o do SÁBADO. Será verdade? Comprove!

Existem, no Novo Testamento, nada menos que – cinquenta e nove passagens – que nomeiam o Sábado do sétimo dia da semana, e apenas uma que se refere ao sábado cerimonial. É, por conseguinte, uma diferença formidável, em favor dos que crêem e amam a Lei Moral dos Dez Mandamentos, além do que, deixam em “maus lençóis” os tais escritores.

Vamos consultar a Bíblia para comprovar! Destacaremos 53 passagens, pois as outras 5 são repetidas em um mesmo verso, e a última é uma comparação (Atos 1:12).


JESUS FOI ESPECIFICO E DETALHISTA EM RELAÇÃO AO SÁBADO. Vejamos:

JESUS REVELOU SER O SÁBADO O DIA DO SENHOR.• Mat. 12:8; Mar. 2:27 e 28; Luc. 6:5.

JESUS, OS DISCÍPULOS E OS APÓSTOLOS FAZIAM TRABALHO MISSIONÁRIO NO SÁBADO.• Mat. 12:1; Mar. 2:23 e 24; Luc. 6:1 e 2; 14:1; João 5:9; Atos 16:13.

JESUS DEDICAVA O SÁBADO PARA OBRA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL.• Mat. 12:2, 10-12; Mar. 3:2,4; Luc. 6:7-9; 13:14-16; 14:3-5; João 9:14.

JESUS FEZ DO SÁBADO UM DIA ESPECIAL DE CULTO, DANDO EXEMPLO, INDO À IGREJA.• Mar. 1:21; 6:2; Luc. 4:16,31; 6:6; 13:10

JESUS REPREENDEU SEVERAMENTE A MANEIRA FARISAICA DE GUARDAR O SÁBADO.•Mat. 12:5

OS DISCÍPULOS E OS APÓSTOLOS OBSERVARAM O SÁBADO.• Mat. 28:1; Mar. 15:42; 16:1; Luc. 23:54, 56; Atos 13:14, 27, 42, 44; 15:21; 17:2; 18:1-4.

JESUS RECONHECEU QUE O ZELO SEM ENTENDIMENTO DOS FARISEUS TIROU A ALEGRIA DO SÁBADO.• João 5:10, 16, 18; 7:22 e 23; 9:16; 19:31.

JESUS TINHA GRANDE PREOCUPAÇÃO; TEMIA QUE SEUS DISCÍPULOS TRANSGREDISSEM O SÁBADO.• Mat. 24:20.

SITUAÇÃO BÍBLICA NO NOVO TESTAMENTO

Sábado do Sétimo Dia da Semana – 59 Referências
Sábado Cerimonial, abolido – 1 Referência
Domingo (nome não bíblico) – 0 Referência
Primeiro Dia da Semana – 8 Referências

Até pela lógica, é inegável que o santo Sábado não pode ser cancelado.

“A violação do mandamento sabático não é tanto um pecado como tal, mas um sintoma que revela uma atitude que toca todos os mandamentos. A quebra do Sábado em sua natureza essencial é uma rejeição de Deus, uma espécie de rebelião. Não é como matar ou roubar ou cometer adultério. Ela revela um estado interior de desobediência; e desobediência é a essência de todo o pecado.” – M. L. Andreasen, The Sabbath, págs. 76 e 77.

sábado, 29 de agosto de 2009

O DÍZIMO NA IGREJA APÓSTOLICA


Olá, andei visitando seu blog. Acabei de digitar um artigo, referente às minhas conclusões sobre o sistema de dízimos. Dá pra postá-lo no seu blog?
Um abraço.


Foi o sistema de dízimos adotado pelo cristianismo do primeiro século?

Lembro-me que no ano em que fui expulso da Igreja Adventista, entre outros questionamentos procurávamos saber também se o sistema levítico dos dízimos havia sido adotado pelos pioneiros do cristianismo. A nossa preocupação era uma só. Indagávamo-nos se Jesus e seus apóstolos haviam lançado mão do sistema de dízimos. Parecia-nos evidente que a pergunta a se fazer não era em relação à institucionalidade do sistema. Não havia dúvida de que era uma instituição que acompanhara, desde cedo, toda a história de Israel como sociedade organizada.

Toda organização político-social tem seu sistema de impostos. Sendo Israel uma nação cuja cultura estava profundamente arraigada à religião, todas as suas instituições teriam de assumir caráter religioso. Tudo na comunidade israelita estava circundado de conotação divina, mesmo os aspectos mais elementares de qualquer organização política. Até regras básicas de higiene, saúde pública e relações civis estavam relacionadas com a religião. Os sacerdotes, que via de regra deveriam desempenhar apenas funções religiosas, assumiam, na verdade, o papel de administrador, de juiz, de governante, de general e até de médico. Não é de admirar, portanto, que o sistema tributário de uma sociedade como essa, profundamente moldada e dependente da relação com o divino, fosse revestido de caráter sagrado tão elevado.

As leis de muitos países podem ser por demais deficientes. Mas o que qualquer Estado terá de melhor em leis será o seu estatuto de tributação. Qualquer legislador sabe que o andamento da máquina administrativa dependerá da maneira como for elaborado e posto em prática o sistema tributário. Dos impostos dependerá o andamento de todas as outras secretarias estatais. De modo similar, a máquina administrativa de Israel, centrada na religião, dependia de um sistema tributário eficiente. E do mesmo modo que a sonegação de impostos nos dias atuais constitui crime, para os israelitas a retenção dos dízimos também significava roubo, que por extensão tratava-se de crime contra Deus, já que a Casa do Tesouro era o próprio Templo, centro maior do sistema político-religioso de Israel.

Há muitas razões para se pensar que Jesus não utilizou o sistema de dízimos sacramentado para o Estado de Israel. Uma delas é que não há nenhum vestígio de que Jesus e seus apóstolos tenham, como fundadores dessa grande religião que é o Cristianismo, utilizado como meio de arrecadação o sistema de dízimos.

É bem verdade que aqueles líderes reconheciam a dependência financeira de qualquer instituição. Mesmo que seja uma instituição de caráter religioso, ela terá que lançar mão de mecanismos pelos quais sejam supridas as despesas administrativas. Nesse sentido, Jesus reconheceu o direito que um trabalhador tem ao seu salário. O apóstolo Paulo, na mesma direção, lembrou às suas ovelhas que elas podiam olhar para Israel e ver que nessa nação as pessoas ligadas ao Templo tiravam deste o seu sustento, e que de modo similar pessoas que trabalhavam arduamente semeando bens espirituais deveriam esperar receber também bens materiais. Isso demonstra que os primeiros cristãos tinham consciência de que cabiam-lhes responsabilidades de ordem econômica para com a nova instituição que surgia.

O que quero dizer, portanto, é que o aquele cristianismo incipiente adotou um método bem diferente do sistema de dízimo que vigorava em Israel ainda nos dias de Cristo. E não podia ser diferente. O sistema de dízimo vigorava em Israel como uma lei a ser cumprida pelos cidadãos judeus. Se os cristãos passassem a reivindicar o pagamento de dízimos, estariam estabelecendo uma instituição paralela, concorrendo com o Templo. Evidentemente seriam enquadrados por prática de crime gravíssimo, já que somente aos levitas cabia por direito a arrecadação dos dízimos. Evidentemente a sensata comunidade cristã não lançaria mão de tal expediente.

Há uma passagem na Bíblia bastante curiosa:

E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas [...] E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. — Hb 7:5-9

Se prestarmos atenção, perceberemos que o escritor de Hebreus fala dos dízimos como uma instituição que ainda vigora, dizendo que “os filhos de Levi têm ordem... de tomar o dízimo do povo [...] E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem [...] Até Levi que recebe dízimos.” A epístola aos Hebreus foi escrita antes do ano 70 A.D. Portanto o Templo ainda estava de pé, em pleno funcionamento, de modo que o escritor fala da instituição dos dízimos como ainda estando em vigor, usando o verbo no presente sobre homens que tomam o dízimo do povo, reconhecendo, assim, que a instituição dos dízimos estava vinculada ao Estado de Israel.

Em vista disso, penso que Jesus e seus discípulos, que viveram numa época em que as instituições do Estado de Israel estavam em pleno funcionamento, evitariam instituir normas que dessem a entender estarem promovendo algum movimento subversivo. Antes, pelo contrário, inteligentemente procurariam alternativas para a questão das finanças na nova comunidade que surgia. Como de fato o fizeram.

Resta-nos saber que mecanismos utilizaram-se Jesus e seus apóstolos para a manutenção da administração da nova comunidade. Como tudo no cristianismo, foi utilizado um expediente muito simples: doações voluntárias. As pessoas deveriam contribuir segundo aquilo que propusessem no coração, sem nenhuma exigência formal ou legal. As pessoas deveriam estar sensibilizadas com a causa do Reino e, a partir daí ofertariam das suas posses.

O próprio Jesus, que disse que “aqueles que pregam o evangelho que vivam do evangelho”, ele mesmo fez jus a esse direito. A Bíblia deixa claro que ele aceitava doações voluntárias, tendo, inclusive, uma tesouraria cujo tesoureiro, lamentavelmente, era Judas Iscariotes. Jesus aceitava doações de qualquer espécie. Almoçava na casa de um — como quando se ofereceu para tomar refeição na casa de Zaqueu. Aceitava pousada na casa de quem estivesse disposto a recebê-lo — a exemplo do que costumava fazer na casa de Lázaro quando estava em Jerusalém. Ele disse também que os seus discípulos, na qualidade de obreiros, deveriam seguir seu exemplo. Quando fossem sair ao campo, não deveriam levar provisões, pois onde quer que fossem encontrariam pessoas dispostas a acolhê-los (Mt 10:4-11).

Mas Jesus também aceitava dinheiro como doações. Isso se prova pelo fato de existir entre eles uma tesouraria. O próprio Judas alegou que aquele perfume caríssimo que a mulher derramara nos pés de Jesus poderia ser vendido e convertido em dinheiro. Fica bem evidente que parte alguma do dinheiro arrecadado à tesouraria de Jesus era proveniente de pagamento de dízimos, mas, insisto, tudo provinha de doações voluntárias.

Não eram somente os pobres que se achegavam a Jesus. Pessoas abastadas também o faziam, e certamente eram essas pessoas quem mais financiavam a sua obra. Zaqueu e José de Arimatéia são os exemplos clássicos. Mas gosto sempre de fazer menção à passagem em que mulheres ricas patrocinam seu ministério:

E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens. — Lc 8:3.

Depois da morte de Jesus e dando os apóstolos continuidade ao empreendimento da nova fé, o modelo instituído por Cristo foi seguido. Nos Atos dos Apóstolos encontramos vários exemplos de pessoas ricas fazendo grandes doações, entre elas Barnabé. Vale lembrar que o pecado de Ananias e Safira não foi o fato de terem retido parte dos bens, mas de terem mentido. Pedro fez questão de lembrar-lhes que eles tinham todo o direito de fazer o que bem entendesse dos seus bens (At 5:4). Diferentemente do que vigorava em Israel, ninguém, na comunidade cristã primitiva, estava obrigado a dar quantia nem porcentagem pré-estabelecida de sua renda.

O que quero dizer é que o cristianismo não lançou mão do sistema de dízimo levítico. Este era restrito à Israel na qualidade de Estado-nação, sem nenhum vínculo com a nova religião fundada por Jesus. Na nova mentalidade cristã, não mais predominaria aquela idéia de que “o homem roubaria a Deus” quando deixasse de pagar seus dízimos. Os cristãos são exortados a contribuir voluntariamente, de acordo com a sensibilidade do seu coração.

Marconds Linhares
João Pessoa, 25/8/2009.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A "PREEXISTÊNCIA" DE JESUS CRISTO

Olá irmão Heráclito, gostaria que o irmão publicasse no blog este assunto para DEBATE e ESTUDO. Meu nome e e-mail estão no fim do estudo, podem corresponder comigo se quiserem. Que Nosso Único Deus vos abençoe.

A "Preexistência" de Jesus Cristo

Várias passagens bíblicas parecem implicar que Jesus Cristo existiu de alguma forma no céu antes de aparecer aqui na terra. A maioria destas passagens encontram-se no Evangelho de João.. Por exemplo:

"Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou." (João 6:38).

"Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava?" (João 6:62).

"Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU." (João 8:58).

"E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo." (João 17:5).

É argumentado que estas afirmações são claras e que devemos aceitar o ensino bíblico que Jesus viveu anteriormente no céu. É certo que as passagens são claras, mas isso não significa necessariamente que devemos considerá-las como literais. Existem outras passagens bíblicas que são tão claras como estas e, no entanto não as consideramos literalmente, ainda que as pessoas que as ouviram estas palavras não sabiam inicialmente como considerá-las. Muitas destas passagens também encontram-se no Evangelho de João. Por exemplo:

"Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás?" (João 2:19-20).

"A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?" (João 3:3-4).
"Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la." (João 4:13-15).

"Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra." (João 4:34).

"Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça." (João 6:50).

"Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti..." (Mateus 18:9).
"Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e sigame." (Lucas 9:23).

"Estou crucificado com Cristo..." (Gálatas 2:19).

Da mesma maneira como não tomamos as anteriores afirmações literalmente, tão-pouco devemos tomar em sentido literal as afirmações de que Jesus viveu anteriormente no céu antes de nascer na terra.. Em primeiro lugar, a Bíblia afirma que Jesus é um homem.

Ver Isaías 53:3, João 1:30, João 8:40, Actos 2:22, Actos 17:31, Romanos 5:15, 1 Coríntios 15:21, 1 Coríntios 15:47.

Nós homens e mulheres começamos a existir quando nascemos. No caso de Jesus, Mateus e Lucas nos informam que Maria a mãe de Jesus concebeu pelo poder do Espírito de Deus, e Mateus nos fala do momento em que "Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes" (Mateus 2:1).

Se Jesus não nasceu de forma normal e real nessa altura, em que sentido pode ser filho de Abraão e David, ou mesmo de Maria? Lucas diz-nos que o menino Jesus crescia "em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens." (Lucas 2:52).

Como pode ter crescido em sabedoria se antes de nascer já era um ser celestial dotado de sabedoria? E se Jesus abandonou toda a sua sabedoria e conhecimento anterior para nascer na terra como homem, como pode continuar a ser a mesma pessoa? Já que a essência de qualquer pessoa é a totalidade das suas experiências e sabedoria adquirida ao longo da sua vida.
Também o autor da Epístola aos Hebreus diz que Jesus foi aperfeiçoado e aprendeu a obediência através das suas experiências aqui na terra (Hebreus 2:10, 5:8), mas como pode ter-se aperfeiçoado aqui se antes de nascer já era um ser celestial perfeito e poderoso?
Existia entre os judeus a idéia de que um bom mestre "vinha de Deus”, mas não no sentido de ter vivido nos céus com Deus antes de nascer. Por exemplo, em João 3:2 Nicodemos disse a Jesus:

"Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele." No entanto, não há provas de que Nicodemos cresse que tinha existido literalmente nos céus antes de nascer.

Se a Bíblia aparentemente insinua que Jesus veio do céu, diz o mesmo acerca de outros homens.
Por exemplo, João 13:3, diz que Jesus "viera de Deus," e em João 16:28 Jesus diz "Vim do Pai e entrei no mundo."

Estas palavras são usadas como prova da preexistência de Jesus no céu, mas João 1:6 diz: "Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João”.

A frase afirma literalmente que João veio da presença de Deus, assim como Jesus, mas ninguém mantém que João tivesse preexistido no céu.

Outro caso ainda mais claro é o do profeta Jeremias, Em Jeremias 1:5 a palavra de Yahvéh veio ao profeta dizendo, "Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações."

Estas palavras tomadas literalmente, implicam que Jeremias existia antes de nascer, mas ninguém as toma nesse sentido. Significam que antes do profeta nascer, Yahvéh já sabia como seria e já tinha decidido que quando nascesse o nomearia para profeta às nações.
Antes de nascer, Jeremias existia somente na mente e no plano de Deus, que conhece todas as coisas antes que existam. Da mesma forma, Deus diz em Isaías 51:2 que "Era ele[Abraão] único, quando eu o chamei, o abençoei e o multipliquei." Como já tinha decidido que Abraão teria uma descendência numerosa, falou disso como fosse realidade desde que o decidiu (ver também Isaías 46:10, 49:1-3, Romanos 4:17).

O salmista diz: "Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda." (Salmo 139:16).

Mesmo a nível puramente humano, quando um arquiteto vai construir um edifício, primeiro faz uma maquete, e possivelmente apresenta-a dizendo: "Este é o edifício X," quando ainda não é mais que um projeto.

O Novo Testamento diz que Deus escolheu os crentes cristãos antes que nascessem, falando como se já existissem. Em Efésios 1:4 Paulo diz que Deus "nos escolheu nele [Cristo] antes da fundação do mundo," o que implica que se Cristo existia naquela altura, também existiam as demais pessoas que iam crer nele.

Na realidade, Paulo está falando da predestinação, o fato de que Deus conhece de antemão quem vai nascer e que papel terá no seu plano e propósito. Uns versículos mais à frente, em Efésios 1:11, o apóstolo diz explicitamente: "Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade."

Também diz em Romanos 8:29-30: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos." Dirigindo-se a Timóteo, Paulo fala da "graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos" (2 Timóteo 1:9), como se todos os crentes já existissem nesse tempo. Da mesma forma o apóstolo Pedro explica as alusões à suposta "preexistência" de Jesus Cristo ao dizer que foi "conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós" (1 Pedro 1:20).

No que se refere à "glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo" (João 17:5), é obvio que Jesus não pode ter desfrutado dessa glória ainda que realmente existisse nessa altura, visto que as Escrituras enfatizam que só se tornou merecedor dessa glória ao completar na cruz a sua vitória sobre o pecado. O escritor aos Hebreus diz:

"Vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem." (Hebreus 2:9).

Em Atos 3:13, referindo-se à ressurreição e ascensão de Jesus ao céu, Pedro diz:

"O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós traístes e negastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo."
Na sua primeira epístola, Pedro diz que Deus "o ressuscitou[Jesus] dentre os mortos e lhe deu glória.." (1 Pedro 1:21).

O próprio Jesus, falando com dois discípulos no caminho de Emaús enfatiza que a sua glorificação era posterior aos seus sofrimentos dizendo:

"Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?" (Lucas 24:26; ver também João 7:39, João 12:16).

As passagens anteriores demonstram que Jesus não pode ter literalmente usufruído glória antes do seu nascimento, porque somente podia recebê-la depois de ter terminado o seu ministério com êxito. Tanto a existência de Jesus antes que o mundo existisse, como a sua glorificação, somente podem ter existido de forma antecipada na mente e propósito de Deus. Este propósito foi aos poucos revelado aos profetas. Falando do que ia acontecer, o Senhor disse. "O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito..." (Mateus 26:24). As passagens que são citadas para apoiar a idéia da suposta "preexistência" de Jesus Cristo não indicam que realmente vivesse no céu antes de nascer.

Simplesmente enfatizam em linguagem figurada o fato que a aparição do Senhor Jesus na terra não foi uma coisa do acaso mas um acontecimento que foi determinado e autorizado pelo seu Pai celestial desde antes da criação do mundo.

Autor: James Hunter (Missão Bíblica Cristadelfiana).

Divulgado por: Marcelo Alexandre do Valle
E-mail: marceloalexandrevalle@yahoo.com.br


Que O Único Deus abençoe a todos, em nome do Senhor Jesus, O Cristo.

BLOG: O fato de estar publicado no Blog, não quer dizer que compartilhamos do pensamento do autor. Como o irmão Marcelo deixou claro no início, esse é um assunto para ESTUDO e DEBATE.

domingo, 16 de agosto de 2009

INSPIRADOS POR DEUS OU POR SATANÁS?

Muitos são os ataques aos Antitrinitarianos. Frases pejorativas e ataques pessoais, que infelizmente, muitos irmãos, repetem de seus líderes, sem nem mesmo conhecer e compreender realmente os fatos.

Tais frases e ataques se repetem no tempo. Não apenas os atuais antitrinitarianos, mas especialmente os pioneiros, os fundadores do Adventismo, sofrem com as mesmas, aliás, não só os pioneiros, mas toda uma organização, pois a mesma era antitrinitariana.

Vejamos, por exemplo, o Sr. James Tiago White (1821-1881), marido de Ellen G. White, autor do primeiro periódico emitido pelos Adventistas, Verdade Presente; foi o primeiro editor da Review and Herald (1850), Instrutor Jovem (1852), e de Sinais dos Tempos (1874). Ele , também, foi presidente da Conferência Geral entre 1865-1867, 1869-1871, e 1874-1880.

Se há um fundador para as instituições de Publicação dos adventistas, este foi James White, bem acompanhado pela esposa Ellen G. White, os quais conviveram 35 anos e tiveram 4 filhos. Ele foi o patrocinador e promotor da Pacific Press, a maior publicadora dos Adventistas.

Em artigos publicados na Adventist Review (Revista Adventista Americana), ele demonstrou o que a igreja naquele tempo pensava a respeito da Trindade. Infelizmente, muitos irmãos sinceros, não sabem desses fatos, que hoje a atual liderança não tem interesse em divulgá-los, mas que passaremos a mostrar alguns deles:

“Que uma pessoa seja três pessoas, e que três pessoas sejam uma só pessoa, é uma doutrina que nós podemos proclamar ser contrária à razão e ao senso comum.” Adventist Review --- 6 de Julho de 1869. (veja o copia do original no link abaixo)

http://www.alvorada.us/0089.htm

"Mas, a fábula pagã e Papal da natural imortalidade, fez do maior inimigo do homem, a morte, a porta para a felicidade eterna, e deixa a ressurreição como uma coisa de pequena significação. É a base do espiritualismo moderno”.

“Aqui nos devemos mencionar a Trindade que acaba com a personalidade de Deus, e de seu Filho Jesus Cristo, e o batismo por aspersão que em vez de sepultar em Cristo no batismo, em significado da sua morte. Mas nós saímos destas fábulas para encontrar outra, que é sagrada para quase todos os cristãos, católicos e protestantes. É o (5.) a mudança do sábado do quarto mandamento, do sétimo para o primeiro dia da semana. O festival pagão do domingo" Advent Review 11 de Dezembro de 1855”. (veja o copia do original no link abaixo)

http://www.alvorada.us/0091.htm

Essas são algumas das várias declarações publicadas na Revista Adventista da época e isso seguramente refletia o pensamento oficial da igreja.

A sua mulher Ellen G. White, reconhecida, até hoje, como uma mensageira de Deus, nunca condenou ou criticou tais declarações. Muito pelo contrário, em muitas citações dela, nos é mostrado como Deus conduziu a sua igreja para o estabelecimento das doutrinas na igreja, as quais até sua morte permaneceram sem nenhum ensino trinitariano que figurasse no Yearbook (Nisto Cremos Americano).

Durante muitos séculos, o Papado reinou e infelizmente, muitas de suas doutrinas foram absorvidas pelas igrejas evangélicas em geral, adulterando assim o evangelho eterno. Porém desde a reforma protestante, Deus convida um povo para restaurar esse evangelho.

Medite nesse verso:

“E os que de ti procederem edificarão as ruínas antigas; e tu levantarás os fundamentos de muitas gerações; e serás chamado reparador de brechas, e restaurador de veredas para morar.” Isaías 58:12

O fiel povo de Deus é chamado para “edificar as antigas ruínas”, mas quais? Também deve “levantar os fundamentos de muitas gerações”, quais fundamentos? E ainda “reparar as brechas”, quais brechas?

As antigas ruínas e os fundamentos de muitas gerações entre outros é o Evangelho Eterno que o Papado criou brechas! Essas muitas brechas (domingo, imortalidade da alma, inferno, purgatório, trindade, missa, etc) foram abertas pelo Papado e Deus nos convida para “reparar” essas brechas.

Qual vai ser sua decisão? Cooperar para que as brechas continuem?

“E a vida eterna é esta: que todos conheçam a ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo.” João 17:3 (BLH)

João Carvalho

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

REVISANDO O ASSUNTO

“A mentira é como uma bola de neve, quanto mais se prossegue com ela maior ela fica” Martin Luther King

Após haver veiculado na Internet algumas mensagens abordando o assunto do dízimo, entre elas as que mais repercutiram foram as seguintes: 1 - ASSIM DIZ O SENHOR: DÍZIMO NÃO Ë DOUTRINA NEOTESTAMENTÁRIA, 2 - QUATRO CURIOSIDADES SOBRE O DÍZIMO QUE SEU PASTOR NUNCA LHE CONTOU, 3 - VAI E VENDE TUDO, recebi de alguns irmãos vários questionamentos, os quais considero importantíssimos para uma melhor apreciação do tema, pelo que renovei meus estudos sobre o assunto, até porque, com certeza, estou sujeito a erros, pecados ou equívocos.

Interessante é que também remeti o primeiro texto à aproximadamente uns setenta pastores, sendo que somente dois deles tiveram a humildade em dar-me um “feedback” sobre o assunto, um para, de maneira fraterna, aconselhar-me, o outro, infelizmente, para atacar-me com acusações de que eu era um perturbador em Israel, ou de que eu pretendia, como se a um pobre coitado como eu fosse possível, destruir o grande império construido pelas igrejas.

O fato é que ninguém, até o momento, me apresentou, com embasamento exclusivamente bíblico, de preferência com exemplos vividos pela igreja neotestamentária, um estudo em que ficasse evidenciado a prática dos dízimos pelos crentes da nova aliança, mas ainda aguardo que alguém se disponha a esta tarefa, a qual nos parece uma missão impossível.

Confesso que a princípio meus questionamentos restringiam-se tão somente aos aspectos administrativos das finanças da Igreja, tais como: malversação de fundos, privilégios dos líderes, descontroles de custos etc. Entretanto senti a necessidade de proceder a uma investigação do tema, principalmente sob o aspecto do amparo bíblico a tal preceito, foi então que minha visão se ampliou, e surpreendi-me com o sentido contido nas revelações das Escrituras Sagradas.

Motivei-me também a colher informações de artigos publicados por pastores, nos quais fosse abordado o aspecto histórico das finanças nas igrejas, mesmo correndo o risco de que tais artigos tenham sido preparados com a especial finalidade de imprimir em nossa mente um sentimento de submissão a liderança, a tal ponto que sentíssemos medo de investigar sob outros anglos, os quais venham a contrariar os velhos e pré-concebidos conceitos.
Não tenho, nem jamais tive, a intenção de negar a origem bíblica dos dízimos, ou de obscurecer a necessidade de fundos ou meios para a manutenção dos propósitos laborativos originados na soberania Divina, tanto para o antigo Israel, quanto para a Igreja cristã hodierna.

No entanto devemos considerar os diversos aspectos que envolvem os dois grupos, e, também, ter em vista as condições, tanto sócio religiosa, quanto aos objetivos e as circunstâncias que motivaram a Deus de efetivar alianças distintas com as partes envolvidas, as quais tem características e propósitos que somente se aplicam exclusivamente a cada época envolvida.

Tomando por base as colocações dos irmãos, e a necessidade de uma investigação mais detalhada a fim de desanuviar as duvidas, e percebendo que as novas pesquisas sobre o assunto nos levam a um resultado minucioso e um pouco extenso, o que para o leitor apressado, poderia se tornar cansativo e enfadonho abordá-lo em apenas um texto, iremos disponibilizá-las em várias partes, as quais pretendemos envia-las, sucessivamente, para publicação.
Tendo em vista que o mais importante em qualquer discussão é o saber ouvir e respeitar o contraditório, conclamo a todos os interessados e simpatizantes deste empolgante e necessário estudo que se manifestem com sua opinião, principalmente se não concordar com os argumentos por nós explanados.
Com referência a este assunto, nas proximas mensagens abordaremos os seguintes temas:
1 DÍZIMOS PRINCÍPIOS DE VALIDADE ETERNA;
2 FINANÇAS NA IASD PARTE I;
3 FINANÇAS NA IASD PARTE II;
4 A COMPULSÃO SISTEMÁTICA;
5 FAÇA O QUE DIGO, JAMAIS O QUE EU FAÇO;
6 UMA PALAVRA AO CLERO
Fraternalmente,
Heráclito Fernandes da Mota

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O BATISMO INÓCUO - SEGUNDA PARTE



A ordem do batismo trinitariano foi realmente dada?
Não, ela não foi dada. Historicamente já está comprovado que os batismos entre os primeiros cristãos eram todos feitos invocando apenas o nome de Jesus Cristo. Sem entrar no mérito da questão, pois esse artigo não é um tratado de história, transcrevo apenas o que vem escrito na Bíblia de Jerusalém, a título de explicar Mateus 28:19.

“É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Atos fala em batizar ‘no nem de Jesus’”. Bíblia de Jerusalém.

O batismo com a fórmula trinitariana foi tardio na igreja primitiva. Os relatos mais antigos de batismos são todos em nome de Jesus Cristo. O livro de Mateus, tal qual o conhecemos não é apenas uma tradução tardia do original escrito em língua semítica (aramaico), mas também uma re-elaboração e adaptação da obra original. Portanto, aquilo que parece ser verdadeiro, ser original, pode perfeitamente não ser.

Qual fórmula batismal é mais teologicamente coerente com a teologia da salvação?
Sem sombra de dúvidas, a fórmula do livro de Atos. A fórmula batismal usada em Atos dos Apóstolos harmoniza-se com perfeição junto a teologia da salvação. Essa harmonia já começa a ocorrer desde o Antigo Testamento. No livro de Daniel 9:24 a 27 já estava previsto um Messias cuja missão seria a de “extinguir a transgressão e dar fim ao pecado”. No livro de Isaías 49:6 também já estava a previsão da vinda do Messias para ser a “luz dos gentios”. Quando o Messias vem a Terra, ele recebe um nome que é nesse nome que as boas novas deveriam ser anunciadas. As boas novas era que havia chegado a oportunidade do arrependimento e do perdão. A oportunidade do arrependimento e perdão deveria ser proclamada em nome de Jesus Cristo.

“E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém”. Lucas 24:46 e 47

O arrependimento e o perdão estão intimamente ligados à pessoa de Cristo, sendo assim, nada mais lógico e natural que batizar os arrependidos apenas em nome de Jesus Cristo. Se o anúncio da oportunidade de arrependimento e perdão deveria ser feito em nome de Cristo, o batismo evidentemente também. Os homens deveriam se arrepender de pecados praticados contra a Lei de Deus, se arrepender de ofensas praticadas contra Deus; logo, o batismo não poderia ser realizado em nome de um que está profundamente ofendido pelas ofensas contra sua Lei e pessoa. Dessa maneira, só existe a possibilidade de o arrependimento e perdão vir de encontro ao homem através de um intercessor, mediador e, assim, essas duas graças divinas conduzirem o homem ao batismo.

“Deus com sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados”. Atos 5:31

Qualquer trinitariano pode dizer que para o pecador ser conduzido ao arrependimento é necessário a participação do Espírito de Deus e, como o perdão é dado por Deus, assim, também é teologicamente coerente o batismo trinitariano. Já que o Espírito Santo conduz o homem a Cristo que intermedeia o perdão do Pai, as três pessoas participando do processo legitimariam a fórmula trinitariana de batismo.

No entanto, existe um evento no qual houve a participação de apenas um e, esse evento, por estar exclusivamente ligado a pessoa de Cristo, foi colocado por Deus como a realidade para a qual o batismo se tornou um símbolo. Esse evento, o qual Cristo enfrentou sozinho, sem que o Pai ou, para os trinitarianos, também o Espírito Santo não o vivenciou, nós o chamamos de morte e, no caso, a eterna.

Como o batismo é o símbolo da morte e ressurreição de Jesus Cristo e como somente ele morreu e ressuscitou eis então o motivo único pelo qual os batismos realizados por Pedro, Paulo, Felipe e provavelmente todos os outros apóstolos foram feitos em nome de Jesus Cristo. Ele foi o único que morreu e ressuscitou dando assim com a sua entrega um simbolismo extraordinário ao batismo em seu nome. Foi por esse motivo que Paulo batizou novamente os que já haviam sido batizados por João.

RAZÕES BÍBLICAS PARA O BATISMO UNICAMENTE EM NOME DE JESUS CRISTO

“A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome”. Atos 10:43

“E nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. Atos 4:12

“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que como Cristo ressuscitou dos mortos, pela vontade do Pai, assim andemos nós também e novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança de sua morte, também o seremos na da sua ressurreição”. Romanos 6:3 a 5

Do ponto de vista bíblico, todo aquele que ainda não participou da morte e ressurreição que o batismo em nome de Jesus Cristo simboliza, não recebeu ainda o perdão dos seus pecados. O batismo em nome de Jesus Cristo é o rito que oficializa o arrependimento e perdão. É por Cristo que vem o arrependimento e o perdão. O batismo em seu nome representa nossa morte para o mundo e o pecado e a ressurreição para uma nova vida no Cordeiro.

Você pode até estar despreocupado e satisfeito com o seu batismo trinitariano, mas tenha certeza que Pai não morreu para lhe salvar e muito menos o Espírito Santo e que o batismo e símbolo da morte e ressurreição de Cristo."

Elpidio da Cruz Silva (Artigo enviado por email)

domingo, 2 de agosto de 2009

O BATISMO INÓCUO - PRIMEIRA PARTE




O batismo de uma pessoa que publicamente quer demonstrar a sua aceitação da pessoa de Cristo como seu salvador pode ser inócuo pelos mais variados motivos. Os motivos podem ser desde a ausência de sinceridade do batizando até o uso de cerimônias e fórmulas batismais inadequadas. Na maioria das vezes, os batismos cristãos são inócuos porque acumulam no seu realizar, cerimônias e fórmulas batismais não recomendadas por aquele que tornou o batismo uma exigência para a entrada no reino de Deus.

“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. Marcos 16:16

Sabendo que o batismo é uma exigência para nossa salvação, nada mais natural que procuremos realizá-lo ou sermos submetidos a ele da maneira correta. A maioria das igrejas cristãs usa como fórmula batismal a que é apresentada no evangelho de Mateus.

“Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Mateus 28:19

Quase que a totalidade dos cristãos batizados com o uso dessa fórmula tradicional, estão satisfeitos com o seu batismo e acham que não tem nada errado com ele. Essa satisfação tem origem principalmente na crença trinitariana que é professada por quase todos os cristãos do mundo. Se o deus deles é triúno, nada como usar no batismo uma fórmula que representa as três pessoas presentes em sua divindade. No entanto, nem sempre foi assim, e não foi assim principalmente nos primeiros anos da igreja cristã.

Logo após ascensão de Cristo ao Céu, seus discípulos deram início ao trabalho de evangelização do mundo. Os resultados da pregação pelos discípulos não demoraram a aparecer e apareceram de maneira extraordinária. No relato bíblico que apresenta as primeiras conversões depois da ascensão do Senhor, mais de duas mil pessoas foram batizadas de uma única vez. Foi o primeiro grande batismo realizado pelos discípulos de Cristo, Pedro, Tiago, João, André, Felipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago – filho de Alfeu, Simão e Judas, o outro. Todos esses discípulos andaram com Cristo e ouviram seus ensinamentos. Sabemos que muitos deles foram martirizados não negando a fé em Cristo.

Entretanto, quando se trata do uso da fórmula batismal, os vemos um tanto quanto desobedientes ao Senhor em nome do qual deram suas vidas. Vemos os discípulos de Jesus usando uma outra fórmula batismal, diferentemente da que supostamente lhes fora dada por Jesus. O uso dessa outra fórmula batismal, caso de fato a original tenha sido dada, coloca os discípulos em flagrante desobediência ao Filho de Deus. Caso tenham sido desobedientes, eles não o foram apenas uma vez, mas reincidentemente continuaram agindo em oposição a suposta ordem original. Os trechos bíblicos que a seguir são mostrados supostamente colocam os discípulos em desobediência ao Mestre.

“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”. Atos 2:38

Esse é o primeiro caso flagrante de um discípulo desobedecendo à ordem de seu Mestre registrado na Bíblia. Jesus mandou que os conversos fossem batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e, Pedro, em notória desobediência, invoca apenas o nome de Jesus Cristo para realizar o batismo. Parece ainda que os outros discípulos foram coniventes com o primeiro batismo errado de Pedro. Ele não corrigido pelos seus irmãos de fé e logo em seguida, realiza o batismo do centurião Cornélio, novamente sem o uso da fórmula batismal trinitariana.

Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor”. Atos 10:47 e 48

Paulo também não praticou o batismo trinitariano. Possivelmente o erro que se iniciou com Pedro tenha contaminado os outros discípulos e apóstolos. O ex-perseguidor da igreja, em um incidente registrado no texto bíblico, ou batizou ou deu ordem para que pessoas fossem batizadas em nome de Jesus Cristo.

“Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus”. Atos 19:4 e 5

Neste incidente relatado, Paulo se coloca em clara oposição àquela ordem de Mateus. Ele não pode ser mais penalizado do que Pedro, que supostamente inaugurou uma prática desobediente.Claramente se percebe um descompasso entre a ordem supostamente dada por Cristo para o uso da fórmula batismal trinitariana e o uso de uma outra fórmula batismal pelos discípulos que apresenta apenas o nome de Jesus Cristo.

Todo sincero cristão tem o direito e o dever de fazer as seguintes perguntas:

1 - A ordem de batismo com a fórmula trinitariana realmente foi dada?
2 - Se foi dada, porque os discípulos não a obedeceram?
3 - Se não foi dada, porque aparece no texto bíblico?
4 - Qual fórmula batismal é mais teologicamente coerente com a teologia da salvação?
5 - Se eu estiver batizado sob uma fórmula inválida meu batismo tem valor?
6 - Se fui batizado com uma fórmula herética, preciso me batizar novamente?

O artigo seguirá, na próxima mensagem, tentando responder essas importantes perguntas.

Elpidio da Cruz Silva (Artigo enviado por email)