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domingo, 15 de novembro de 2009

FINANÇAS NA IASD - SEGUNDA PARTE

“Pode, acaso, associar-se Contigo o trono da iniquidade, o qual forja o mal, tendo uma lei por pretexto?” Salmos 94:20

Quando nos sentimos identificados com uma igreja que teve o privilégio das revelações que tiveram nossos pioneiros, é com profunda tristeza que temos que relatar um dos capítulos mais tristes e sombrios da historia financeira da IASD, no qual foram trocadas as orientações de Deus pela “sabedoria” humana.

Embora Deus não houvesse privado seu povo de pessoas que advertissem quanto as mudanças que se pretendiam fazer, entre tais advertências, destacamos o que Tiago White, escreveu na Edição de 9 de Abril de 1861 da Review and Herald, página 164, (Extraído do site: www. mensagensfinais.tripod.com): “Nós não desejamos que o sistema israelita de dízimos seja adotado como uma obrigação para os crentes da terceira mensagem angélica. Este sistema foi necessário ao plano de Deus para os sacerdotes levitas; mas a mensagem final clama por alguma coisa longe deste padrão”.

Mesmo sob os protesto dos fiéis servos do Senhor, ainda assim, aconteceu a mudança da mordomia que Deus houvera dada a seu povo através das revelações concedidas a Irmã Ellen White. Vejamos o seguinte trecho que provém de uma assembléia especial da Associação Geral realizada no inicio de 1876:

Então, foram feitas observações pelo irmão Canright sobre o assunto da Benevolência Sistemática. Tomando como base certos fatos bem determinados, ele mostrou que se todos correspondessem ao plano bíblico da B. S., o montante em nossas fileiras atingiria o total de U$150,000.00 anuais, em lugar de cerca de U$40,000.00 anuais...

O irmão Canright propôs as seguintes resoluções sobre o assunto da Benevolência Sistemática, que foram unanimemente adotadas pela assembléia e congregação:

Resolvido: Que cremos ser o dever de todos os nossos irmãos e irmãs, quer estejam ligados a igrejas quer vivam sós, em condições comuns, dedicar um décimo de toda a sua renda, de qualquer fonte, à Causa de Deus. E mais:

Resolvido: Que chamemos a atenção de todos os nossos pastores para o seu dever , nesta importante questão, de apresentá-la, clara e fielmente, a todos os seus irmãos, instando com eles para que correspondam aos requisitos do Senhor neste assunto.

Proposto e aprovado que o presidente designe uma comissão de três pessoas, sendo ele mesmo um dos componentes dessa comissão, para preparar um panfleto sobre o assunto da benevolência sistemática. O presidente designou D. M. Canright e U. Smith para atuarem junto com ele nessa comissão. –“Minutes of the Special Session of the General Conference,” Review and Herald, 6 de abril de 1876, 108 (Parousia ano 2, N.º 2 pág. 16)

Rapazinho muito “vivo” esse irmão Canright, foi logo apresentando números, e não um “assim diz o Senhor”, até por que não iria encontrar nenhum respaldo na Palavra de Deus para embasar suas pretensões de extorquir a boa vontade de um povo que, naquele tempo, era bastante carente em seu fervor e idealismo missionário.

Muito ao contrario do que diz o apostolo Paulo em 2 Corintios 9:7 “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”. Logo é a própria Escritura que nos mostra que a necessidade jamais foi o principio bíblico que determinasse as diretrizes da mordomia cristã, mas o amor do doador, e a abnegação dos que se empenham na sagrada responsabilidade da pregação do evangelho, é que se constituem no ideal das finanças da igreja de Deus, e neste aspecto, digno é o exemplo do apostolo Paulo, o qual dedicava parte de seu tempo ao serviço de fabricar tendas para que não fosse um peso aos seus subvencionadores.

As idéias apresentadas pelo Canright constituem-se, até hoje, no método utilizado pela nossa liderança, isto é, apresentar números que forjem uma suposta necessidade financeira a fim de sensibilizarem os irmãos a contribuírem cada vez mais, e contrariando a palavra de Deus, pretendem mobilizar nossos corações pela suposta necessidade e não pelo amor. Por outro lado é sabido que o equilíbrio, e o êxito financeiro de qualquer instituição seja religiosa ou não, também se consegue através da redução de gastos, despesas ou custos, e não somente pelo aumento das receitas.

O PLANO DE DEUS ADULTERADO EM UM PANFLETO DE 1878

De acordo com o voto da assembléia, o plano “aperfeiçoado” foi exposto aos crentes num panfleto que, significativamente, levava o titulo de “Benevolência Sistemática” ou o “Plano Bíblico de Sustentar o Ministério”.

Lemos o seguinte na declaração introdutória do panfleto: O assunto da benevolência sistemática está sob consideração prática, pelos adventistas do sétimo dia, por um período de vinte anos ou mais. E não foram julgadas necessárias modificações substanciais do sistema adotado antes, até dois anos atrás. As razões para estas modificações são apresentadas nas seguintes páginas que se seguem.

“Quanto devo dar para o sustento do evangelho?” Depois de examinar cuidadosamente o assunto sob todos os aspecto, respondemos: “O dízimo de toda a nossa renda.”.

Isso não significa um décimo de nosso aumento patrimonial anual, depois de ser pago o custo do alimento e vestuário e de outras despesas, mas que nove partes de nossa renda devem cobrir todas essas despesas, ao passo que o dízimo de nossa renda é do Senhor, para ser sagradamente dedicado para o sustento do ministério. Considerando o plano de nos comprometer-nos a dar anualmente uma importância equivalente a um por cento de nossas propriedades defeituoso em vários aspectos:

Não é dado o dízimo de nossa renda. - Temos a convicção de que nosso povo tem roubado de Deus mais da metade dos dízimos que são Seus, ao agir de acordo com o plano imperfeito de pagar á B.S. apenas a importância de um por cento ao ano sobre o valor de suas propriedades.
As palavras de Paulo no tocante a este assunto - “conforme a sua prosperidade” – estão em estrita harmonia com o sistema no Antigo Testamento, que reivindica um décimo de todas as rendas do povo do Senhor como Seu. Consideramos o seguinte compromisso apropriado e bíblico para ser assumido por todo o nosso povo

Prometemos solenemente, diante de Deus e uns dos outros, pagar conscienciosamente, ao tesoureiro da Benevolência Sistemática, o dízimo de toda a nossa renda, para ser guardado, quando recebido, e pago no primeiro Domingo de abril, no primeiro Domingo de julho e no primeiro Domingo de outubro.

Pelo plano defeituoso, os que tinham pequena ou nenhuma propriedade, tendo no entanto considerável renda, em alguns casos roubavam o Senhor em quase todos os dízimos de suas rendas reais. Pelo plano bíblico, um dólar de cada dez que são ganhos é assegurado para a Causa do Senhor. Só isso fará uma diferença de muitos milhares de dólares a serem lançados no tesouro do Senhor, para o sustento da Causa de Deus.

E não podemos ver por que razão as nossas instituições como as casas publicadoras, escolas, sanatórios e associações locais não devam colocar no tesouro do Senhor o dízimo de toda a sua renda. Elas são devedoras ao Senhor e Seus servos por sua existência e prosperidade. Como recebem amparo da Associação Geral, seus dízimos devem ser colocados na tesouraria da Associação Geral. A quantia anual a ser coletada, só de nossas instituições em Battle Creek, não seria inferior a 4.000 dólares, certamente uma quantia considerável a ser lançada numa tesouraria que não somente está vazia, mas na realidade, em dívida. E se nossas associações locais também pagarem o dízimo de sua renda a tesouraria da Associação Geral será suprida uma necessidade que há muito tempo vem sendo notada. - Declaração preparada pela comissão designada na Assembléia da Associação Geral, 2-13/10/1878, formada pelas seguintes pessoas: Tiago White, D. M Canright, S. N. Haskell, J. N. Andrews, e Urias Smith, sob o título “Systematic Benevolence; or the Bible Plan of Supporting the Ministry” (Parousia ano 2, N.º 2 pág. 16/17)

“De acordo com o voto da assembléia, o plano “aperfeiçoado” foi exposto aos crentes num panfleto” Observem que estas palavras referem-se ao Plano da Benevolência Sistemática, o qual como se acreditava era uma verdade inspirada, pelo que cremos a mesma jamais poderia ser aperfeiçoada, pois ao meu ver, qualquer melhoria ou reforma de uma verdade, implica em alterações ou perda no seu conteúdo, e se realmente era uma verdade inspirada, o que nos parece possível é que a mesma fosse considerada por um ângulo antes não percebido, ou que a mesma viesse a ter uma intensidade maior de sua luz, mas de maneira alguma se poderia “aperfeiçoar” aquilo que se originou nas orientações de um Deus que jamais erra, o qual é a fonte da perfeição , e a origem de todo o dom prefeito.

“Quanto devo dar para o sustento do evangelho?” Na realidade, parece-nos que o que ele desejaria saber era até quanto se podia arrancar de cada membro, já que ao contrário de suas pretensões, a bíblia nos ensina que quando é o amor que nos move não há limite para as nossas contribuições. Por outro lado, esta é uma pergunta que só pode ser respondida por cada um e diretamente a Deus, pois ao sermos tocado pelo Espírito de Deus nossa resposta será ”segundo propuser no seu coração”.

Temos a convicção de que nosso povo tem roubado de Deus mais da metade dos dízimos que são Seus, ao agir de acordo com o plano imperfeito de pagar á B.S. apenas a importância de um por cento ao ano sobre o valor de suas propriedades. É surpreendente a maneira como o Canright deprecia um plano que segundo a Irmã White, havia sido de inspiração Divina “Nosso Pai Celeste não instituiu o plano da benevolência sistemática com o intuito de enriquecer-se, mas para que o mesmo fosse uma grande benção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava” Testemunhos Seletos Volume I, pagina. 385. Isto nos leva a crê que, ou ele se achava mais inspirado que ela, ou não dava a mínima importância ao que ela dizia.

“A quantia anual a ser coletada, só de nossas instituições em Battle Creek, não seria inferior a 4.000 dólares”. Temos que reconhecer que o Canright era um grande especialista em números, pois sempre aparece com os objetivos quantificados em importância previamente estabelecidas. Ao tempo em que vemos que a sua “fome” pelo vil metal não poupava nem as instituições sociais da Igreja.

Infelizmente aqueles que continuam seguindo as normas atuais da IASD, quanto a sua participação financeira, estão seguindo orientações humanas, em vez de obedecerem a Deus. É como Jesus disse em Sua Palavra: “E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição”. Marcos 7:9

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