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VEJA NOSSA WEBTV ADVENTISTA BEREANA DO 7º DIA DO VALE DO SÃO FRANCISCO

domingo, 28 de outubro de 2012

COMO ERA O BATISMO NO INICIO DA IGREJA CRISTÃ?


“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Mateus 28:18-20.

Diante desse verso, poderíamos fazer algumas perguntas e observações:

a) Para quem Jesus estava falando essas palavras?

b) Por que os discípulos não batizaram “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”?

Em todo o Novo Testamento só existe este verso (“batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo") e sabemos pela Bíblia que os batismos foram feitos “em nome de Jesus”. Vejamos alguns:

“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (Atos 2:38 RA)

“E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo.” (Atos 10:48 RA)

“Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.” (Atos 19:5 RA)

Nas duas passagens paralelas que tratam do mesmo assunto, em Marcos 16:15-17 e Lucas 24:47-48 os escritores falam “em meu nome” e não tem a expressão “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

c) Paulo diz que tudo (Colossenses 3:17) deve ser em nome de Jesus. E os batismos realizados pelos discípulos foram feitos em nome de Jesus.

d) A Bíblia de Jerusalém comentando Mateus 28:19 no rodapé, admite que a expressão: “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, foi inserida depois, pois os discípulos batizavam em nome de Jesus.

e) O público (tanto Jesus como os discípulos eram judeus) que estava presente e escutaram Jesus falar, não criam em uma Trindade (e até hoje não crê). Observe que no verso 18, Jesus diz que toda autoridade foi dada a Ele e no verso 20, Ele diz que devemos ensinar as coisas que Ele ordenou. E que Ele estaria conosco. Ora se Jesus disse que toda autoridade foi dada a Ele, porque Ele mandaria batizar em nome da Trindade? O mais correto seria Ele mandar batizar em Seu Nome, pois toda autoridade foi dada a Ele! Jesus foi o grande vitorioso! A Ele seja dada toda honra e glória, pois Ele nos resgatou do pecado para o Seu Deus e Pai.

f) Eusébio de Cesaréia, o escritor mais antigo do cristianismo, várias vezes em seus livros antes do Concílio de Nicéia cita Mateus 28:19 da seguinte maneira: “Ide e tornais todas as nações discípulas em meu nome, ensinando-as a observar tudo que vos ordenei.”

g) Outra versão é a seguinte: “Jesus, aproximando-se deles, disse-lhes: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide e ensinai-os a observar todas as coisas que vos ordenei para sempre.” - Mateus 28:18-20 (Na Tradução de George Howard em Hebraico)

NOTA: George Howard é Professor Emérito e Chefe do Departamento de Religião e Professor de Religião da Universidade da Geórgia. Ele realiza pesquisas sobre o Novo Testamento e Judaísmo Intertestamental. Concluiu o PhD. no Hebrew Union College / Instituto Judaico de Religião (1964). Ele também estudou em Vanderbuilt e na Universidade Hebraica.

As enciclopédias dizem o seguinte:

Enciclopédia Britânica: "A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século." - 11a Edição, Vol.3 - págs. 365-366. (em inglês)... "Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em nome de Jesus Cristo." - Volume 3 pág.82.

Enciclopédia da Religião - Canney: "A religião primitiva sempre batizava em nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento de doutrina da trindade no 2° Século." - pág. 53 (em inglês).

Nova Enciclopédia Internacional: "O termo "trindade" se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana." - Vol. 22 pág. 477 (em inglês).

Enciclopédia Da Religião - Hastings: "O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada." - Vol.2 pág. 377-378-389.

Portanto, deixo-vos uma pergunta:

Podemos praticar algo tão importante na vida cristã, baseada em apenas 1 verso, e ainda mais quando existem outros versos, o contexto da época, os batismos subsequentes e a história contradizendo esse verso?

Adventistas Unitarianos.

sábado, 25 de agosto de 2012

Hermenêutica Bíblica

HERMENÊUTICA BÍBLICA

Hermenêutica (Interpretação) é o método de estudo bíblico pelo qual nos certificamos de que a mensagem que Deus nos transmite seja cuidadosamente entendida pelo homem.

REGRAS DE HERMENÊUTICA

1. Aceitar a Bíblia literalmente

Muito dano tem sido causado por aqueles que procuram espiritualizar a Bíblia, ao invés de interpretá-la literalmente. Quando alguém nos escreve uma carta, não procuramos espiritualizar seu conteúdo, mas aceitamos literalmente o que ela nos diz. O mesmo critério deve ser aplicado à Bíblia. Contudo, existem algumas passagens bíblicas que devem mesmo ser espiritualizadas. A questão, portanto, é: "Como saber quais as passagens que devem ser espiritualizadas, e quais as que não devem?" A melhor resposta que conheço para esta pergunta é a Regra Áurea da interpretação, que foi dada pelo falecido teólogo David L. Cooper:
“Quando a passagem tem um sentido claro, e se harmoniza com nosso senso comum, ma devemos procurar outra explicação, mas aceitar cada palavra em seu significado original, a não ser que os fatos do contexto indiquem o contrário.”
Será muito pouco provável errarmos na interpretação bíblica se procurarmos partir sempre de uma interpretação literal. Por exemplo: quando a Bíblia diz: "fogo e enxofre caíram dos céus", isto significa que realmente fogo e enxofre caíram sobre a terra. Entretanto, quando a Bíblia diz que a lua se tornou em sangue, isto não significa que se tornou em sangue, mas que tomou uma cor semelhante a sangue. Uma boa regra para se seguir é tentar uma interpretação literal. Mas, se está claro que este não é o caso, então, em último recurso, devemos interpretar a passagem espiritualizando-a.

2. Manter-se dentro do contexto

É sempre bom usar versos das Escrituras para provar um ensino ou princípio; mas é importante lembrarmos que não podemos retirar nenhum verso de seu contexto; se assim fizermos, o que acontecerá é que, como já vimos anteriormente, em vez de aquele texto ser uma prova, ele se torna pretexto.
Ao tentar entender um texto, leia sempre os versos anteriores e posteriores. Se não ficou claro, leita todo o capítulo. Se ainda está com dúvidas, leia o livro e se ainda perdurar sua dúvida, leia toda a Bíblia.

3. Estar atento às expressões idiomáticas

'Toda língua contém suas próprias expressões idiomáticas. Aliás, o estudo das expressões idiomáticas de uma língua é um dos mais complexos. Já pensou o leitor como será difícil para as pessoas que desconhecem a língua inglesa, por exemplo, entenderem uma expressão como: "Foi salvo pela pele do dente"? ("Foi salvo por um triz.")
Outro fator que dificulta o uso de tais expressões é que elas se modificam de uma geração para outra. Os bons comentários bíblicos, em geral, indicam as expressões idiomáticas, e esclarecem seu significado na época em que foram escritas.

4. Estar atento ao uso da linguagem figurada

Quando um autor não usa linguagem literal, ele geralmente apela para as figuras de linguagem. Fazemos isso em nossa língua, e o leitor, provavelmente, conhece os cinco tipos mais comuns: metáfora, símile, analogia, hipérbole e antropomorfismo.

5. Interpretar as parábolas de modo diferente

A parábola é uma história que descreve circunstâncias celestiais através de ilustrações terrenas. A melhor maneira de explicar a necessidade do ensino parabólico é sugerir que cada um se imagine como missionário a uma tribo indígena, que nunca viu eletricidade, nem refrigeração, nem qualquer outra das nossas invenções modernas. Como descreveríamos para aquelas pessoas dali os aparelhos elétricos que utilizamos na cozinha? Teríamos que lançar mão de conceitos pertinentes à sua esfera de conhecimentos, e apresentá-los como figuras parabólicas, a fim de podermos transmitir o conceito desejado. O mesmo se aplica ao ensino de uma verdade celestial ou divina.
Jesus Cristo foi um perito no emprego de parábolas. Muitas de suas parábolas iniciam com as palavras: "O reino dos céus é semelhante a..." ou "Um certo homem foi a um país distante..." Na interpretação das parábolas, muitas pessoas exageram, isto é, tentam explicar todos os detalhes, dando-lhes um significado especial. Agindo assim, muitas vezes, anulam o ensino básico da parábola. As parábolas são ilustrações. E do mesmo modo que utilizamos ilustrações para ensinar um conceito com uma verdade central, as parábolas divinas também possuem esta verdade central.
Mas é possível distorcermos uma ilustração até ao ponto de modificarmos suas verdadeiras características, quando tentamos aplicar a todos os seguimentos dela uma intenção específica. Por esta razão, devemos contentar-nos em descobrir o ensino central da parábola e ater-nos a ele.
Estas cinco regras de hermenêutica não são as únicas que existem, mas são as que devemos conhecer bem, pois são as que encontraremos com maior freqüência. Você verá que a aplicação delas ao estudo bíblico resultará numa interpretação acurada da mensagem divina.

Adventistas Unitarianos

sábado, 11 de agosto de 2012

A TRINDADE E A BIBLIA

A TRINDADE E A BÍBLIA!

Ao longo dos séculos muitos conceitos sobre a Divindade têm surgido. Muitos debates têm sido travados e todos afirmam ter base bíblica para defender suas idéias. Vejamos 2 conceitos bastante conhecidos:

1 - Alguns consideram que Deus é constituído por apenas uma Pessoa: A qual se apresentou como Pai, depois como Filho e atualmente atua como o Espírito Santo. Não são 3 Pessoas, nem três Deuses. É apenas um Ser Pessoal, o qual se apresentou e se revelou com três títulos diferentes (Pai, Filho e Espírito Santo).

2 - Outros estão convictos de que Deus é constituído por três Pessoas: São três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) as quais constituem um só Deus. Isto é, Deus é um plural de três Pessoas, cada pessoa da divindade é Deus, mas não são três Deuses. Eles crêem em TRÊS pessoas que formam UM Deus.

Sendo o segundo conceito mais aceito no meio religioso. Pretendemos, através de um estudo simples com base nas Escrituras, conhecermos melhor o que a Bíblia ensina sobre o Pai, sobre o Filho, e sobre o Espírito Santo.

Para começarmos, gostaríamos de fazer a seguinte pergunta: “Existe algum texto bíblico que afirma que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um? Ou seja, que os três são um?” Muitos citam 1 João 5:7-8. Vejamos:

“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na Terra]: o Espírito, a água e o sangue...” I João 5:7-8.

Em toda a Bíblia, esse é o único texto que defende o conceito de Trindade, ou seja, que “os três são um.” Mas por que esse texto está entre colchetes? Como esse texto está em outras versões da Bíblia?

Tanto na Bíblia de Jerusalém, como na edição João Ferreira de Almeida, I João 5:7 está entre colchetes com a seguinte explicação:

“Todo conteúdo entre colchetes é matéria da Tradução de Almeida, que não se encontra no texto grego adotado.”

Ou seja, ele foi adicionado na Bíblia posteriormente pelos copistas, pois não se encontra nos manuscritos originais! Hoje os mais sinceros estudiosos da Bíblia não utilizam esse texto.

Leia o verso 6 e perceba que João está falando da água (Batismo de Jesus), do sangue (Morte de Jesus) e do Espírito que dá testemunho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas também com a água e com o sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade.” I João 5:6

Agora leia o verso 7, sem as palavras que estão entre colchetes e perceba que as mesmas estão fora do contexto.

“Pois há três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.”

Na Bíblia Linguagem de Hoje, 1ª João 5:7-8, está da seguinte forma:

“Há três testemunhas: o Espírito, a água e o sangue. E os três estão de pleno acordo.”

Porém como não existe nenhum outro texto bíblico que afirme que o Pai, o Filho e o Espírito são um. Muitos utilizam Mateus 3:16-17 (Batismo de Jesus); Mateus 28:19 (A grande comissão); II Coríntios 13:13 (A bênção apostólica) e
outros versos em defesa de sua tese.

Um dos principais argumentos usados é o fato de que Deus, Jesus e o Espírito Santo são mencionados juntos nesses versos. Porém perguntamos: O simples fato de um verso mencionar os três (O Pai, o Filho e o Espírito Santo) é uma prova da existência de uma Trindade?

As palavras “trindade”, “triúno” e “trino”, jamais foram usadas pelos escritores da Palavra de Deus. A doutrina da trindade era desconhecida pelos Israelitas do Velho Testamento e pelos Cristãos do Novo Testamento.

De acordo com o Dicionário, TRINDADE é: “Dogma da Religião cristã que sustenta a existência de 3 pessoas distintas na natureza de Deus OU Divindade Tríplice, nas religiões pagãs”, etc..

De acordo com a Igreja Católica: “O mistério da Trindade é a doutrina central da fé católica. (...) A igreja estudou esse mistério com grande cuidado e, depois de quatro séculos, decidiu declarar a doutrina desta maneira: dentro da unidade de Deus há três Pessoas, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo.” – O Catecismo Católico de Hoje, pág. 11

“O Credo de Atanásio” nos dá o conceito da Trindade Ortodoxa, que é aceito como verdade pela Igreja Católica e a maioria das Igrejas protestantes e/ou evangélicas:

“Qualquer pessoa para ser salva, antes de todas as coisas é necessário que ela celebre a fé Católica. (...) Mas esta é a fé Católica: Que nós adoramos um Deus em uma Trindade, e a Trindade em uma unidade. (...) Porque existe uma pessoa do Pai: outra do Filho: outra do Espírito Santo. (…) Assim o Pai é Deus; o Filho é Deus; e o Espírito Santo é Deus; porém não há três Deuses; mas um Deus (…) Mas as três Pessoas juntas são co-eternas e co-iguais. De forma que em todas as coisas, como supracitado, a Unidade na Trindade, e a Trindade em sua Unidade devem ser adorados.” (História da Igreja Cristã, de Philip Schaff , Vol. 3, Seção 132, págs. 690).

João Carvalho

Um grande abraço e fique na paz de Cristo.

EGW e a BIBLIA

ACEITAÇÃO (CRENÇA) NOS ESCRITOS DE EGW. Pelo que vejo o “problema” que existe em muitos lugares é o seguinte: Alguns irmãos aceitam os escritos de EGW, desde que os mesmos estejam comprovados ou alicerçados na Palavra de Deus. Outros aceitam todos os escritos dela, independente de tal comprovação, outros não aceitam. Alguns preferem que a Bíblia e só a Bíblia, seja citada em sermões, outros preferem citar a Bíblia e também os escritos de EGW. Diante disso gostaria de fazer algumas considerações:

Eu, pessoalmente creio que Ellen G. White, foi uma Mensageira de Deus. Apesar de muitos a chamarem de profeta, ela mesmo foi contra tal título. Creio que ela deve ser reconhecida como uma Mensageira de Deus, como ela mesma expressou:

“Durante meio século tenho sido a mensageira do Senhor, e enquanto durar a minha vida continuarei a transmitir as mensagens que Deus me dá para Seu povo.” Meditação Matinal, E recebereis poder, pág. 250.

“Não tenho tido reivindicações a fazer, apenas que estou instruída de que sou a Mensageira do Senhor, de que Ele me chamou em minha mocidade para ser Sua mensageira, para receber-Lhe a Palavra, e dar clara e decidida mensagem em nome do Senhor Jesus.“ Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 32.

“Cedo, em minha juventude, foi-me perguntado várias vezes: Sois uma profetisa? Tenho respondido sempre: Sou a mensageira do Senhor. Sei que muitos me têm chamado profetisa, porém eu não tenho feito nenhuma reclamação desse título. Meu Salvador declarou-me ser eu Sua mensageira.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 32.

“Reivindicar ser profetisa, é uma coisa que nunca fiz. Se outros me chamam assim, não discuto com eles. Mas minha obra tem abrangido tantos ramos que não me posso chamar outra coisa senão mensageira, enviada a apresentar uma mensagem do Senhor a Seu povo, e a empreender trabalho em qualquer sentido que Ele me indique.“ Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 34.

“Minha obra inclui muito mais do que esse nome significa. Considero-me uma mensageira a quem o Senhor confiou mensagens para Seu povo.” Carta 55, 1905. (Em Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 35 e 36.)

Todo profeta é um mensageiro, porém nem todo mensageiro é profeta. A exaltação da administração da IASD, em transformar Ellen G. White de MENSAGEIRA para PROFETA, pode ser entendido como um grande comércio em cima de seus escritos, ainda mais criando um dia no ano para se comemorar o espírito de profecia (20/11).
A administração da IASD, sempre projetou EGW num plano acima da Bíblia, mesmo que indiretamente, e infelizmente muitos irmãos absorveram tal ensino. A cada ano surgem livros e mais livros de EGW (há pelo menos mais de 100 novos títulos publicados após sua morte) e muitos irmãos infelizmente dão mais valor aos escritos dela do que a palavra de Deus. Ora, se na própria Bíblia houve falsificações o que dizer dos escritos de EGW nas mãos de empresários religiosos? Em relação aos seus escritos se compararem com a Bíblia, veja o que ela afirmou:

“...pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à “luz maior” (Review and Herald, 20 de janeiro de 1903).

“Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos "últimos dias"; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios.” –- Primeiros Escritos p. 78.

”No trabalho público não torneis proeminente nem citeis o que a Irmã White tem escrito, como autoridade para apoiar vossas posições. Fazer isto não aumentará a fé nos testemunhos. Apresentai vossas provas, claras e simples, da Palavra de Deus. Um "Assim diz o Senhor" é o mais forte testemunho que podeis apresentar ao povo. Que ninguém seja instruída a olhar para a Irmã White, e, sim, ao poderoso Deus, que dá instruções à Irmã White.” – Carta 11, 1894.

Os escritos de EGW são uma luz menor que guia a luz maior. Aqui encontramos um mal entendido entre muitos irmãos. A luz menor não esclarece ou clareia a luz maior. A luz menor GUIA para luz maior, ou seja, podemos através de seus escritos sermos levados a Bíblia.

Ela ainda afirmou que, no trabalho público não citeis o que a irmã White diz e sim o que está escrito na Palavra de Deus. Quando fazemos pregações, devemos exaltar a Bíblia, devemos entender e conhecer a Bíblia, pois o povo será convencido pela Bíblia e por ela só.

Citar Ellen G. White, não aumentará a fé em seus escritos. O povo carece de um conhecimento da Palavra de Deus, pois ela será a norma de juízo. Ela mesma afirmou que ninguém deve olhar para ela, e, sim, para o poderoso Deus.

Não podemos olhar e exaltar o mensageiro, mas a mensagem que o mesmo trás. O mensageiro não é nada, a mensagem é tudo. O mensageiro é um vaso sujo que Deus usa para mostrar uma mensagem limpa.

Deus já enviou mensagens através de uma jumenta e o próprio Cristo disse que até as pedras clamariam se fosse necessário. Deus pode usar uma criança ou qualquer pessoa para trazer uma mensagem, pois, para Deus A MENSAGEM É MAIS IMPORTANTE DO QUE O MENSAGEIRO. Veja por exemplo:

Na Bíblia, encontramos vários autores citando mensagens de outros autores bíblicos em seus escritos, mas não citaram o autor, apenas o que estava escrito. O próprio Jesus várias vezes afirmou apenas o “está escrito” sem dizer onde ou por quem foi escrito, pois para eles o que importava era a mensagem e não o mensageiro.

Os pioneiros (Uriah Smith, Alonzo T. Jones, Ellet J. Waggoner e outros) quando escreveram os seus livros não citavam EGW, (pelo menos até onde eu conheça).

A própria EGW citou vários textos de outros livros de outros autores, mas em muitos casos não citou a origem e nem o autor, pois para ela também o que importava não era o mensageiro ou a origem e sim a mensagem se era verdadeira ou falsa. Ela mesma afirmou que ninguém fosse instruída a olhar para ela como autora das mensagens e sim para Deus.

Diante disso compreendo perfeitamente, como a própria EGW afirmou que citar textos dela não aumentará a fé em seus escritos.

Apesar de reconhecermos que a mesma é uma mensageira do Senhor, e que escreveu inúmeros artigos para orientar a igreja, devemos entender que sermões são mensagens públicas, devemos entender que existem muitos dos escritos de EGW que necessitam de uma explicação melhor e maior, devemos entender que ela era um ser humano, e que em seus escritos existem mensagens particulares e pessoais de uma pessoa cristã.

Um grande abraço e fique na paz de Cristo.

domingo, 11 de dezembro de 2011

GERADO PARA SALVAR

GERADO PARA SALVAR

Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. Hebreus 5:8

Certo dia, não faz muito tempo, assisti pela tevê, uma reportagem que falava a respeito de um casal e sua luta para salvar um dos filhos que sofria de um tipo de câncer que somente teria cura com um transplante de medula. Mas para tristeza e aflição daqueles pais não se encontrava um doador compatível! Eles dariam tudo! Fariam tudo! Mas não havia muito que fazer, até que a equipe médica apresentou uma possibilidade de cura, outro filho a ser gerado, o qual não sei explicar as razões, mas, segundo eles, seria totalmente compatível para ser doador de medula para a criança enferma. Os pais não pensaram muito e seguiram aquele plano, geraram um novo filho que após o nascimento veio a ser o doador e salvou o irmão mais velho!

Hoje meditando no grande plano da redenção da humanidade, me veio à mente esta experiência, e, então, pude vislumbrar, mesmo que não haja muitos versos claros na Palavra de Deus, mas pelo contexto geral e a forma como vislumbramos o amor de Deus, sua Onisciência, e a Pessoa maravilhosa de Seu Unigênito Filho: JESUS. Podemos perceber que o drama vivido por aqueles pais, mesmo que de uma maneira pálida e incapaz de refletir toda a realidade da experiência Divina, serve de alegoria do que Deus e Jesus fizeram por nós e compreendermos o porquê de assim ter acontecido.

Sei que não temos total informação na Palavra Escrita, mas pelas informações bíblicas disponíveis, creio que não é pecado imaginarmos que em um momento da eternidade Deus existiu por algum tempo (anos, séculos, milênios etc., não se pode precisar) antes de Seu Filho Jesus existir, bem como, antes da criação do universo e qualquer criatura. Certamente Deus deve ter planejado de forma extraordinariamente meticulosa, como tudo seria criado, e como onisciente que é vislumbrou toda a revolta de Lúcifer e o pecado de Adão e Eva!

Como quem vê o fim antes do começo, nasceu no coração de Deus um plano para consertar aquilo que o livre arbítrio traria a sua futura criação. Com certeza neste plano foi considerado algumas possibilidades de como salvar aquilo que iria ser criado, afim de que sua obra fosse perene ou eterna e houvesse compatibilidade entre a liberdade e a harmonia entre criaturas e Criador.

Certamente, a priori, podemos ver Deus disposto a sacrificar sua própria existência para que sua futura obra se eternizasse, mas havia uma incompatibilidade, DEUS É IMORTAL! Cremos que foi ai que se vislumbrou a geração de um Filho que fosse o “doador compatível”! E, misteriosamente para nós, a onisciência Divina via que aquele Filho seria a imagem de Seu Ser: tão amoroso quanto Ele; tão misericordioso quanto Ele; tão fiel quanto Ele; um autentico reflexo de Seu Caráter! O único capaz de eternizar os Seus objetivos: uma criação eterna e harmônica, onde o livre arbítrio seria exercido submisso pela fé no Criador.

É perfeitamente compreensível que o Filho (Jesus) teria que envolver-se na obra do Pai (Deus), a criação de todas as coisas e de todas as criaturas, a fim de que tivesse responsabilidade e amor por tudo e por todos! O Pai concedeu poderes ao Filho, e o Filho e o Pai criaram o universo e todas as coisas, todos os seres celestiais, e por último, a humanidade “Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. João 1:2-3” “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. João 1:10”.

Não se trata de considerações para serem dogmatizadas, mas para serem avaliadas e consequentemente despertar-nos o forte desejo de estudar mais a Palavra de Deus em busca de conhecimento sobre os atributos Divinos e da Pessoa de Jesus. Este é o objetivo destas meditações sobre o nosso Criador e Soberano Senhor de tudo e de todos: DEUS.

Fraternalmente,

Heráclito Fernandes da Mota

domingo, 16 de outubro de 2011

A IGREJA NOS ÚLTIMOS DIAS

1) O que o apóstolo disse que aconteceria na igreja um pouco antes da volta de Cristo?

“Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia...,” 2 Tessalonicenses 2:1-3

PERGUNTA PARA REFLEXÃO: Qual o significado de “apostasia”?

2) Segundo EGW, essa apostasia preparará o caminho para quê?

“Foi a apostasia que levou a igreja primitiva a procurar o auxílio do governo civil, e isto preparou o caminho para o desenvolvimento do papado – a besta. Disse S. Paulo que havia de vir a “a apostasia”, e manifestar-se “o homem do pecado”. II Tessalonicenses 2:3. Assim a apostasia na igreja preparará o caminho para a imagem a besta.” O Grande Conflito, pág. 442-444

Como estaria a igreja dos últimos dias?

“Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.” Apocalipse 3:17

3) O que Cristo está fazendo com essa igreja?

“Eis que estou a porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” Apocalipse 3:20

EGW nos alertou para a apostasia na igreja?

“O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma grande reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de nossa fé, e empenhar-se num processo de reorganização. Se tal reforma se efetuasse, qual seria o resultado? Seriam rejeitados os princípios da verdade, que Deus em Sua sabedoria concedeu à igreja remanescente. Nossa religião seria alterada. Os princípios fundamentais que têm sustido a obra neste últimos cinqüenta anos, seriam tidos na conta de erros. Estabelecer-se-ia uma nova organização. Escrever-se-iam livros de uma nova ordem. Introduzir-se-ia um sistema de filosofia intelectual. Os fundadores deste sistema iriam às cidades, realizando uma obra maravilhosa. O sábado seria, naturalmente, menosprezado, como também o Deus que o criou. Não se permitira que nada se colocasse em oposição ao novo movimento. Ensinariam os líderes ser a virtude melhor do que o vício, mas, removido Deus, colocariam sua confiança no poder humano, o qual, sem Deus, nada vale. Seus fundamentos estariam construídos sobre a areia, e os vendavais e tempestades derribariam a estrutura.” – Mensagens Escolhidas, Vol. 1, págs. 204, 205

O que Babilônia está fazendo?

“...tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição.” Apocalipse 14:8

As “nações” têm rejeitado o vinho de Babilônia?

“...pois todas as nações tem bebido do vinho do furor de sua prostituição.” Apocalipse 18:3

A igreja se tornará em Babilônia?

“Com espanto ouvirão o testemunho de que Babilônia é a igreja, caída por causa de seus erros e pecados, por causa de sua rejeição da verdade, enviada do Céu a ela.” O Grande Conflito, pág. 606-608

Qual o convite de Deus?

“Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados...” Apocalipse 18:4

Para sabermos sobre o nosso futuro precisamos estudar o que?

“Os que desejam avivar a memória e ser instruídos na verdade, precisam estudar a história da Igreja primitiva durante e imediatamente após o dia de Pentecostes. Estudai atentamente, no livro de Atos, as experiências de Paulo e dos outros apóstolos, pois o povo de Deus, em nosso tempo, terá de passar por experiências similares.” Para Conhecê-Lo (Meditações Matinais, 1965), pág. 118. Eventos Finais, pág. 148

Como a igreja apostólica congregava?

“Saudai a Prisca e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; ... Saudai também a igreja que está na casa deles.” Romanos 16:3-5, Colossensses 4:15, Filemon 2.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Na presença de Deus...

“Pois, no dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu pavilhão; no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha.” Sal. 27:5.

Sempre existe um “dia da adversidade” para cada um. Enquanto vivermos neste mundo de dor e tristeza, mais cedo ou mais tarde haverá um momento em que, literalmente, você não saberá o que fazer nem aonde ir.

Porém existe algo indefinível no tabernáculo de Deus. É a presença dEle. O templo é mais do que simplesmente um conglomerado de tijolo, cimento e madeira. É o próprio coração de Deus aberto. São Seus braços dispostos a perdoar, a abraçar e a confortar. E sua própria voz silenciosa consolando, animando e encorajando.

Deus pode fazer o mesmo em qualquer outro lugar? Pode sim. Mas no Seu templo, ou seja, um local onde Ele é invocado e adorado coletivamente ou pessoalmente, há algo que palavras humanas não podem definir. É preciso viver e experimentar.

Por isso, hoje, se estiver experimentando dissabores na vida, fale: “No dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu pavilhão; no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha.”

sábado, 21 de maio de 2011

A LEI DE DEUS E A TRINDADE

A controvérsia da Trindade não se trata de discutir uma mera doutrina, senão uma explícita proibição do 1° Mandamento da Lei de Deus.

O Legislador ao redigir o Texto da Lei procura usar palavras que transmitam o seu pensamento da forma mais direta, simples e clara possível.

A Lei define uma obrigação ou proibição, de forma que todos possam entender.

É um paradoxo admitir o uso de parábolas, ambigüidades e figuras de linguagem numa lei, de forma que cada leitor possa interpretar de forma diferente.

A premissa é igualmente verdadeira para a Lei de Deus expressa em Êxodo 20.

A Lei deve identificar claramente o Legislador. A lei deve estar assinada pelo PROLATOR. Isto é, assinada por quem promulga a Lei.

ÊXODO 20 Versos 1 e 2 Identificam o Autor da Lei de Deus:

" Então falou Deus todas estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da
terra do Egito, da casa da servidão."

O Texto da Lei: " 1. Não terás outros deuses diante de mim.

"MIM" é a forma reflexiva no singular, confirmando "EU" na apresentação inicial. (Primeira pessoa do singular)

No texto da lei entre os versos 3 a 17 encontramos a identificação do Autor sempre no singular. (mais de 6 vezes)

Não há na Bíblia nenhum outro argumento mais forte e definitivo que rejeite a doutrina
da Trindade.

O Primeiro Mandamento não fala em exceções.

I Timóteo 6:16 "Aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra, poder sempiterno. Amem."

"Ele só" não significam 3 pessoas !

Que o nosso Pai celestial e Seu Amado Filho, através de Seu espírito, nos dê discernimento.

sábado, 26 de março de 2011

EM BUSCA DA VERDADE

Tem havido, não se pode esconder, algumas divergências na filosofia dos grupos de ex-adventistas, e, isto não somente se reflete nos nomes denominacionais, mas, principalmente, na importância que se dar a determinada particularidade.

Tenho caminhado sempre a favor da liberdade, e, acima de tudo, em preservar a unidade e irmandade entre as diversas linhas de pensamento, no entanto achamos por bem tecer alguns comentários, segundo aquilo que esperamos ter colhido da Palavra de Deus, para fazer algumas admoestações com o simples intuito de clarear nossas mentes com respeito à filosofia adotada pelo grupo ao qual você e eu nos sentimos ligados.

A idéia de que tal pensamento é o único correto, não se admitindo nenhuma outra forma de teologicamente se expressar, me parece radical, egocêntrica e anticristã (Marcos 9: 38 Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que em teu nome expulsava demônios, e nós lho proibimos, porque não nos seguia.)

Com respeito a se um grupo de ex-asd deve adotar um nome denominacional, ou se deve permanecer se congregando sem a mínima preocupação a este respeito, não me parece motivo de grande relevância, até por que os primeiros seguidores de Jesus jamais se preocuparam com isto, e foi a comunidade de não crentes que os rotularam de “cristãos” (Atos 11: 26 e tendo-o achado, o levou para Antioquia. E durante um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos).

Embora, entre nós, tenha surgido uma diversidade de nomes para os grupos que a cada dia surgem, por este Brasil, pelo pouco que conhecemos, podemos afirmar que há duas linhas filosóficas preponderantes, isto é, os que se fundamentam nos princípios “históricos”, e os que preferem a linha de pensamento “bereano”.

O que você concebe do que sejam princípios históricos? O que você entende do que venha a ser o pensamento bereano? Desculpem-me os queridos e amados irmãos que defendem tais filosofias, mas vou dizer o que tenho percebido nas atitudes daqueles que assim se intitulam: históricos ou bereanos, ou, principalmente pelo significado que o próprio nome traduz para mim.

O principio histórico - é aquele que, para mim, parte do fundamento de que é necessário que Deus tenha uma Igreja (Instituição, Organização, etc.) verdadeira, e que, sem sombra de duvidas, quem cumpria este papel era a IASD.

Reconhecendo que, atualmente, a IASD desviou-se dos objetivos de Deus por prostituir-se com a doutrina da Trindade, eles buscam na história da IASD o momento em que, para eles, a IASD ainda era pura e livre de equívocos teológicos. Sendo assim, torna-se de gigantesca importância o resgate da doutrina dos pioneiros do adventismo, as quais, para eles são puras, imaculadas e incontestáveis.

O pensamento bereano - para mim, sua origem encontra-se na bíblia (Atos 17:11 Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim.) e os que assim pensam baseiam toda a sua fé naquilo que a bíblia diz, não no que as pessoas dizem ou disseram, por mais importantes que as mesmas sejam ou tenham sido. Para o verdadeiro bereano nem a palavra abalizada e inspirada do Apostolo Paulo é suficiente, mas o que satisfaz e a comprovação das Escrituras.

DUAS PERGUNTAS PARA CONSIDERAÇÕES

É indispensável cremos que a verdade esteve ou está com determinada Igreja, ou que a verdade esteve, está, e estará sempre na Palavra de Deus?

É a doutrina ou pensamento dos Pioneiros da IASD mais puros e imaculados que a do Apostolo Paulo, ao ponto de não podermos conferir com as Escrituras, e se necessário discordar?

Concluímos com I Corintios 10: 12 Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia.

Fraternalmente,
Heráclito Fernandes da Mota

quarta-feira, 9 de março de 2011

IGREJA UM EXTRAORDINARIO MILAGRE DE DEUS!

Para muitos quando nos referimos à igreja tem-se a, natural, perspectiva de que se trata de um luxuoso Templo, ou de uma poderosa instituição que congrega milhares de adeptos tão fieis que seriam capazes de dar suas vidas pela causa da Instituição

Eu também participei de tal conceito, e confesso que não é fácil livrar-nos de tal idéia, mas a palavra de nosso Deus é a única esperança que temos de liberdade total! Isto não inclui somente dos erros doutrinários e administrativos, mas de quaisquer sofismas e mitos que através dos anos nos foram sendo impregnados em nossa mente.

Nunca passou pelo meu pensamento quão distante eu estava do verdadeiro e “espinhoso” caminho pelo qual tem que trilhar os adoradores do Único e Verdadeiro Deus, tão bem visível em Sua Palavra, para os que O buscam em verdade e com sinceridade de coração, mas tão oculto para os que se encontram confiantes por defenderem com tanto ardor os sofismas das Instituições religiosas, com os quais se encontram envolvidos até a alma!

É compreensível que se Deus colocasse todos os caminhos de forma clara e indubitável, certamente não haveria espaço para o exercício da fé, dom indispensável para que o pecador possa expor de forma tão clara ao mundo e ao universo sua inequívoca vontade de seguir, servir e adorar ao Deus da Bíblia!

Ontem, conversando com um admirável e fiel ASD, ele me questionava sobre o porquê de os grupos de “leigos” que deixaram a IASD, serem tão difusos em seus posicionamentos doutrinários, pois enquanto alguns acreditam no dom profético da Irmã White, outros de forma clara o rejeitam, alguns crêem na doutrina do Santuário e do Juízo investigativo enquanto que muitos rejeitam tal ensino, etc.?

Este tem sido para muitos adoradores do Deus Único, “o calcanhar de Aquiles”, ou “a pedra de tropeço”, mas para o que consegue discernir os espíritos, isto tem sido a prova de que estamos no caminho certo! Pois um dos principais dons concedido pelo Criador as suas criaturas tem sido o dom da LIBERDADE, ou livre arbítrio, o qual é indispensável para a existência do dom maior que é o amor.

A definição bíblica para igreja encontra-se estampada em vários versículos espalhados por diversos livros das Escrituras, mas o mais simples e profundo foi aquele pronunciado por Jesus em Mateus 18:20 “Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”

Percebam que em sua definição Jesus não procurou dar ênfase ao lugar (Pois onde se acham), isto é, não há a menor importância com referencia ao lugar, se é um magnífico prédio, ou uma humilde choupana, ou mesmo se embaixo de algumas arvores etc. Se este lugar é registrado como propriedade de uma organizada Instituição religiosa ou se é simplesmente na residência de uma humilde alma pecadora!

Outro aspecto que para Jesus não tem tanta importância é a quantidade de adeptos (dois ou três) Ele não mencionou muitos, milhares, milhões etc. Não que Jesus despreze as multidões, mas que não é a maioria prova de Sua presença entre eles.

O que afinal Jesus valoriza em Sua Igreja? Ele valoriza o objetivo de nos reunirmos em grupo, isto é, qual a motivação que nos leva a congregar-nos (reunidos em meu nome). Está você querido irmão se reunindo em nome de Jesus ou em nome de uma Trindade?

A coisa mais maravilhosa que encontramos na definição que Jesus deu a Igreja foi a Sua extraordinária promessa de estar conosco (aí estou eu no meio deles.), e é exatamente isto que nos identifica como Igreja (povo) de Deus, por isso querido “leigo” ou “bereano” não permita que nenhum sentimento possa atrapalhar sua percepção da presença de Jesus em nosso meio, e descanse na promessa que Ele fez em Lucas 12: 32 “Não temas, ó pequeno rebanho! porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino.” ALELUIA!

Fraternalmente,
Heráclito Fernandes da Mota

sábado, 5 de março de 2011

O FILHO DE DEUS

Na bíblia encontramos o relato do nascimento de Jesus, onde nos informa que o mesmo foi gerado pelo espírito santo (Mateus 1:18). Mas a pergunta que fica é: ANTES DE JESUS NASCER DE MARIA, ELE JÁ EXISTIA?

A maioria da cristandade afirma que sim, que Jesus já existia. Uns acreditam que Ele já existia como Deus e outros crêem que Ele existia como Filho de Deus.

Outra linha de interpretação é a de que Jesus veio a existência apenas quando nasceu de Maria. Antes Ele existia apenas na mente de Deus ou na onisciência de Deus, ou seja, a pré-existência Dele não era literal, mas simbólica.

As escrituras afirmam que: “...Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito....” João 3:16, ou “único gerado”. Se Deus deu o Seu Filho, entende-se que Ele já existia, não como Deus, mas como Filho, pois, de anjo nenhum Deus disse, tu és o meu Filho. “Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei?” Hebreus 1:5.

Embora não sabemos em que época o Filho de Deus foi gerado, podemos pelas escrituras entender que Ele teve uma origem, pois o profeta assim nos revela: “Mas tu, Belém efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Miquéias 5:2. A origem do Filho de Deus são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. “Antes de haver abismos, fui gerada, (...). Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros eu nasci, quando ele ainda não tinha feito (...) nem sequer o princípio do pó do mundo.” – Provérbios 8:22 a 26.

A existência do Filho de Deus, como um agente co-participante da criação, não simbolicamente é entendido pelas palavras inspiradas: “Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava um círculo sobre a face do abismo, (...) então eu estava ao seu lado como arquiteto; e era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo”. Provérbios 8:27-30

Muitos afirmam que na criação, estavam presentes 3 Seres Divinos, porém as palavras das escrituras nos mostram que apenas o Pai e o Filho, estavam presentes: “...Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas no seu manto? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome, e qual é o nome de seu Filho?” Provérbios 30:4

Disto entendemos que Cristo (o messias), o Filho de Deus foi por quem o Pai, criou todas as coisas, pois “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, (...), nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo.” Hebreus 1:1-2. Por quem fez, ou através de quem fez o mundo e o próprio João esclarece que “Todas as coisas foram feitas por INTERMÉDIO dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” João 1:3. Deus, o nosso Pai celestial, por intermédio de Seu Filho, fez todas as coisas.

Diante disso, entendemos que o Filho de Deus existiu antes da criação da terra, entendemos que Ele nasceu, Ele foi gerado de Deus, não de uma forma simbólica, mas literal.

Apesar do Filho de Deus, ter sido chamado de Deus em alguns versos, isso deve-se ao fato do Pai, dar ao Filho o direito de assim ser chamado, porém o próprio Jesus reconhece que Deus é seu Pai e seu Deus (João 20:17) e único Deus (João 17:3).

BereanosPB

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O DINHEIRO E O DÍZIMO

Algumas taxas para o Templo só eram aceitas em forma de dinheiro (Êxodo 30:14-16 e 38:24-31). O dinheiro era utilizado para comprar sepulturas (Gênesis 23:15-16). O dinheiro era usado para comprar bois para serem oferecidos em sacrifícios. (II Samuel 24:24). Era utilizado para pagar tributos vassalos. (II Reis 23:33,35). Era utilizado para comprar imóveis (Jeremias 32:9-11). Para pagar salários (II Reis 22:4-7). Para fazer câmbios (Marcos 11:15.17). O próprio Jesus foi vendido por dinheiro.

Existiam também várias profissões:

01) Artesãos (Exôdo 31:3-5; 35:31-35; II Reis 16:10);
02) Padeiros (Gênesis 40:1-2; Jeremias 37:21; Oséias 7.4);
03) Carpinteiros (II Sam 5:11; Esdras 3:7; Isaías 44.13; Mateus 13:55;
04) Cozinheiros (I Samuel 8:13; 9:23-24).
05) Guardas (II Reis 22:4; 25:18; I Crônicas 15:23-24; Jeremias 35:4);
06) Pescadores (Isaías 19:8, Jeremias 16:16; Mateus 4:18: 13:48; Lucas 5:2)
07) Mestres-de-Obra (Rute 2:5-6; I Reis 5:16; II Crônicas 2:2,18; Mateus 20:8)
08) Ourives (Neemias 3:8, 31-32; Isaías 40:19; 41:7; Jeremias 10;9
09) Caçadores (Gênesis 10:9; 25:27; Jeremias 16:16)
10) Mercadores (I Reis 10:15; Neemias 13:20; Mateus 13:45)
11) Músicos (I Reis 10:12; I Crônicas 6:33; 9:33; II Crônicas 5:12)
12) Alfaiates (Êxodo 28:3; 35:25-26; II Reis 23:7; Proverbios 31:19; Atos 9:39)
13) Coletores de impostos (Daniel 11:20; Mateus 10:3; Lucas 5:27)

Então fica uma pergunta:

POR QUE O DIZIMO NÃO ESTÁ RELACIONADO AO DINHEIRO E SIM A COMIDA, ALIMENTOS E, PRODUÇÃO AGRO-PECUÁRIA?

“Todos os dízimos do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor, são santos ao Senhor. No tocante a todos os dízimos de vacas e ovelhas, de tudo que passar por debaixo da vara do pastor, o dízimo será santo ao Senhor. Não esquadrinhará entre o bom e o ruim, nem o substituirá. Se de algum modo o substituir, ambos serão santos, e não podem ser resgatados”. Levítico 27:30-32

“Certamente darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que cada ano se recolher no campo. Perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher para ali fazer habitar o seu nome, comereis os dízimos do teu cereal, do teu vinho e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas, para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias. Mas se o caminho for longo demais, de modo que não os possas levar, por estar longe de ti o lugar que o Senhor teu Deus escolher para ali pôr o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado, então vende-os e leva o dinheiro na tua mão e vai ao lugar que o Senhor teu Deus escolher. Com esse dinheiro comprarás tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer outra coisa que te pedir a tua alma. Come-o ali perante o Senhor teu Deus, e alegra-te tu e a tua família” Deuteronômio 14:22:29

Daí compreendemos perfeitamente o texto de Malaquias 3:10: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa.” E logo depois, Deus promete: “E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.”

Bereanos PB

JOÃO 20:22 É SIMBÓLICO???

"E havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.”

Este verso deixa os nossos irmãos trinitarianos, meio que confusos ao afirmar que o Espírito Santo é na verdade uma 3ª pessoa chamada de DEUS ESPIRITO SANTO. Isso porque aqui Jesus SOPRA o espírito Santo sobre os discípulos.

O ensino trinitariano sustenta que o Espírito Santo é um Deus Espírito Santo, um ser pessoal, da mesma forma que o Pai e o Filho, por isso afirmam que esse texto é simbólico, por que se afirmar que é literal, complica a situação. Se assim fosse, um Deus estaria sendo soprado e saindo de dentro de outro Deus.

Ora irmãos, sejamos sinceros. Em João 20:19-23, não tem nenhum símbolo ou figura, portanto deve ser entendida no seu óbvio sentido. A presença de Jesus (verso 19); as marcas da Sua crucifixão (verso 20); a mensagem do “ide” (verso 21) e o perdão dos pecados (verso 23), é tudo simbólico? É tudo uma figura de linguagem? Veja o que Ellen G. White diz:

"E havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e aqueles a quem retiverdes lhes são retidos." João 20:22 e 23. “O Espírito Santo não Se manifestara ainda plenamente; pois Cristo ainda não fora glorificado. A mais abundante comunicação do Espírito não se verificou senão depois da ascensão de Cristo. Enquanto não houvesse sido recebido, os discípulos não podiam cumprir a missão de pregar o evangelho ao mundo. Mas o Espírito foi agora dado para um fim especial. Antes de os discípulos poderem cumprir seus deveres oficiais em relação com a igreja, Cristo soprou sobre eles Seu Espírito. Estava-lhes confiando um santíssimo legado, e desejava impressioná-los com o fato de que, sem o Espírito Santo, não se podia realizar esta obra.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 805.

Que o nosso Pai celestial, nos conceda o Seu Espírito através de Seu Filho, diariamente. Deus abençoe a todos.
Bereanos PB

CRER OU NÃO CRER, EIS A QUESTÃO!

Desde criança fui católico. Confesso que não era um freqüentador assíduo da igreja, mas sempre que podia estava lá. Participei de algumas procissões e rezei várias vezes prostrado as imagens de escultura.

Quando comecei a estudar a Bíblia com um amigo e futuro irmão, descobri alguns ensinamentos que antes não conhecia. Isso tudo pra mim, foi um grande choque: Sábado ou Domingo, Mortalidade ou Imortalidade da Alma, Escutar uma Missa ou Participar de um Sermão, etc.

Com 28 anos, me batizei, nessa nova igreja e me deparei com mais ensinos e um novo mundo em minha vida estava fazendo parte. Costumes, regras, comportamentos, ensinos, tudo era diferente. Mas mesmo assim, fiz parte por 10 anos e agradeço muito a Deus por ter ele me tirado das trevas para Sua maravilhosa Luz.

Quando descobri que minha igreja, a qual eu fazia parte, não cria em uma Trindade no passado, isso foi outro choque para mim. A pergunta que martelava a minha cabeça era:

Crer ou não crer, eis a questão! E que grande questão. Mas a questão maior não está em simplesmente crer, mas em professar aquilo que cremos. Quando professamos uma crença diferente daquela que a igreja a qual pertencemos crê, geralmente não somos bem vistos. Por exemplo, se professarmos que cremos em uma Trindade, estamos em paz com a igreja, o que não acontece quando professamos quando não cremos.

Muitos irmãos sinceros se encontram nesse dilema, porém isso não é um fato recente, mesmo nos dias de Cristo, muitos passaram por semelhante “problema”. Vejamos o que João 12:42 nos diz:

“Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga...”

Expulsos da sinagoga ou da igreja, esse era e é o medo de muitos irmãos. Não estamos aqui para julgar os procedimentos de A ou B. Deus tem a sua própria maneira de trabalhar. Para uns é chegada a hora, para outros ela ainda está no futuro, porém um dia todos nós iremos professar o que cremos.

No verso 43, é dito que essas autoridades infelizmente, “amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus”.

Jesus certa vez, advertiu aos discípulos: “vos expulsarão das sinagogas”. Mas por que os judeus iriam fazer isso? Não eram todos os discípulos judeus? Povo do seu próprio povo? Como poderia um povo expulsar o seu próprio povo?

O verso 3 nos responde por que os judeus fariam isso: “porque não conhecem o PAI, nem a MIM” disse Cristo. João 16:2-3.

Aqui podemos ver uma diferença entre as autoridades religiosas e os discípulos: Muitos do primeiro grupo cria que Jesus era o Cristo (o Messias), mas não confessavam com medo deles mesmos serem expulsos e não serem bem vistos por seus companheiros, enquanto que o segundo grupo cria que Jesus era o Messias, e com a força que o espírito de Deus lhes deu, confessaram e foram expulsos, nascendo assim o cristianismo.

Nas palavras de Cristo, encontramos o que é de mais relevante na vida cristã: CONHECER o Pai e o Filho. Esse foi um desejo de Jesus em sua oração ao Seu Pai:

“E a vida eterna é esta: que todos conheçam a ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo.” João 17:3 (BLH)

Portanto, meu amado irmão, esta é a vida eterna. Com certeza levaremos toda uma vida eterna para conhecermos o Pai e o Filho, mas hoje, mesmo vivendo em um mundo de pecado, devemos “conhecer e prosseguir em conhecer ao Senhor” Oséias 6:3.

Em qual dos grupos é mais conveniente estarmos? Naquele grupo que crê, mas não confessa, porém está em paz com a igreja? Ou naquele grupo que crê, confessa e é expulso? Claro que no primeiro grupo, mas lembre-se:

“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem... Regozijai-vos e exultais, porque é grande o vosso galardão nos céus...” Mateus 5:11-12.

Deus nos abençoe.

João Carvalho.

sábado, 15 de janeiro de 2011

MITOS E VERDADES SOBRE O DÍZIMO

A incoerência na inconsistência da doutrina do dízimo ensinada atualmente em muitas igrejas constitui um atentado contra a verdade, contra o respeito e contra a honestidade. A décima parte dos salários e das rendas dos fiéis entregues sistematicamente às organizações religiosas não são dízimos, biblicamente falando.

Interessante é que Dízimo na Bíblia nunca esteve relacionado a dinheiro. Pois sempre esteve relacionado à comida, alimentos, produção agro-pecuária. (Lev 27.30 e 32). Comprovadamente, sempre houve dinheiro nos tempos bíblicos, dinheiro já existia desde os tempos de Abraão e seu uso sempre correspondeu outras finalidades, – Ex.: Algumas taxas para o Templo só eram aceitas em forma de dinheiro (Êxodo 30:14-16 e 38:24-31). O dinheiro era utilizado para comprar sepulturas (Gênesis 23:15-16). O dinheiro era usado para comprar bois para serem oferecidos em sacrifícios. (II Samuel 24:24). Era utilizado para pagar tributos vassalos. (II Reis 23:33,35). Era utilizado para comprar imóveis (Jeremias 32:9-11). Para pagar salários (II Reis 22:4-7). Para fazer câmbios (Marcos 11: 15.17). Mas NUNCA PARA DÍZIMOS.

MITO: 1. O dízimo foi ordenado por Deus no Jardim do Éden.
VERDADE: 1 Biblicamente o dízimo foi ordenado no monte Sinai. Lev 27.30-33; Num 18.21-24;

MITO: 2. O dízimo sempre foi obrigatório.
VERDADE: 2. O dízimo antes do Sinai era voluntário, encontrando-se na Bíblia apenas duas menções: Abraão deu um único dízimo, do despojo de guerra quando foi resgatar seu sobrinho Ló e Jacó fez um voto a Deus. Gênesis 14:17-20; Gênesis 28:20-22.

MITO: 3. O Dízimo do Velho Testamento pode ser hoje transformado de alimento em dinheiro.
VERDADE: 3. Não há um só verso na Bíblia informando que dízimo possa ser ouro, prata, moeda, dinheiro, etc. Dízimo sempre foi apenas alimento do campo, vegetal ou animal. (Lev 27.30 e 32) mesmo quando havia metais preciosos como moeda corrente. Abraão, no seu tempo, comprou uma sepultura para sua esposa por 400 ciclos de prata. Gen. 23:16.

MITO: 4. O dízimo foi dado por Deus aos levitas, mas hoje, os levitas são os pastores.
VERDADE: 4. O dízimo foi dado aos levitas, mas para eles fazerem todo o trabalho da tenda da congregação. Num 18.21-23. Se hoje os membros leigos fazem mais de 90% do trabalho e os pastores recebem todo o dízimo, isso não é bíblico, é humano.

MITO: 5. O dízimo é só para os pastores ("levitas" de hoje).
VERDADE: 5. O dízimo era dos levitas (Num 18.21-23), mas também para se fazer um Festival ao Senhor (Deut.14.22-27) e, a cada terceiro ano, para levitas, órfãos, viúvas e estrangeiros, os quais comiam o dízimo ajuntado dentro das suas portas (Deut 14. 28 e 29). Ora, se ofertas e dízimos eram sagrados ao Senhor e não podiam ser comidos por pessoas comuns, neste caso Deus abre uma exceção, visto que pare Ele, misericórdia é melhor que sacrifício ou formalidade. A vida dos carentes é preciosa ao Senhor.

MITO: 6.Após o sacrifício de Cristo na cruz o dízimo continua em vigor.
VERDADE: 6. Não há um só verso no NT (após a cruz) reafirmando o dízimo, mas apenas as ofertas voluntárias para sustento dos pastores, caridade aos pobres e necessitados, aos órfãos e viúvas.II Cor 9.7 e 8.3; Tiago 1.27.

MITO: 7. Os levitas agora são os pastores.
VERDADE: 7. Em Atos 4:36 e 37 UM LEVITA, JOSÉ de sobrenome Barnabé AO INVÉS DE RECEBER DÍZIMOS dos apóstolos e membros da Igreja cristã, DAVA OFERTAS. Fica evidente que com a mudança do sacerdócio, mudou a Lei (Hebreus 7:12).

MITO: 8. Dar ofertas voluntárias (mesmo abundantemente) não é o mesmo que dar o dízimo. Quem não dá o dízimo será amaldiçoado e está perdido.
VERDADE: 8. Cada um contribua segundo tiver proposto no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. II Cor 9.7. Essa era a prática da Igreja de Deus que Cristo estabeleceu, após cair em desuso o judaísmo (Gal. 1:13) e suas práticas.
"Dirigida aos crentes da Macedônia: "Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus que foi dada às igrejas da Macedônia; 2 como, em muita prova de tribulação, a abundância do seu gozo e sua profunda pobreza abundaram em riquezas da sua generosidade. 3 Porque, dou-lhes testemunho de que, SEGUNDO AS SUAS POSSES, E AINDA ACIMA DAS SUAS POSSES, DERAM VOLUNTARIAMENTE". II Cor 8.1-3.

"As Escrituras não ensinam que o dízimo é obrigatório sobre os crentes durante a dispensação do Novo Testamento. No entanto, as mesmas Escrituras decididamente ensinam que os crentes devem ser dadivadores generosos, sacrificiais, expectantes, e gozosamente animados! Será que isto descreve você? É minha sincera oração que o Espírito Santo de Deus use este escrito para desafiá-lo a repensar os seus padrões de dadivar, e para verificar se eles se alinham com a vontade de Deus, conforme expressa no Novo Testamento. Se não estiverem, vá ao Senhor em oração e peça-lhe o poder e a graça para lhe obedecer plenamente em todas as coisas" (Brian Anderson).

Paulo Augusto da Costa Pinto

domingo, 2 de janeiro de 2011

EU COSTUMAVA SER PERFEITO....

Eu costumava ser perfeito - Parousia - 2º semestre de 2008
Eu costumava ser perfeito: um ex-legalista reflete sobre Lei, perfeição e adventismo George R. Knight, Ed.D

Historiador e ex-professor de História da Igreja na Andrews University

Resumo: Neste artigo o autor narra sua experiência pessoal em busca da perfeição, anteriormente entendida por ele como um cumprimento minucioso de inúmeras regras comportamentais. De forma criativa e bem-humorada, ele demonstra a incoerência da teoria perfeccionista, que enfatiza as realizações humanas em detrimento da graça divina. Segundo ele, o conceito legalista sobre perfeição mantido por muitos adventistas baseia-se em uma interpretação equivocada de Apocalipse 14:12, que caracteriza o povo de Deus no tempo do fim como aqueles que “guardam os mandamentos de Deus”. O autor argumenta que, no conceito bíblico, a perfeição cristã consiste em amor altruísta e alegre relacionamento com Deus e o próximo. Portanto, a demonstração final de Deus ao Universo será uma revelação de seu amor.

Abstract: In this article, the author narrates his own personal experience in quest of perfection, formerly understood by him as a detailed accomplishment of too many behavioral rules. In a creative and humorous way, he shows there are inconsistence in the perfeccionist theory, which emphasizes human accomplishments in detriment of divine grace. According to him, the legalist concept on perfection sustented by many Adventists is based in a erroneous interpretation of Revelation 14:12, which caracterizes God’s people in the time of the end as “those who keep the commandments of God.” The author argues that, in Biblical concept, Christian perfection consists in altruist love and joyful relashionship with God and the fellow. Therefore, God’s final demonstration to the universe will be a revelation of his love.

Introdução
A coisa mais importante que você pode saber sobre mim é que eu costumava ser perfeito1. Note o tempo passado – eu costumava ser perfeito em um sentido em que agora não sou perfeito. Por que eu era perfeito? Eu era perfeito porque eu era um adventista do sétimo dia. Eu era perfeito porque Jesus viria logo. E, honestamente, Eu queria a fé da trasladação, Eu queria o caráter da trasladação.

Eu queria a perfeição da trasladação. Converti-me do agnosticismo para o adventismo do sétimo dia com a idade de dezenove anos. Depois de me tornar adventista, olhei para minha igreja, seus membros e seus pregadores, e concluí: Que confusão! Vocês não têm atingido o objetivo. Logo raciocinei que eles tinham falhado em ser perfeitos porque não haviam tentado o suficiente. Eu seria diferente. Eu não falharia. Eu tentaria mais do que qualquer um deles já tentou.

Na ocasião eu estava trabalhando na estrutura metálica da construção de altos edifícios sobre a Baía de San Francisco. Ainda me lembro que um dia, muito acima da baía, eu estava meditando sobre a perfeição. Foi então que conscientemente decidi e verbalmente me comprometi a ser o primeiro cristão perfeito desde Cristo – e quero dizer exatamente isso. Eu era desesperadamente sincero. Mas esse pensamento continuou em minha mente, por vários anos.

A raiz da fascinação adventista com a perfeição - A abordagem adventista sobre ser perfeito começa no livro do Apocalipse, nos importantes textos em que os adventistas vêem retratados a si mesmos e seu movimento.

O próprio enfoque de vários desses textos nos aponta na direção do comportamento. “O dragão” lemos, “irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus” (Ap 12:17)2. E então, é claro, há o interesse adventista no grandioso texto de Apocalipse 14.

Note a progressão: A mensagem do primeiro anjo, iniciada por Guilherme Miller nas décadas de 1830 e 1840, declara que “é chegada a hora do seu juízo” (v. 6, 7). A mensagem do segundo anjo, pronunciando a queda de Babilônia (v. 8), foi iniciada em
1843 por Charles Fitch. Então, surge a decisiva terceira mensagem contra a adoração do poder da besta. Os adventistas têm focalizado especialmente o verso 12: “Aqui está a paciência dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (ARC).
Essa passagem tornou-se o texto-chave no adventismo do sétimo dia. Por quase cem anos ele foi citado integralmente sob o cabeçalho de cada edição da Review and Herald.

Apocalipse 14 retrata a mensagem do terceiro anjo como a última antes do retorno de Cristo para “ceifar” a Terra (v. 14-20). Os primeiros adventistas do sétimo dia eram hábeis em pregar a primeira parte de Apocalipse 14:12: “Aqui está a perseverança dos santos”.

Nesse versículo, víamos a nós mesmos como aqueles que ainda estavam esperando pela vinda de Jesus, depois do desapontamento de 1844. E nós adventistas amamos a segunda parte de Apocalipse 14:12: Aqui estão “os que guardam os mandamentos de Deus”. Ah, eu lhe digo, nós adventistas amamos os mandamentos.Se você vir as primeiras publicações adventistas (e provavelmente algumas de hoje), notará que a ênfase estava sempre na palavra guardar. E essa é uma boa ênfase no contexto de um relacionamento salvífico com Cristo. Aqui estão “os que guardam os mandamentos de Deus”.

Mas os primeiros adventistas não tinham muita certeza sobre o que fazer com “a fé de Jesus”, a terceira parte de Apocalipse 14:12. Eles interpretavam “a fé de Jesus” como um conjunto de verdades que deveriam ser obedecidas.

Como resultado, nossos primeiros escritores – Tiago White e quase todos os outros diziam: “Deus tem seus mandamentos. E Jesus também tem seus mandamentos, tais como o batismo, o lava-pés e assim por diante.” Eles desenvolveram uma lista completa de mandamentos de Jesus. Como resultado, os adventistas se tornaram o povo “mandamento sob mandamento”, focalizando não apenas os mandamentos de Deus, mas também os mandamentos de Jesus.

Éramos (e somos) grandes empreendedores3. “A fé de Jesus” é a porção de Apocalipse 14:12 que Ellen G. White e outros reinterpretaram em Mineápolis em 1888 para enfatizar “fé em Jesus”.4 O texto pode ser traduzido como “fé em Jesus” ou “fé de Jesus”.
Muitos adventistas do sétimo dia, ao ler o texto como “fé de Jesus”, têm a tendência de sugerir que o verso está dizendo que podemos ter fé exatamente da maneira como Jesus tinha fé. Assim podemos ser tão absolutamente impecáveis como Ele era absolutamente
impecável.

Essa interpretação provavelmente foi encorajada pelos primeiros cinco versos de Apocalipse 14. Diz o verso 1: “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com Ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu
Pai”. E os versos 4 e 5: “São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá” – não apenas em parte do caminho, mas por todo o caminho. “São os que foram redimidos dentre os homens,
primícias para Deus e para o Cordeiro; e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula.” Ora, essa é uma norma muito elevada, certo? Eles “não têm mácula”, ou como diz a King James Version, “eles são sem falta diante do trono de Deus”. Ora, eu chamaria a a essas pessoas “perfeitas”.

E não é difícil ver por que muitos adventistas do sétimo dia pensavam dessa maneira sobre o assunto da perfeição. Afinal, Apocalipse 12 e 14 são textos fundamentais para a identidade da denominação. Todos sabemos que temos uma espécie de perfeição por meio da justificação pela fé porque estamos em Cristo.

Mas esses textos de Apocalipse 14 despertam a pergunta: É suficiente a justificação pela fé, ou devemos ser impecavelmente perfeitos para fazer parte dos 144 mil? E se há algo mais do que justificação, o que deve ocorrer dentro de nós? Essa questão tem dividido os adventistas do sétimo dia por um século. O que deve ocorrer no povo de Deus do tempo do fim?

Antes de prosseguirmos, devemos notar o importante desenvolvimento de Apocalipse 14. Temos os 144 mil, o primeiro anjo, o segundo anjo, o terceiro anjo, e imediatamente após o terceiro anjo o grande drama da segunda vinda – a ceifa. Lemos nos versos 14 e 15: “Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada. Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para Aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu.”

Os adventistas têm desejado sinceramente estar prontos para a vinda de Jesus. E eles não têm apenas a Bíblia para encorajá-los a respeito da perfeição de caráter, mas têm também os escritos de Ellen G. White. Aqui está uma das suas mais impressionantes
declarações: “Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de si mesmo em sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em seu povo, então virá para reclamá-los como seus”.5

A passagem então imediatamente muda para a cena da colheita. Em muitos sentidos esse texto de Ellen G. White é paralelo ao progresso e desenvolvimento dos eventos de Apocalipse 14. O conceito-chave nesta citação de Parábolas de Jesus é reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo.

Infelizmente, quando os adventistas do sétimo dia lêem expressões como “reproduzir-se perfeitamente”, eles têm a tendência de se tornarem um tanto emocionais. Isso aconteceu comigo quando as li pela primeira vez. Fiquei entusiasmado tanto com a magnificência, quanto com a possibilidade da missão e promessa.

Não sei se você já viu alguém que é perfeito. Às vezes, fecho os olhos e visualizo algumas das pessoas perfeitas que conheço. Neste momento, me lembro de uma dessas pessoas. Ela está muito satisfeita porque obteve a vitória sobre o queijo.

Agora lembro-me de outra pessoa. Essa é um fariseu do primeiro século. Esse indivíduo é realmente “religioso”. Ele sabe exatamente qual é o tamanho da rocha que pode carregar no dia de sábado e a que distância ele pode levá-la sem cometer pecado. Ele reduz a justiça a algumas fatias muito estreitas de “religião”. Está convencido de que com essa dedicação aos detalhes do estilo de vida logo ele será perfeito.

Há também aqueles que parecem ser perfeitos devido à reforma de saúde. Em uma pequena igreja adventista de trinta membros, há um ancião que está disposto a levar os
emblemas da santa ceia (ou cerimônia da comunhão) àqueles que não puderam ir à igreja. Mas não participará dos emblemas com eles, porque isso seria comer entre as refeições. Eu me pergunto: o que significa “comunhão” para esse ancião?

A mesma congregação tem um homem de quase dois metros de altura que pesa apenas 59 quilos. Ele conseguiu tremendas vitórias sobre o apetite enquanto caminhava na direção de ser “perfeito como Cristo”. Até mesmo se convenceu de que é errado comer cereais como trigo e aveia. Como resultado, infelizmente, ele sente um intenso desejo de comer coisas estranhas. Toda quinta-feira ele “cai em tentação” e come dois pedaços de lazanha de berinjela. Esse homem, aos seus próprios olhos, está avançando no caminho para a “verdadeira perfeição”.Quando uma pessoa diz que sua mais “pecaminosa atividade” é comer dois pedaços de lasanha de berinjela por semana, ela deve estar fazendo progresso. Esse indivíduo deve ser quase perfeito, ao menos segundo seu entendimento de “perfeição”.

Há um outro santo nessa mesma pequena igreja que tinha um ferimento. Uma pessoa normal teria levado três semanas para curar-se. Mas essa “reformadora de saúde” ainda não estava curada depois de seis semanas por causa das deficiências dietéticas. Esse foi o resultado de sua reforma de saúde. Ellen G. White rotulou tal dedicação em seus dias como “deforma de saúde”6.

Alguns adventistas do sétimo dia têm caminhado em estranhas direções em sua busca de perfeição de caráter. Talvez isso seja porque alguns de nós não temos a mais leve idéia do que seja caráter. Nem temos a mínima noção do que Ellen G. White queria dizer por caráter de Cristo.

Meu caminho para a perfeição
A passagem de Parábolas de Jesus que eu citei acima teve um grande impacto sobre minha própria experiência adventista. Logo depois de me tornar adventista do sétimo dia, algum querido irmão mostrou-me essa passagem. E foi depois de ler que Cristo só viria quando seu caráter estivesse perfeitamente reproduzido em seus filhos que eu conscienciosamente decidi que seria o primeiro cristão perfeito desde Cristo.

Imediatamente segui em minha busca. Como resultado, dentro de algumas semanas, eu podia dizer o que estava errado em quase tudo. Eu podia dizer o que estava errado em qualquer coisa que você desejasse comer. Eu podia dizer o que estava errado em qualquer coisa que você desejasse assistir. Eu podia dizer o que estava errado em quase qualquer coisa que você desejasse fazer. E eu podia dizer o que estava errado em quase tudo o que você desejasse pensar.

Em minha própria e rigorosa abordagem da alimentação, eu baixei de 75 quilos para aproximadamente 56 quilos em cerca de três meses. Alguns temiam que eu morresse de
“reforma da saúde”. E eu quero que você saiba algo. Em minha luta pela perfeição, eu me tornei perfeito. Realmente. Eu era o perfeito fariseu segundo a ordem de Saulo antes da estrada de Damasco. Eu era o perfeito monge segundo a ordem de Martinho Lutero antes de descobrir o evangelho em Romanos. Eu era o perfeito metodista segundo a ordem do combatente e esforçado John Wesley antes de sua experiência de conversão em Aldersgate.

Como, posteriormente, descobri, meu caminho para a perfeição tinha sido bem trilhado antes de mim. Isto me leva ao paradoxo da perfeição. Aqueles dentre vocês que conhecem alguém “perfeito” reconhecerão o paradoxo. Alguns terão passado por esse caminho, e em muitas congregações encontro pessoas ainda percorrendo-o, ou, pior ainda, pessoas tentando conviver com alguém que está tentando atravessá-lo.

O paradoxo de minha perfeição era que quanto mais pensava acerca de mim mesmo e minha perfeição, mais egocêntrico me tornava. Não somente me tornava egocêntrico, mas quanto mais lutava e tentava, mais crítico me tornava para com aqueles que não haviam alcançado o meu “alto nível”. Não era apenas crítico ou intolerante, mas quanto mais “perfeito” me tornava, mais áspero eu era com os outros que não haviam igualado minha “condição superior”. E mais negativo me tornava para com a igreja e outros que não eram tão “puros” ou “consagrados” como eu.

Resumindo, quanto mais eu tentava, pior eu ficava. Esse era o paradoxo da minha perfeição. Em meu esforço para reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo, eu havia mais de perto imitado o caráter do diabo. Para dizer o mínimo, tornei-me uma pessoa de difícil convivência. As pessoas se tornavam um problema em minha vida enquanto eu procurava imitar o caráter do Salvador. Afinal, as pessoas eram um obstáculo ao meu rigor na alimentação. E interferiam em minha refletida hora de meditar sobre Cristo cada dia. As pessoas dificultavam meu avanço para a perfeição.

Infelizmente, há uma forma de perfeição que leva ao próprio egocentrismo do pecado. Há um caminho para a perfeição que é o caminho da morte. Há um caminho para perfeição que é destrutivo, e muitíssimos adventistas têm seguido esse caminho para supostamente reproduzir o caráter de Cristo. É a trilha errada. É a estrada artificial, construída pelo homem.

Em minha frustração com minha igreja e comigo mesmo, eu entreguei minhas credenciais ministeriais. Mas o presidente de minha associação, vendo minha perplexidade e querendo “salvar-me para a obra”, viajou comigo em um passeio de carro por quase quinhentos quilômetros para que pudesse me aconselhar, me encorajar e devolver minhas credenciais. Eu não pude me livrar delas. Entreguei- as uma segunda vez, e elas retornaram novamente. Na terceira vez eu escrevi uma carta cuidadosamente redigida contando ao presidente da minha associação como eu me sentia. Obtive o resultado desejado. As credenciais não voltaram.
Minha vida como ministro adventista havia acabado. Tanto quanto me dizia respeito, eu havia terminado como adventista e como cristão. Durante seis anos não orei nem li a Bíblia a menos que fosse forçado a fazer isso em público. Estudei filosofia para descobrir uma resposta mais adequada para o significado da vida, somente para encontrar sua falência a respeito das questões reais. Perto do final de meus anos em uma “terra distante”, cheguei à conclusão de que se o cristianismo não tivesse a resposta, não existia uma resposta. Essa foi uma das conclusões mais assustadoras da minha vida.

Então, no início de 1975, Deus estendeu a mão e me tocou. Ele disse: “George, você tem sido um adventista, mas não tem sido um cristão. Você tem conhecido todas as
doutrinas, mas não tem conhecido a Mim.” A essa altura, passei por minha própria crise de 1888. Encontrei a Jesus, e meu adventismo foi batizado, tornando-se cristianismo.

A tragédia para mim, para aqueles que tinham de viver comigo e para aqueles semelhantes a mim, é que muitas dessas situações poderiam ter sido evitadas se houvéssemos sido mais fiéis em nossa leitura das declarações inspiradas. Tivesse eu simplesmente lido o contexto de muitas das minhas declarações favoritas, eu teria sido salvo dos erros mais graves da minha vida.

O caminho divino para a perfeição
Com muita freqüência, temos distorcido a Bíblia e os escritos de Ellen G. White. Uma maneira de fazer isso é não ler as declarações em seu contexto.Tiramos as citações do contexto, tais como aquela de Parábolas de Jesus sobre reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo.

Então nos dirigimos a tais livros como Conselhos Sobre o Regime Alimentar ou Mensagens aos Jovens, e removemos mais um grupo de citações. Em seguida as ligamos com a passagem de Parábolas de Jesus de tal forma que criamos uma teologia
que nem mesmo Deus reconheceria.

Sempre leia o contexto.7 Descubra o que o autor inspirado está dizendo, quer seja o autor Paulo ou Pedro ou João ou Ellen G. White. Que diferença o contexto pode fazer em nossa compreensão e em nossa vida. Por exemplo, vejamos o contexto de nossa declaração do livro Parábolas de Jesus sobre reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo.

Nos parágrafos imediatamente precedentes, lemos: Cristo procura reproduzir-se no coração
dos homens; e faz isto por intermédio daqueles que nele crêem. O objetivo da vida cristã é a frutificação – a reprodução do caráter de Cristo no crente, para que se possa reproduzir em outros....

Na vida que se centraliza no eu não pode haver crescimento nem frutificação. Se aceitastes a Cristo como Salvador pessoal, deveis esquecer-vos e procurar auxiliar a outros. Falai do amor de Cristo, contai de sua bondade. Cumpri todo dever que se vos apresenta. Levai sobre o coração o peso da salvação das pessoas. ... Recebendo o Espírito de Cristo – o espírito do amor abnegado e do sacrifício por outrem – crescereis e produzireis fruto.

As graças do Espírito amadurecerão em vosso caráter. Vossa fé aumentará; vossas convicções aprofundar-se-ão, vosso amor será mais perfeito. Mais e mais refletireis a semelhança de Cristo em tudo que é puro, nobre e amável.”8

A seguir, ela diz que “quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em seu povo, então virá para reclamá-los como seus”.9 Reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo é refletir o seu amor. O caráter de Cristo centraliza-se em compassivo relacionamento.

Com muita freqüência os adventistas têm olhado para a religião como algo negativo, mas cristianismo não é o que não fazemos. Ninguém será salvo pelo que evitou. O cristianismo é positivo em vez de negativo. O verdadeiro cristianismo é uma religião que nos livra da preocupação com nós mesmos e a luta para ganhar a salvação de sorte que podemos amar verdadeiramente ao nosso próximo, ao nosso Deus, aos nossos irmãos, à nossa esposa, ao nosso esposo, aos nossos filhos, e assim por diante.

Essa foi a grande mensagem de Jesus. “Portanto, sede vós perfeitos”, proclamou Ele, “como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:48). Remova esse texto do seu contexto, e você pode transformá-lo em algo que a Bíblia jamais disse. Leia-o no contexto, e você descobrirá o que Jesus estava tentando ensinar. Começando no versículo 43, essa passagem ensina que Deus ama a todos. Ele faz com que a chuva caia e o sol brilhe sobre bons e maus, justos e injustos. Jesus está dizendo que devemos ser perfeitos ou maduros em amor aos outros como nosso “Pai celestial é perfeito” em seu amor por nós.

Por favor, lembre-se que Cristo morreu por você enquanto você era ainda seu inimigo (Rm 5:6, 10). Você pode amar como Deus amou? Isso é maturidade cristã ou perfeição
cristã. E se você não crê nisso, compare Mateus 5:48 com Lucas 6:36. Lucas 6:27-36 é uma passagem paralela a Mateus 5:43-48. Ambas lidam com o amor aos inimigos, e ambas concluem com a declaração de que os cristãos devem ser semelhantes a Deus.

Mas a passagem de Lucas não diz: “Portanto, sede vós perfeitos”, mas “sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai” (Lc 6:36). Os evangelistas igualaram com misericórdia a afirmação de Cristo sobre perfeição.

Para compreender melhor esse assunto, precisamos voltar a Mateus 25:31-46 e à cena do grande julgamento das ovelhas e dos cabritos. Essa é uma passagem muito interessante. Leia-a hoje para você mesmo, e conte os pontos de interrogação. Note a grande surpresa que é experimentada no juízo.

Por um lado, Jesus diz a um grupo: “Entrai em meu reino”. Segundo a parábola, eles dizem: “Senhor, como fizemos isto? Não somos como aqueles fariseus. Não passamos toda a nossa vida preocupados com a multidão de faz e não faz.” Jesus responde: “Vocês não compreendem. Quando estive faminto, me alimentaram. Quando estive na prisão, vocês me visitaram. E quando estive sedento, me deram de beber.” Eles voltam a perguntar: “Espere um minuto. Como pode ser isto? Nunca te vimos ou alimentamos.” “Mas”, responde Jesus, “se vocês fizeram isso a um destes meus pequeninos irmãos, vocês fizeram a mim.”

A essa altura o outro grupo está realmente se tornando agitado. Há um bom número de fariseus nesse segundo grupo, indivíduos que têm dedicado toda a sua vida a observar a multidão de detalhes sobre a lei. “Espere um segundo, Senhor”, exclamam eles, “guardamos o sábado.

Realmente guardamos o sábado. Tínhamos umas 1.500 leis e normas e regulamentos concernentes ao sábado, e guardamos todos eles. E não somente guardamos o sábado; pagamos o dízimo rigorosamente. Éramos tão escrupulosos que dizimávamos cada décima folha de nossas pequenas hortelãs. E tínhamos uma boa dieta.

Senhor, tens de salvar-nos. Nós merecemos isto. “Bem”, responde Jesus, “há apenas um problema. Quando estive na prisão, vocês não pareciam se preocupar. Quando estive faminto, onde estavam vocês?” “Senhor”, eles respondem rapidamente, “se soubéssemos que eras tu, certamente teríamos estado lá.”

“Mas”, Jesus responde “vocês não compreenderam. Não assimilaram o princípio do meu reino. Vocês não assimilaram o grande princípio do amor. E se vocês não têm isso, não serão felizes em meu reino.” Mateus 25 é muito explícito sobre o fato de que o juízo gira em torno de uma questão específica.

Mas se você precisa de mais ajuda, tente O Desejado de Todas as Nações. Ellen G. White diz isso tão claramente como as palavras podem expressar. “Assim”, escreve ela depois de citar Mateus 25, descreveu Cristo aos discípulos, no Monte das Oliveiras, as cenas do grande dia do Juízo. E apresentou sua decisão como girando em torno de um ponto. Quando as nações se reunirem diante dele, não haverá senão duas classes, e seu destino eterno será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado fazer por Ele na pessoa dos pobres e sofredores.10

Se as pessoas não estão transmitindo o amor de Deus ao seu próximo, é porque não o têm. Se as pessoas têm o amor de Deus no coração, não há nenhuma maneira em que ele possa ser reprimido. Ele encontrará expressão. A expressão do amor divino por aqueles a quem Jesus ama é o importante critério no grande julgamento final.

Deus quer que todos os que estiverem no Céu sejam felizes lá. E os que serão felizes são aqueles que renunciaram ao princípio do amor egoísta e auto-suficiência (pecado) e permitem que Deus implante no coração e na vida o grande princípio de sua LEI.

O novo nascimento inclui a mudança na vida de uma pessoa do egoísmo e egocentrismo (pecado) para altruísmo e amor ao próximo (os princípios da LEI). Santificação é meramente o processo de alguém tornar-se mais amoroso. O retrato bíblico de perfeição é tornar-se maduro em expressar o amor de Deus. Tais pessoas estão formando um caráter semelhante ao de Cristo, porque “Deus é amor” (1Jo 4:8). Sobre essas pessoas, é certo que serão salvas para a eternidade.

A demonstração final de Deus ao universo
Esse pensamento nos conduz ao assunto da demonstração final de Deus ao Universo. Em Parábolas de Jesus lemos que “a última mensagem de graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do caráter do amor divino”.11

A demonstração final ao universo do que a graça pode fazer na vida humana será uma demonstração do poder de Deus em transformar indivíduos egoístas em pessoas que amam a Deus e à humanidade. A demonstração final não é alguém retratar uma pessoa que finalmente alcançou a vitória sobre pizza quatro queijos, refrigerantes, ou algum artigo de alimentação ou comportamento.

A grande demonstração ao universo trata com a reprodução do caráter de Cristo. Um dos grandes textos do Novo Testamento atinge o âmago da questão “Nisto”, disse Jesus, “conhecerão todos que sois meus discípulos”, se guardardes o sábado. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos”, se devolverdes o dízimo. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos”, se tiverdes uma alimentação adequada.

Inúmeros adventistas lêem o Novo Testamento como se ele estivesse dizendo esse tipo de coisas. Mas, em realidade, Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). O amor não é apenas o único ponto em torno do qual gira o juízo, é também o ponto pelo qual Jesus identifica seus discípulos. Ser seguidor de Cristo é ser alguém que ama a Deus e aos semelhantes.

Inúmeros adventistas passam por alto esse ensino fundamental do Novo Testamento. Muitíssimos têm as normas, regulamentos e leis, mas negligenciam o grande princípio que constitui o fundamento da lei de Deus.

Muitos, em sua luta pela perfeição, trabalham ao nível de pecados e leis em vez de permitir que Deus opere neles ao nível de pecado e lei. Infelizmente, todas as normas e regulamentos sem o amor de Jesus muito contribuem para a religião sombria, triste, desolada, deprimente, melancólica – ou pior ainda, religião destrutiva.

Quando vou a uma reunião campal, posso olhar para uma audiência de dez mil pessoas e identificar de um relance os assim chamados “perfeitos”. São aqueles que não estão sorrindo. São os que evidentemente não têm nada a celebrar e em que rejubilar-se porque não têm segurança em Cristo.

Ora, se eu fosse o diabo, daria a vocês adventistas a verdade bíblica, mas tornaria vocês e suas igrejas mais frios do que uma fôrma de gelo no inverno da Sibéria. Por outro lado, eu daria a alguns cristãos alegria na igreja e na vida cristã, mas confundiria de tal forma sua teologia que eles não saberiam distinguir Gênesis de Apocalipse. O que os adventistas precisam é a alegria da salvação combinada com suas grandes verdades doutrinárias.

Quando os adventistas tiverem a Jesus no coração e certeza da salvação, eles não apenas terão a verdade com um v minúsculo (isto é, verdade doutrinária), mas terão a verdade com um V maiúsculo (o Senhor da Verdade). “Eu sou ... a verdade”, disse Jesus (Jo 14:6).

Estou pessoalmente convencido de que a grande coisa necessária para manter o adventismo em movimento não é apenas verdade doutrinária, mas um maior conhecimento de Jesus e a bela certeza de salvação em Cristo. Necessitamos tanto da verdade quanto da Verdade. Quando os adventistas tiverem ambas, isso será proclamado de cada parte do seu ser e em sua adoração, e estarão em uma situação de permitir que o Espírito Santo os use para mover o mundo com a bela mensagem que
Deus lhes confiou.

Referências
Publicado originalmente em George R.Knight, I Used to Be Perfect: A Study of Sin and Salvation (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2001), 85-99. Traduzido do original em inglês por Francisco Alves de Pontes. 2 Salvo outra indicação, as citações bíblicas foram extraídas da tradução Almeida Revista e Atualizada, 2ª edição. Para estudo mais detido da compreensão adventista tradicional de Apocalipse 14:12, ver George R. Knight, Angry Saints: Tensions and Possibilities in The Adventist Struggle Over Righteousness By Faith (Hagerstown, MD: Review and Herald, 1989), 53-55; idem, A Mensagem de 1888 (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), 115- 117. Ver também Alberto R. Timm, O Santuário e as Três Mensagens Angélicas: Fatores integrativos no desenvolvimento das doutrinas adventistas (Engenheiro Coelho, SP: Imprensa Universitária Adventista, 2007), 89, 126-127, 198-201, 225, 230, 238-239. Para avaliação da nova compreensão de Apocalipse 14:12, ver Knight, Angry Saints, 55-60; idem, A Mensagem de 1888, 117-121. 5 Ellen G. White, Parábolas de Jesus, 69; grifos acrescidos. 6 Ellen G. White ao irmão e irmã Kress, 29 de maio de 1901; publicado em Ellen G. White, Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 202. Em português, a expressão foi traduzida como “deformação da saúde”. O texto original é um trocadilho entre “reforma de saúde” (em inglês, health reform) e “deforma [ou deformação] da saúde” (em inglês, health deform). 7 Para estudo mais aprofundado sobre princípios de interpretação dos escritos de Ellen G. White, ver George R. Knight, Reading Ellen G. White: How to Understand and Apply Her Writings (Hagerstown, MD: Review and Herald, 1997). Ver também Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor: O ministério profético de Ellen G. White (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), 372-443. White, Parábolas de Jesus, 67, 68; grifos acrescidos. 9 Ibid., 69. 10 Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, 637. 11 White, Parábolas de Jesus, 415.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A MENSAGEM OU O MENSAGEIRO... QUEM DEVE SER EXALTADO?

“Nenhuma lágrima é derramada sem que Deus saiba. Não há sorriso que Ele não perceba. Se tão somente acreditássemos nisso completamente, todas as ansiedades inúteis desapareceriam”. (*)


Tenho o privilégio de desfrutar a amizade de um jovem de Deus que sempre me remetia, diariamente, via celular, um versículo bíblico para meditação. Recentemente, alem do texto da Palavra de Deus enviou-me, também, a mensagem acima em destaque.

Fiz questão de extrair as iniciais do autor e o nome do livro onde estão escritas tais palavras, no final revelá-los-ei, isto faço não em desmerecimento ao livro e muito menos ao autor, mas para realçar aquilo que já disse em publico e tal jovem ouviu, isto é, em minha experiência com Cristo aprendi a discernir o valor de uma mensagem quando a mesma guarda coerência com a Palavra de Deus, e jamais exaltar a mensagem tendo em vista a origem de sua autoria seja atribuída à determinada pessoa, mesmo que se creia ser esta pessoa possuidora de dons de Deus.

Alguns adventistas chegam a considerar as mensagens atribuídas ao “espírito de profecia” como tão sagrado quanto a Palavra de Deus, e às vezes, muito mais esclarecedor que a própria revelação bíblica, pois já ouvi de muitos que em certos relatos bíblico a mensagem somente lhes ficou plenamente clara com a leitura paralela de mensagem do dito “espírito de profecia”.

Mesmo quando freqüentava a minha anterior igreja não aceitei tais argumentos e certa vez ao ser indagado por certo líder (presidente da Missão Nordeste) se cria nas revelações atribuídas a tal espírito de profecia respondi-lhe: “aceito tudo o que estiver escrito, se, e somente se, houver harmonia com a Bíblia”.

Sabemos, hoje, através dos meios de comunicação, e pela própria literatura denominacional, que, no mínimo há uma grande controvérsia sobre tal assunto. Pois, não se concebe que tais escritos sobre os quais se supõe manipulação de determinada organização com fins meramente econômicos, alem de antigas suspeitas de plagio, possa sua revelação ser exclusivamente atribuída a uma única pessoa, pois, se houve apropriação de escritos de terceiros, e ao que tudo indica ocorreu, mesmo assim temos que ao menos aceitar, caso exista coerência bíblica de tais escritos que a revelação de Deus manifestou-se na inspiração a outros escritores, os quais fora lesados em sua autoria e que o praticante de tal ato prejudicial ao patrimônio literário alheio responderá, certamente, no tribunal de Cristo.

Hoje minha visão sobre isto tem se ampliado consideravelmente, embora detentor de mais informações continuo a aceitar qualquer mensagem seja de quem quer que seja desde que passem pelo crivo das Sagradas Escrituras. Quanto ao texto em epigrafe, não percebo nenhuma discrepância para com a mensagem Bíblica, e não me interessa se foi plageo ou se foi manipulado por qualquer denominação, isto para mim é irrelevante, pois basta-me sua coerência com os oráculos sagrados.

Deus pode manifestar sua revelação pelo mais improvável dos instrumentos, como foi o caso de Balaão, e nem por isto iremos exaltar a santidade ou espiritualidade dos jumentos, muito menos desclassificar a mensagem devido ao mensageiro ou o seu comportamento. Aliais conta-se que a mensagem de determinada denominação religiosa chegou ao Brasil através de um alcoólatra que vendia os panfletos de estudos bíblicos para comprar “pinga”. E somente por isto devemos rejeitar completamente tal mensagem?

(*) (EGW – Caminho a Cristo).

Fraternalmente,

Heráclito Fernandes da Mota

domingo, 5 de dezembro de 2010

PROGRAMA SABÁTICO

Hoje (04/12/2010) tivemos um programa onde o nosso grande Deus e o Seu Amado Filho, foi exaltado.

O programa da manhã com a participação de uns 15 irmãos, teve início com o testemunho de alguns mostrando como Deus operou em salvações na vida deles, onde a atitude humana era totalmente ineficaz. Depois tivemos louvores e orações, terminando com o sermão do irmão Fábio Amaro.

A mensagem pregada foi baseada em Mateus 14:13-21 e 15:32-39 sobre a multiplicação dos pães. Todos que estiveram presentes se deleitaram e saíram regozijados em entender as lições espirituais que o Nosso Senhor quis ensinar com esse milagre. Infelizmente, muitos hoje usam esse sermão para pregar sobre bênçãos materiais, porém Cristo quer nos dar muito mais que isso. A lição que Cristo ensinou na prática e que infelizmente os discípulos não compreenderam vai muito além de bênçãos passageiras e temporais.

A tarde com a participação de mais de 20 irmãos, tivemos uma outra mensagem com base em Isaías 21:11-12. Uma mensagem profética onde ao compreendermos melhor pudemos perceber que se trata de um assunto que diz respeito aos dias atuais em especial a volta de Cristo.

Tivemos também a dedicação de uma criança, onde os pais e avós publicamente mostraram o zelo e desejo de educá-la nos caminhos de Cristo.

Conhecer e pregar Cristo e Ele crucificado, deve ser o dever de todo atalaia, pois como disse Cristo, a vida eterna é justamente conhecermos o Seu e nosso Pai celestial como único Deus verdadeiro e conhecermos também a Ele Cristo Jesus (João 17:3).

Terminamos o sábado com o batismo de 6 irmãos em Nome de Jesus, onde selaram mais uma vez um testemunho público de entrega ao nosso Senhor e salvador.

Aqui temos o testemunho de alguns irmãos:

“Muito construtiva espiritualmente, excelente.” Irmã Carmem.
“A mensagem foi ótima.” Irmão Manoel
“Era o que eu estava querendo e precisando ouvir.” Irmã Bernadete
“Adorei, foi além das expectativas.” Irmão Edemar
“Muito boa a mensagem, uma visão que não tinha percebido”. Irmã Angélica
“A muito tempo que não escutava um sermão tão edificante. Uma visão diferente da visão tradicional e pregada por muitos”. Irmão João
“Foi ótimo, busquei durante muito tempo até encontrar o batismo verdadeiro.” Irmão Rafael
“Gostei muito, muito gratificante. Cristo foi glorificado” Irmã Carem
“Que sermão, que mensagem, muito edificante. Estava precisando ouvir uma mensagem como essa.” Irmã Pérsida
“Ótimo. Excelente mensagem.” Irmão Heráclito

Que o Eterno Pai e Seu amado Filho, continue abençoando todos nós.

domingo, 14 de novembro de 2010

BATISMOS


Batismo é um rito de passagem, feito com água através da imersão, sobre todo aquele que crê que Jesus Cristo é o Seu Senhor e Salvador.

O Termo vem do grego “baptismo” e do latim “baptismus”. O batismo deve externar uma aliança com Deus, através de Jesus Cristo, representando uma realidade interior (I Pedro 3:21).

Apesar de encontrarmos na maioria das igrejas o batismo sendo realizado em “nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, o que vemos na realidade é a igreja apostólica batizando em “nome de Jesus”. Vejamos:

a) “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (Atos 2:38 RA)

b) “...mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.” (Atos 8:16 RA)

c) “E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo.” (Atos 10:48 RA)

d) “Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.” (Atos 19:5 RA)

e) “E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele.” (Atos 22:16 RA)

f) “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus...?” (Romanos 6:3 RA)

g) “Acaso, Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” (1 Coríntios 1:13 RA)

h) “...porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.” (Gálatas 3:27 RA)

Além de a Bíblia nos revelar tal verdade, temos também a nossa disposição as enciclopédias que também nos afirmam que os batismos eram realizados “em nome de Jesus”. Vejamos:

a) Enciclopédia Britânica: "A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século." - 11a Edição, Vol.3 - págs. 365-366. (em inglês)... "Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em nome de Jesus Cristo." - Volume 3 pág.82.

b) Enciclopédia da Religião - Canney: "A religião primitiva sempre batizava em nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento de doutrina da trindade no 2° Século." - pág. 53 (em inglês).

c) Nova Enciclopédia Internacional: "O termo "trindade" se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana." - Vol. 22 pág. 477 (em inglês).

d) Enciclopédia Da Religião - Hastings: "O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada." - Vol.2 pág. 377-378-389.

Não queremos com esse pequeno artigo, criar novos conceitos ou levar as pessoas à dissensão dentro da igreja, mas sim enfatizar algo que a bíblia deixa margens para outra interpretação comumente aceita na maioria das igrejas, a qual baseada na Palavra de Deus e nos contextos aparenta ser a mais correta.

Todos somos discípulos de Jesus Cristo, então temos que ser batizados em nome de Jesus Cristo. Ser batizado no nome de uma trindade, como vimos não era uma prática da igreja primitiva (amenos biblicamente falando.

E o que dizer da ordem de Jesus em Mateus 28:19? (continuaremos no próximo artigo).

NOTA: No próximo dia 04/12/2010, estaremos realizando batismos em Nome de Jesus e você é o nosso convidado especial.