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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

COMO JESUS VENCEU O PECADO?


Sempre aprecio os bons artigos que são escritos pelos excelentes leigos e teólogos adventistas, os quais tratam das condições humanas em que Jesus venceu o pecado e conquistou nossa salvação.

Tenho aprendido e continuo aprendendo muito com o que já li e leio a respeito deste assunto, por isto venho formando minha própria conceitualização a respeito de tão profundo tema, pelo que gostaria de externá-la, porém desde já anseio respeitar, assim como é meu desejo conviver pacificamente com quaisquer outras opiniões, que venham a confrontar-se com as nossas considerações.

Sei que a bíblia é um livro espiritual, conseqüentemente teve sua origem através da revelação do Espírito do Deus Todo Poderoso e Soberano, por isso queremos, a priori, afirmar, baseado em nossa própria experiência espiritual, que nem sempre teremos o privilegio de descortinar todos os mistérios da Palavra Divina, não pela falta de transparência de nosso Deus, mas pela nossa condição finita a que ficamos sujeitos pela degradação provocada pelo pecado, a qual nos priva de absorvermos tudo que se originou na infinita mente de Deus, ou quem sabe, pode ser devido à falta de dedicação estudo e crescimento no conhecimento da Palavra, por isso foi necessário nosso Mestre assim se expressar: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”; João 16:12.

Conjuntura prevalecente antes do pecado

Para que possamos iniciar o aprendizado deste assunto, nos cabe fazer uma regressão ao tempo da criação humana, e consideramos os fatores e propósitos de Deus, existentes antes da entrada do pecado, bem como seus reflexos na natureza do ser humano, verificando, também, quais as providências de Deus para que a humanidade tivesse condições naturais para o enfrentamento das artimanhas do anjo rebelde.

Logo de inicio perceberemos a existência de alguns questionamentos inevitáveis, sobre os quais teremos que construir nossa compreensão pessoal, isto é:

a) Era o homem um ser imortal ou passível de morte?
b) A natureza humana era perceptível somente a Deus não podendo absorver influência de outro ser, ou seriam seus próprios desígnios (vontade, escolha, decisões etc) capazes de originarem-se independente de seu Criador?
c) Haveria a possibilidade do homem aprender sobre o mal, sem contaminar-se?

Era o homem um ser imortal ou passível de morte?

Creio que devem existir muitas ponderações sobre tal questionamento, embora possam parecer antagônicas, em muitos casos, é possível que elas reflitam apenas o anglo de observação daquele que opina, por isso o que pretendemos discorrer, refletirá unicamente aquilo que em nosso conceito intelectual, lógico e espiritual pudemos visualizar, não refletindo a palavra final, nem tão pouco a única verdade sobre o assunto, no entanto, com certeza, refletirá aquilo que, sinceramente, no momento, cremos.

Mesmo que não haja, nas Escrituras, palavras que de forma clara ou explicita nos informe sobre a condição humana antes do pecado, isto é, se era um ser passível de morte ou imortal quando saiu das mãos de seu Criador, com absoluta conclusão lógica, compreendemos que jamais poderia o ser humano ter existência independente e infinita, isto por dois motivos básicos:

PRIMEIRO - É visível, no desenrolar do relato de Gênesis, a possibilidade de separação da humanidade de sua única fonte de vida, o que conseqüentemente ocorreu com a entrada do pecado, embora houvesse no jardim do Éden a presença da arvore da vida, a qual lhe concedia os atributos de uma vida perene, parece-nos que ela não possuía o dom da imortalidade inerente em si, mas era, tão somente, um símbolo da necessidade da dependência de Deus, tanto é assim, que mesmo na terra restaurada, já com o raiar de um novo mundo, onde inexistirá o pecado, o sofrimento e a possibilidade de morte, inclusive, após a ressurreição dos salvos e conseqüentemente à imortalidade já definitivamente concedida, ainda assim, haverá, a presença de tal arvore. “Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. Apocalipse 22:1-2.

SEGUNDO - Se Deus criasse seres livres e imortais, com todas as prerrogativas que a liberdade oferece, estaria com isto colocando em CAOS a segurança de todo o universo, uma vez que caso a liberdade e a eternidade fossem atributos inerentes (próprios e inseparáveis) aos seres na criação, conseqüentemente não haveria a possibilidade de revogá-los, e existindo no atributo da liberdade a probabilidade de rebelar-se contra o seu Criador, com certeza, não haveria como Deus destruir os possíveis rebeldes, visto que eram imortais por natureza, isto é, tal situação fugiria ao controle do próprio Deus.

Tendo em vista estas considerações concluímos que o ser humano ao sair das mãos de Seu Criador era de uma natureza perfeita, isto é, nenhuma tendência tinha para pecar, mas que dependia exclusivamente de Deus para continuar vivendo, logo não possuía em si o dom da imortalidade, e embora seu destino ou futuro não fosse a morte, era ele um ser passível da morte, caso se separasse da fonte da vida: DEUS

A natureza humana era perceptível somente a Deus não podendo absorver influência de outro ser, ou seriam seus próprios desígnios (vontade, escolha, decisões etc) capazes de originarem-se independente de seu Criador?

Todo exame sobre a origem da discórdia de Satanás, a degradação do ser humano, ou a origem do pecado, inevitavelmente, está ligado ao dom da LIBERDADE ou do livre arbítrio, atributo este proveniente da essência de Deus, O AMOR.

Avaliando-se o fato de que um Deus de amor jamais criaria seres que Lhes fossem mecanicamente submissos, e considerando que seres livres teriam na liberdade a possibilidade de independência própria, haveremos de concordar que o homem não somente era perceptível as influencias Divinas, mas também poderia ser influenciado por outro ser, e, inclusive, poderia ter uma atitude própria independente do Criador, de forma que poderia, inclusive, ter se tornado o iniciador da rebelião, caso Satanás não tivesse pecado antes.

Diante destas observações concluiremos que ETERNIDADE e LIBERDADE, somente podem ser concomitantemente atribuídos a seres que, por experiência de fé, reconhecem sua ETERNA DEPENDÊNCIA ao seu Criador. Em outras palavras, a eternidade com liberdade somente subsistem, se submissas a SOBERANIA DIVINA

Haveria a possibilidade do homem aprender sobre o mal, sem contaminar-se?

A maneira como a tentação foi apresentada a Eva escondia esta possibilidade com a falsa promessa de que ela seria “semelhante a Deus, conhecedora do bem e do mal”, mas que isto somente seria possível através da desastrosa experiência da contaminação.

Uma analise superficial, isto é, sem o crivo contextual da Palavra de Deus, ou seja, argumento por argumento, parecia incontestável a afirmativa satânica de que Deus estava escondendo o mal de suas criaturas, e que se isto fosse realmente verdade, o “temor” do Criador era com a possibilidade de ter que competir com seres criados, mas que, após a experiência com o mal, haviam adquirido igualdade em sabedoria e imortalidade.

É importante lembrar que a Palavra de Deus nos diz: “Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” (Gênesis 2:9) “E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis 2:16-17)

Inevitavelmente, alguns hão de perguntar: Era aquela arvore de natureza híbrida, havendo uma mistura do bem com o mal incorporado nela?

Claro que não!
Mas Deus estava, através daquela árvore, ensinando a suas criaturas sobre a existência do mal e o possível confronto, o qual exigiria o conhecimento de que o mal consiste em desobediência a Palavra Divina, e que o conhecimento do bem consiste em confiar e se submeter às orientações de nosso Criador, logo naquela arvore estavam implicitamente contidos a instrução da vida e do bem, se obedecessem, e o conhecimento teórico de que a prática deste conhecimento conduziria a morte e ao mal.

Levando-se em conta a lição obtida através da exposição da arvore do conhecimento do bem e do mal, alem das conseqüências oriundas da livre escolha do homem, poderemos perceber duas coisas que nos parece fundamentais:

a) Deus não escondeu o mal, apenas não queria que o mesmo fosse experimentado e contaminasse os seres humanos;
b) Deus deseja que o nosso conhecimento do mal seja através de Suas revelações, e jamais de forma experimental.

Resumo da conjuntura prevalecente antes do pecado

1) Deus fez o homem sem qualquer mancha de contaminação com o mal, com liberdade a ser exercida mediante a segurança de um relacionamento de dependência, embora com a possibilidade de seguir sua própria vontade (escolha de um caminho próprio), ou submissão à influência de outro ser
2) Sendo assim, fica claro que o exercício da liberdade redundaria em uma das seguintes possibilidades:

a) Ter uma atitude diferente das orientações do Criador, por iniciativa própria ou influencia de um outro ser que não fosse Deus, tornando-se condenado à morte (certamente morrerás Gênesis 2:17), com conseqüências a sua própria natureza, carregando em si a maldição e transmitido-a aos seus descendentes;
b) Obedecer, isto é, exercer a liberdade em confiança e submissão à vontade Divina, permanecendo como um ser livre, sem condenação, podendo desfrutar da eternidade concedida por Deus, tendo o privilégio de transmitir esta benção a todos os seus filhos;

3) Observando pelo prisma dos fatos ocorridos, concluímos que o pecado entrou neste mundo por duas vias

a) por escolha (caso de Adão);
b) por desconfiança na Palavra de Deus e aceitação da palavra de Satanás (caso de Eva), isto, é no ser humano não havia afeição para a prática do pecado, ou seja, não havia o desejo (concupiscência) pecaminoso na sua própria natureza, mas havia a liberdade de escolha

4) Antes de rebelar-se o ser humano, embora não estivesse condenado ou destinado a morte, era um ser passível de morte. Hoje nós, não somente somos passiveis da morte, mas somos seres condenados a morrer

5) Antes de ceder ao pecado o homem não tinha necessidade de um salvador, mas de um orientador e mantenedor da vida, isto é, o exercício de sua escolha independente das orientações Divinas é que poderia redundar na necessidade de salvação.

Conjuntura prevalecente após o pecado

Logo após a entrada do pecado neste mundo, Deus veio explicar as conseqüências e responsabilidades que no futuro aguardava a cada um dos envolvidos, além das novas informações, havia a necessidade de algumas providencias, a fim de adequá-los a nova realidade ambiental e espiritual.

A primeira das providências foi dar-lhes esperança através de um ato exclusivo da Divindade, o qual traria a salvação aos pecadores e a extinção do mal, deixando claro que isto somente seria possível através do sacrifício do Filho de Deus (Gênesis 3:15 RA)

A segunda providência foi tornar claro que a vida neste novo contexto (convivência do bem com o mal) não poderia ser perene, pois isto seria perpetuar o sofrimento e a dor, e inviabilizar Sua Palavra “certamente morrerás” (Gênesis 3:22-24)

É interessante como Deus lida com uma situação tão drástica com avaliações, aparentemente, tão simples (Gênesis 2:25; nos 3:10 e 3:21 RA) pois nós seres humanos tenderíamos a enfatizar as conseqüências mais marcantes tais como: o sofrimento, a morte, a natureza pecaminosa etc.

Todavia , Deus , em Sua Palavra, realça o sentimento mais intimo do ser humano a sua nudez, mostrando-nos que antes do pecado isto não tinha a menor interferência no relacionamento divino-humano, mas que a desobediência produzira na personalidade humana dois terríveis sentimentos: o medo e a vergonha. “Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam.” (Gênesis 2:25 RA) “Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.” (Gênesis 3:10 RA) “Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.” (Gênesis 3:21 RA)

Em virtude de sua escolha o ser humano carrega dentro de si o efeito, que para nós parece ser a pior herança que o pecado nos transmitiu: a “NATUREZA PECAMINOSA” Esta natureza é capaz de bloquear nossa vontade, e somente em Deus é que podemos neutralizar seus efeitos e outra vez estarmos livres para escolher seguir ao nosso criador. Para compreendermos melhor esta verdade consideremos as palavras do Apostolo Paulo em Romanos 7: 18-25 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.”

A natureza pecaminosa faz com que cada pessoa que venha a este mundo seja, inevitavelmente, um pecador, e esta situação vislumbra-se de forma cabal no comportamento de infantes criancinhas, que ainda, mesmo, sem saber discernir o certo e o errado, mas que já manifestam em suas atitudes, ações pecaminosas que evidenciam sentimentos malévolos tais como: egoísmo, agressividade, ciúme etc.

Podemos afirmar com segurança que todos os que nascem neste planeta, herdam de Adão um irreparável defeito em sua própria natureza, e mesmo que não houvesse tentação, mesmo assim, ainda manifestaríamos em nossa vida sentimentos e atos pecaminosos, e alem disto biologicamente herdamos a condenação imposta a Adão e seus descendentes.: a morte.

Diante destas considerações compreendemos que não havia, e nem há, remédio para a raça humana em lugar nenhum, a não ser no próprio Deus. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16 RA)


Resumo da conjuntura prevalecente depois do pecado

1) O mal obteve sua maior vitória o seqüestro de um planeta;
2) O campo de batalha do conflito entre o bem e o mal se transferiu para o Planeta Terra;
3) O ser humano recebeu as conseqüências imediatas de sua escolha; dor, doença, sofrimento e a segunda morte;
4) A fauna e a flora também sofreram com a entrada do pecado neste mundo;
5) A natureza física, psíquica e espiritual do ser humano contaminou-se com o mal, de tal forma, que toda a raça humana padece debaixo da condenação e necessita desesperadamente de um SALVADOR IDONEO!
6) Todo ser humano passou a pecar, não mais por escolha, mas compungido pela “natureza pecaminosa”
7) Satanás lançou uma aparente duvida no universo: “É impossível obedecer a Deus se houver à opção de escolher o contrario” tendo em vista que alem de alguns anjos, o homem, a semelhança de Deus, não foi capaz de obedecer!

Um Salvador idôneo

A palavra de Deus havia esclarecido, antes de acontecer, que a escolha do mal redundaria em morte, então o grande álibi de Satanás era imaginar que em todo o universo nenhum ser estaria apto a solucionar o problema da humanidade, tendo em vista que teria que aparecer alguém que provasse que a natureza de Adão tinha sido constituída de forma a que pudesse ter suportado a tentação e voluntariamente ter capacidade de obedecer a Deus.

Também, este ser, teria de que ser capaz de assumir o castigo reservado da humanidade, a morte, e está envolvido no problema, isto é, que de alguma forma tivesse responsabilidade pela situação da raça humana, isto é, o próprio homem ou quem os criou, ou então Deus teria que revogar a Sua Palavra (“certamente morrerás”)

Considerando essas dificuldades sob a ótica de Satanás, o problema parecia insolúvel, pelas seguintes razões:
a) se Deus encontrasse um anjo fiel para constitui-lo como salvador da humanidade, mesmo que este anjo fosse capaz de amar aos pecadores a ponto de morrer por eles, este sacrifício seria ineficaz tendo em vista que os anjos nenhuma responsabilidade tinham no problema dos seres humanos;
b) Um ser humano, mesmo que fosse escolhido por Deus para a missão de Salvador, ele não seria idôneo, uma vez que ele já estava em debito para com a Lei e necessitava primeiro de um salvador para si próprio para que depois pudesse realizar tal missão
c) O próprio Deus como Salvador, não seria possível pois Deus não morre!
d) O Filho de Deus como Salvador era o único ser idôneo, tendo em vista que participou da criação, não era imortal, mas o amor de Jesus pela humanidade seria suficiente para que assumisse a morte em lugar do ser humano? E, por outro lado, se Jesus aceitasse tal missão poria em risco todo o universo, uma vez que a natureza humana já havia perdido uma vez para o mal, e uma segunda vez não seria impossível.

Graças a Deus! Jesus tem e sempre terá todos os predicados para ser nosso Salvador! Amor, fidelidade, e identidade ou empatia conosco, e podemos nos alegrar nas palavras de Paulo inspirados por Deus que nos traz grande regozijo: “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” (1 Coríntios 15:22 RA)


JESUS VENCEU O PECADO, COM UMA NATUREZA PRÉ OU POS LAPSARIANA?

Para muitas pessoas existe uma grande dificuldade em compreender este assunto, o qual, atualmente, vem causando divisão entre os cristãos, principalmente os ex-trinitarianos oriundos da IASD. No nosso rude entendimento os grupos que seguem o entendimento pré ou pós lapsariana, nada mais são que um reflexo da compreensão que manifestam sobre a salvação pela graça ou pela obras!

Avaliando-se a questão sob este prisma é fácil compreender que para os pós lapsarianos que aceitam um Jesus com “natureza pecaminosa” isto é, a natureza de Adão após o pecado, ou seja, com propensão para pecar, a vitória de Jesus parece ser mais significativa e extraordinária, já que Jesus venceu a tentação numa natureza pior que a natureza de Adão antes de pecar, mas não se contentam unicamente com isto, ainda vão além, pois para eles assim como Jesus venceu o pecado ou a tentação, ao homem se impõe uma condição indispensável de salvação, ou seja a vitória própria de cada pecador, em outras palavras os méritos de Jesus são intransferíveis já que sem a vitória do próprio pecador sobre sua “natureza pecaminosa” não há salvação.

Não que queiramos subestimar o poder do amor de Jesus pelos pecadores que, sem duvidas, seria capaz de impulsiona-lo a mais improvável das vitórias, mas é que em nossa rude compreensão a “natureza pecaminosa” que Adão ganhou em aceitar a proposta de Satanás, impõe três coisas inevitáveis e intransponíveis, e que Jesus, se a possuísse, estaria sujeito, isto é:
a): a condenação imposta pela Lei (“certamente morrerás”),
b) a necessidade de salvação e conseqüentemente de um salvador,
c) a inevitável pratica de pecado e sentimentos pecaminosos em sua mente.
“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21 RA) “o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;” (1 Pedro 2:22 RA)

Alguns argumentam que Jesus é o nosso modelo, pois assim como ele venceu a “natureza pecaminosa”, nós também, recebendo a sua ajuda, seremos capazes de vencer. Mas aprofundemos um pouquinho mais a questão e vejamos que se a salvação da humanidade dependesse apenas de um modelo ou exemplo, sem a necessidade da transferência dos méritos do salvador para a alma perdida, isto é, uma morte substituinte! Então que necessidade haveria de Deus submeter o Seu unigênito a tamanha vergonha, vitupérios, sofrimentos e morte! Bastaria que Deus houvesse preparado um dos patriarcas ou profetas, da estirpe de Abraão, José, Jó ou Daniel, para ser nosso modelo de como vencer o pecado e nos salvar-nos. Isto sem questionarmos sobre as pessoas que viveram antes deste modelo (inclusive antes de Jesus) como é que se salvaram já que não possuíam tal exemplo ou modelo a seguir?

Para os que são propícios a aceitar um Jesus com natureza pré-lapsariana, isto é, a mesma natureza que Adão recebeu de Deus e que com ela viveu até que cometeu pecado,. Natureza esta, que Satanás acusava de ser incompatível para exercer liberdade de escolher entre o bem e o mal, foi nela que Jesus, mesmo em um ambiente degradado e dominado pelo mal, provou que para Adão, que vivia em um ambiente gerido pelo bem e livre das conseqüências do mal, era possível escolher obedecer a Deus e vencer a tentação.

Sabemos que estar perdido é não ter nenhum meio de se salvar, e, é justamente assim a situação do pecador, algo precisa ser feito por uma outra pessoa em beneficio dele e isto a bíblia deixa claro em muitos versículos inclusive neste: “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;” (Romanos 5:10 RA)

Volto a afirmar o que no inicio dissemos, isto é, nossa intenção com esta mensagem não é de demover ninguém de sua compreensão, e, mesmo que pensem diferente de mim continuarão sendo meus irmãos em Cristo Jesus, e que espero em breve nos encontrarmos na Nova Terra, e enquanto estivermos aqui neste vale de lagrimas espero viver em paz com todos, e que a nossa compreensão da Palavra de Deus jamais nos torne inimigos.

Heráclito Fernandes da Mota