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domingo, 27 de dezembro de 2009

EVIDÊNCIA DA JUSTIÇA DE DEUS



Muito se tem escrito sobre o “juízo investigativo” e muitos tem afirmado que tal ensino não é bíblico e que essa idéia foi obra da fértil mente da Irmã White, e que por mais que nos esforcemos jamais iremos harmonizar esta idéia com os ensinamentos da Palavra de Deus.

Quero dizer que nada tenho a ganhar ou perder em defender a idéia de que a Irmã White foi uma pessoa inspirada por Deus e tudo quanto ela falou tem respaldo na bíblia, por outro lado a minha fé em nada será diminuída ou acrescentada se alguma coisa do que se atribui a autoria da Irmã White, realmente, não tenha respaldo na Palavra de Deus.

Para mim a gloria de um mensageiro, se é que há glória para o mero instrumento humano, não reside na comprovação de ser ele verdadeiro ou falso, espiritual ou mundano, mas em que sua mensagem esteja fundamentada na Palavra de Deus, visto que todos somos falhos e pecadores, todavia somente a Palavra de nosso Deus permanece para sempre.

Creio que ninguém, em sã consciência, pode negar que Deus irá efetuar um julgamento, tendo em vista que muitos são os versos bíblicos que confirmam que isto haverá de ocorrer, e citaremos apenas dois textos: “porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17:31 RA) “Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros.” (Daniel 7:10 RA)

Diante desta irrefutável verdade: O JULGAMENTO, muitas perguntas surgem sobre o assunto, e tentaremos responder algumas, as quais parece-nos essenciais para esclarecer-nos o assunto, por exemplo: Como será? Quando? Para que?

Especificamente há três importantes textos bíblicos que falam sobre julgamento (Daniel 7:10; Apocalipse 20:4 e12 RA; e Apocalipse 20:15 RA), embora estes textos citados falem de um só tema: juízo ou julgamento, é como se falassem de assuntos distintos. Pois Daniel evoca a figura pomposa de um “tribunal”, enquanto que em Apoc.20: 4 e 12 a ênfase volta-se para as pessoas que participarão do julgamento, e dos livros que serão fundamentais, por último em Apocalipse 20: 15 o assunto abordado é o destino daqueles que não forem aprovados pelo livro da vida.

Não resta a menor duvida que estes textos abordam diferentes fases de um processo de julgamento, as quais poderemos cognomina-las de:
a) FASE DE INVESTIGAÇÃO OU EXTERIORIZAÇÃO;
b) FASE DE AVALIAÇÃO OU ESCLARECIMENTOS;
c) FASE EXECUTIVA OU RETRIBUTIVA,
OBS: qualquer semelhança com a justiça humana (Inquérito, julgamento e aplicação da penalidade) é mera coincidência.

Outro questionamento que se faz é: se Deus é onisciente, sabe o fim desde o começo, então porque há uma fase de investigação?

Esta tem sido a grande e intransponível questão para os que afirmam não haver razão para um juízo investigativo, entretanto esquecem que algumas coisas devem ser ponderadas antes de tirarmos uma conclusão mais abrangente, pelo que gostaríamos de avaliarmos o seguinte:

a) Em um conflito cósmico universal, o qual envolve seres pecadores e caídos e seres imaculados e puros, a salvação eterna de um ser humano é um processo dinâmico, e em parte acompanhado por todo o universo, então, tal procedimento somente se torna estático ou definitivo com a morte do pecador;
b) A onisciência é um atributo exclusivo de Deus não sendo, em sua totalidade, atribuído a nenhum outro ser criado;
c) Em nenhuma das fases do juízo de Deus se busca definir a situação do pecador, isto é: aprovado ou reprovado, inocente ou culpado;
d) Jesus virá buscar um povo justificado e reconhecido diante de todo o universo.

A salvação é um processo dinâmico

Para aqueles que defendem a tese de que “uma vez salvo, salvo para sempre!” a salvação torna-se um processo estático desde o momento da aceitação do Salvador, e, sendo assim, não há necessidade da fase investigativa, tendo em vista que a pessoa estaria obrigatoriamente salva por um decreto Divino, logo o universo não teria necessidade de nenhum esclarecimento da parte de Deus, e por conseqüência a salvação jamais seria pela graça mediante a fé, mas por uma determinação soberana de Deus.

No entanto para os que crêem no livre arbítrio e numa proposta de salvação pela graça mediante a fé, o processo se torna dinâmico, pois o mesmo se encontra sujeito a modificações momentâneas, isto é, quem está salvo hoje poderá estar irremediavelmente perdido amanhã, assim como, aquele que hoje está sem Deus e totalmente perdido poderá estar totalmente salvo amanhã, cremos que é por isto que a palavra assim se expressa: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo,” (Hebreus 9:27 RA)

A onisciência é um atributo exclusivo de Deus

Embora não tenhamos, no momento, localizado um texto especifico para embasar tal afirmativa, cremos que 100% de onisciência somente quem detém por natureza é Deus, mesmo assim cremos também que, em certo grau, Deus tem atribuído, em certas ocasiões, a alguns de Seus servos um pouco da revelação do futuro, o que não deixa de ser um pouco de compartilhamento de Sua onisciência (ver 2 Reis 8:11 e 13 RA)

Pelo contexto geral da bíblia temos a certeza de que o conflito entre o bem e o mal gerou para o universo uma situação onde, pelo menos temporariamente, o mal conviverá com o bem, e as trevas com a luz, isto é, enquanto seres imaculados gozam da companhia de Deus e desfrutam de um conhecimento superior, mas não total, nós, míseros pecadores e condenados a morte, temos um conhecimento limitado e obtuso, e mesmo quando descobrimos verdades na Palavra de Deus vem o maligno e tenta nos confundir.

Nesta situação o que Deus irá fazer conosco? Salvar-nos ou destruir-nos, deverá ser, de alguma forma, demonstrado a todos que, embora não tenham pecado, não possuem o dom da onisciência, e não conhecem o nosso coração e pensamentos, e é, justamente ai, que entra a fase investigativa onde Deus desnudará diante do universo todos os mais secretos atos e sentimentos do pecador (ver Eclesiastes 12:14 RA)

O Juízo de Deus não busca definir a situação do pecador

“Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:18 RA)
Quanto à situação do pecador, a palavra de Deus é bastante clara em afirmar que isto depende da fé exercida por cada um, isto é, não há nenhuma necessidade de que o juízo Divino venha a condenar ou inocentar ninguém. O juízo divino, apenas, procura esclarecer as duas partes do universo (os seres pecadores, perdidos e condenados, e os outros filhos de Deus que não pecaram) as quais, de uma forma ou de outra, necessitam conhecer os detalhes do processo salvífico de Deus

Jesus virá buscar um povo justificado

“quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho).” (2 Ts 1:10 RA)
A palavra de Deus é muito clara e lógica em seus ensinos, e fica bastante evidente que Deus pretende demonstrar quem de Seu povo será previamente revelado como apto a receber o dom da vida eterna,tendo em vista que a própria bíblia é rica em acentuar que nem todos os que dizem “Senhor, Senhor” são realmente Dele, isto é, há uma convivência na igreja de Deus entre o “joio” e “trigo” dando-nos a entender que somente alguns serão considerados como verdadeiramente filho de Deus, os quais Jesus virá busca-los. “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.” (Apocalipse 22:12 RA)

RESUMO

FASE DE INVESTIGAÇÃO OU EXTERIORIZAÇÃO

“Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” (1 Pedro 4:17 RA)
Esta fase terá como objetivo demonstrar a todos no universo que não pecaram, a razão por que Deus dará vida eterna a pecadores e rebeldes, isto é, através da morte de Seu filho cada pecador arrependido terá ingresso e harmonia no universo da família de Deus, sem que haja nenhum questionamento a respeito, visto que não será o que fizemos mas o que Jesus fez! Pelo que nosso comportamento apenas demonstrará o ardente desejo de nosso coração. Quando ocorrerá? (Ver Daniel8:14)

FASE DE AVALIAÇÃO OU ESCLARECIMENTOS
“Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.” (Apocalipse 20:4 RA)
Nesta fase os pecadores já ressurretos, terão a oportunidade de, durante o período e mil anos, examinarem a forma e os motivos que justificam a presença ou ausência de pessoas naquele encontro maravilhoso, inclusive o porque de alguns anjos terem que ser destruídos.(ver 1 Corintios 6:2-3)

FASE EXECUTIVA OU RETRIBUTIVA,
“Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Apocalipse 20:13-15 RA)
Esta é a fase final do julgamento, onde seres pecadores, mas justificados pelos méritos de Jesus, juntamente com seres imaculados e que nunca pecaram, estarão prontos e esclarecedor a ponto de enfrentar o triste, mas necessário ato de destruição definitiva de seres irremediavelmente irreconciliáveis, bem como a purificação total de nosso planeta.

Heráclito Fernandes da Mota

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