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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DÍZIMOS: PRINCIPIOS DE VALIDADE ETERNA

“O sistema especial de dízimos baseia-se em um princípio tão duradouro como a lei de Deus” Testemunhos Seletos Vol. I, pág. 385.

Quando Deus retirou o povo de Israel do Egito para estabelece-lo, como nação independente, nas terras de Canaã, a finalidade era que fosse uma luz para as demais nações, transmitiu-lhe varias ordenanças, entre as quais deu também as diretrizes financeiras, as quais tinham como função principal promover a subsistência das pessoas responsáveis pelos serviços religiosos, tão necessários a fixação na mente do pecador arrependido, da figura do cordeiro de Deus morrendo, prefiguradamente, em cada animal sacrificado, representando o infinito preço que seria pago por Cristo em resgate da raça perdida.

Esta revelação foi se ampliando a cada texto transmitido, conforme verificamos nos seguintes textos bíblicos: Levítico 27: 30-33; Números 18:20-32; Deuteronômio 14:22-29, os quais, em nossa avaliação perceberemos a existência de características peculiares à vida e circunstância religiosa de um povo em determinada época, pelo que tais características têm sua aplicabilidade limitada e restrita ao lugar e o tempo. Por outro lado veremos que, mesmo assim, há princípios envolvidos, os quais tem a sua aplicabilidade livre das circunstâncias e épocas, logo sua eficácia extrapola o tempo e o lugar.

No primeiro texto citado percebe-se de forma inequívoca que Deus limita sua instrução a revelar apenas os aspectos básicos, tais como:
origem - dízimos da terra,
destino - pertencem ao Senhor,
natureza - quer dos cereais, quer dos frutos das árvores; todo dízimo do gado e do rebanho,
contribuintes - fica implícito que somente aqueles que possuíssem os bens capazes de gerar cereais, frutos e gado,
liberdade - Se alguém quiser remir uma parte dos seus dízimos.

Não é difícil, mesmo para o simples leigo, encontrar neste texto alguns dos princípios que norteiam a mordomia cristã e que segundo o texto da irmã White, em epigrafe, são tão duradouros quanto a Lei de Deus, entre estes princípios podemos destacar os seguintes:

O compromisso com Deus, jamais com os homens, levitas/sacerdotes ou padres/pastores etc. (“santas são ao senhor”. Levítico 27:30);

A capacidade contributiva do participante; exige-se de quem tem condições, neste caso os proprietário de terras, em outras palavras diríamos que “se tributa o capital ou a renda, jamais o trabalho ou o salário” ("todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores ” Levítico 27:30; - “No tocante às dízimas do gado e do rebanho,...” Levítico 27:32);

A Liberdade do mordomo (“Se alguém, das suas dízimas, quiser resgatar alguma coisa.” Levítico 27:31).

A Divina orientação, estabelecida em Números 18:20-32, nos faz entender que neste texto Deus estabelece o compromisso que deveria existir entre a tribo de Levi e o produto da arrecadação dos dízimos, impondo-lhes uma condição básica e indispensável, a fim de que eles se constituíssem em um dos beneficiados pelas finanças de Deus.

É fácil extrairmos destes versículos algumas características, as quais, com certeza, até a Irmã White os reconheceriam como sendo duradouros, bem como, também, aplicáveis aos prováveis beneficiários da mordomia neotestamentária, se não vejamos:

Voto de pobreza (“ Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles nenhuma porção terás. Eu sou a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel.” Números 18:20 ), qualquer pessoa pode entender que este princípio tem por objetivo inibir a formação de uma classe clerical privilegiada, a qual viesse a se aproveitar das instruções Divinas com a finalidade de obter vantagens, poder econômico ou quaisquer relação de domínio sobre os demais na comunidade.

Salário pelos serviços religiosos prestados (“Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da Congregação.” Números 18:21).

Prestação de contas (“Mas os Levitas farão o serviço da tenda da congregação e responderão por suas faltas,...” Números 18:23).

Equidade entre Sacerdote e Levitas, em termos mais atuais: Pastores/padres, obreiros/colportores/empregados/etc. (“Quando receberdes os dízimos da parte dos filhos de Israel, que deles, que vos dei por herança, deles apresentareis ao Senhor uma oferta ao Senhor: o dízimo dos dízimos.” Números 18:26).

Não resta dúvida de que Deuteronômio 14:22-29 é um texto que trata do assunto de uma forma mais abrangente e que, sob este prisma podemos entender que a devolução dos dízimos constituía-se em uma grande confraternização, na qual tomava parte toda a comunidade judaica.

Nestas instruções, também, podemos ver que Deus nos brinda com mais alguns detalhes adicionais tais como: a época, o lugar de entrega, as pessoas que poderiam usufruir os benefícios advindos daquela doação fraternal, isto é, os direitos e obrigações de todos na comunidade, vejamos:

ÉPOCAS: anualmente (“Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo.” Deuteronômio 14:22).

LUGAR DE ENTREGA:
1 - no Templo (“E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome...” Deuteronômio 14:23),

2 - nas comunidades locais (“Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade.” Deuteronômio 14:28).

QUAIS OS BENEFICIADOS:
1 - O próprio dizimista (“E, perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o Senhor teu Deus, por todos os dias” Deuteronômio 14:23).

2 - O levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva (“Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva, que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão; para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas obras que as tuas mãos fizerem” Deuteronômio 14:29).

O DIZIMO NÃO PODERIA SER DINHEIRO
(“Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que Senhor, teu Deus, escolher para ali por o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que o Senhor, teu Deus, escolher. Esse dinheiro dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa; porem não desampararás o levita que está dentro da tua cidade, pois não tem parte nem herança contigo.” Deuteronômio 14:24-27).

Embora nestes versículos Deus tenha sido mais detalhista com respeito as suas finanças, somente vislumbramos dois princípios, os quais, também, a Irmã White, certamente, nos aconselharia a considera-los como duradouros e, conseqüentemente deveriam ser exigidos sua aplicabilidade na mordomia do remanescente povo de Deus, tais princípios são:

A alegria de participar (”Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa;” Deuteronômio 14:26).

O cuidado com os necessitados (“Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva, que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão; para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas obras que as tuas mãos fizerem.” Deuteronômio 14:29).

Creio que antes de ser um dever, é também um privilégio que todos os cristãos apropriem-se da sabedoria Divina, através da oração e do estudo da Bíblia, a fim de habilitarem-se a discernir nas ordenanças das Escrituras, os seus princípios fundamentais, bem como a sua aplicabilidade no tempo e no espaço, pois embora os princípios sejam duradouros, as características de determinadas doutrinas restringem sua aplicabilidade à época certa e a povos ou a determinada nação e, às vezes, enquanto perdurarem certas condições.

O novo testamento é rico em descrever uma mordomia onde sempre se privilegiou a liberdade do mordomo, bem como a finalidade de está sempre voltada para o auxilio aos pobres, propiciando uma vida comunitária de justiça entre todas as classes sociais, erradicando-se, de forma eficaz, o surgimento de uma casta de privilegiados na liderança da igreja ou comunidade.

Como cristãos fiéis e servos de nosso Senhor Jesus Cristo, temos o dever moral, ético e sagrado de examinar se as diretrizes financeiras exercidas pela liderança de nossa comunidade de fé estão refletindo o padrão bíblico, tendo sempre em mente que somos, direta ou indiretamente, cúmplices de qualquer injustiça que a liderança venha praticar em nosso nome, pois a forma egoísta de que alguns possam se cercar de quaisquer privilégios em prejuízo da propagação da mensagem de salvação, bem como do atendimento aos irmãos necessitados, deve ser por nós fiscalizado, a fim de que o fiel cumprimento dos princípios de mordomia seja uma realidade em nossa igreja, assim como, também, compete a nós reagirmos aos desvios que porventura existam.


Temos observado, nestes últimos dias, que a doutrina mais ecumênica, tem sido a prática de se impor aos membros das comunidades religiosas a exigência de forma errônea e indiscriminada, isto é, tanto para os pobres, quanto para os ricos, o pagamento em dinheiro de 10% dos salários ou rendimentos, com o nítido objetivo de privilegiar a classe dominante, alegando-se ser um preceito bíblico, quando tal procedimento contraria até mesmo as práticas do Velho Testamento, e muito mais ainda as normas de mordomias Neotestamentária.

Heráclito Fernandes da Mota

3 comentários:

  1. O Dizimo não é para os nossos dias, bem como todas as leis e estatutos que Moises apresentou aos Israelitas, com exceção dos dez mandamentos que é a lei dada por Deus. O dizimo era apenas para o sustento dos levitas que ministravam no templo isso não pode ser aplicada para nós que vivemos uma nova aliança em Cristo Jesus.

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    1. Graça e Paz!

      Amado, como iremos pregar o evangelho sem recursos, como vamos pagar contas de luz, água, como iremos assistir aos necesitados...A palavra de Deus ela é viva e eficaz. Caso contrário não tomaríamos posse das promessas. Temos que deixar de criticar aquele ou aquela vamos somente olhar para o alto pois a Seara é grande e pouco são os Trabalham na Obra. Enquanto descutimos tudo isso almas perecem não só daa palavra de DEUS, más também de alimento eles são os principais prejudicados por esse tipo de visão. Amém

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    2. Temos mesmo que pagar contas água e luz. Mas quais são as outras? pregar o evangelho? se prega com a boca. vc tá falando de missões? será que todo dinheiro dos dízimos e oferta vão para missões? e na na questão assistir os necessitados e isso mesmo que muitas igrejas fazem. Querido não sei se vc e pastor, se for peço a Deus que vc faça a coisa certa com o dinheiro deste povo. se não for pastor continue sim dizimando até por que também sou, mas o que tem de gente se aproveitando de nossa fé não e brincadeira. abraço fique com Deus.

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